You are enough

14. Sem segredos

(...)

Respirei fundo e esperei ele falar:
— Quero sempre ser honesto com você... Sempre! — segurou minhas mãos com as suas. — A Mandy esteve aqui pra pegar as coisas dela. Não fazia mais sentido manter itens pessoais aqui em casa. Desculpa, eu demorei a perceber... Por favor, acredite em mim quando eu digo que acabou.

Eu poderia me sentir mais constrangida. Não queria mais julgar se ele transou ou não com ela, porque eu tinha dormido com o Alex e nem me lembrava do que tinha acontecido exatamente.
Eu estava com a voz trêmula. Queria ser honesta também... Como isso era difícil!

— Eu preciso te contar algo que aconteceu. Eu... Em Los Angeles...Matt, eu encontrei o Alex.

Ele levantou do sofá e falou mais alto:
— Não te entendo. Qual o seu problema? Porque você não consegue manter distância desse cara?

Eu não quis contar a parte da embriaguez, preferi assumir a culpa. Era muita falta de dignidade para compartilhar assim.
Ele abriu os braços e falou num tom mais alto:
Eu li a mensagem da Mandy depois que você foi embora. Ela quis te provocar ciúmes. Você lembra que pedi pra você atender meu telefone? Você leu e pensou que havia alguma coisa entre eu e ela, além do dia que a viu saindo daqui. Não está acontecendo nada!

— Amor... eu não sei o que dizer. Eu estou fazendo tudo errado. Me desculpa... Você devia ter transado com ela porque eu merecia isso. — levantei do sofá e cheguei perto da minha bagagem recém colocada no canto da sala.

— Você está ouvindo o que está dizendo? Você não merece nada disso. — ele segurou meu rosto com as duas mãos quentinhas, tão acolhedoras. Não conseguia olhar nos seus olhos, mesmo que ele tentasse manter esse contato.

— Eu não mereço VOCÊ, Matt. Preciso sair daqui. Não consigo nem te olhar mais. Me desculpa! — peguei só a bolsa de mão e fui em direção à porta. Ele se aproximou e me encostou com força na parede. Não era algo típico dele.

— Você não vai a lugar nenhum, não interessa o que aconteceu. Você fica. — segurou meu rosto — não vou desistir de você.
Me beijou com bastante dedicação e urgência como se quisesse absorver, me consumir. Eu me derreti naqueles braços. Não estava acreditando que ele me perdoaria. Ele sentiu minhas lágrimas encostarem no rosto dele e passou os dedos para limpar, alinhou os olhos com os meus e falou:
— Só quero que você confie em mim. -me beijou mais um pouco e comecei a relaxar, aceitar o que dizia e responder aos beijos na mesma intensidade. Começava a me perdoar e aceitar a justificativa dele como verdade. Ele me pegou no colo e levou pro quarto sem deixar de me beijar.

— Ah, garota. Eu não consigo mais viver sem você!
Me levou em direção à cama, e suas mãos afobadas abriram o botão do meu jeans distribuindo beijinhos na minha barriga. Sua língua brincava com meu umbigo, causando distração pra terminar de tirar minha calça com a lingerie junto. Antes de me puxar pra mais perto dele, disse:
— Eu não sei o que ele tem ou o que ele faz, mas tenho certeza que ele não te ama mais que eu.

E voltou a beijar meu corpo decidido a me levar à loucura trilhando rumo ao lugar certo com lábios quentes e a língua desesperada. Em segundos, ele acelerou minha excitação. Aquela pegada mais forte e descontrolada me deixava atordoada!
Fiquei na beirada da cama enquanto ele ficou de pé na minha frente... Na minha frente, caramba.

— Faz o que você quiser! — sugerindo o que ele poderia fazer.

— Eu quero o que você quer! — prende do meu cabelo carinhosamente com seus dedos. Ele sabia o que eu queria.

Desfrutei do seu gosto sem pressa! A visão era ótima quando ele me permitia olhar para cima e admirar cada pedacinho dele. Os pelos que subiam até o umbigo, pele branquinha, as veias no antebraço que me levavam ao braços firmes com pelos curtos e dourados, o rosto corado e os gemidos entre os lábios vermelhos enquanto vez ou outra espremia os olhos de prazer e inclinava a cabeça pra trás...

Quando sentiu que o ápice se aproximar, disse:
— Não quero que acabe assim. Quero você.

Ele se inclinou sobre meu corpo enquanto me deitava na cama, apoiando a cabeça no travesseiro. Queria me acomodar melhor para aproveitar aquele momento intenso de satisfação. Não existia nada mais sexy do que ver sua excitação prestes a me penetrar. Meus olhos percorreram rapidamente o caminho do seu sexo aos seus olhos, que se aproximavam dos meus conforme se deitava sobre mim. Só o toque da pele dele na minha era suficiente para aumentar meu desejo. Não podia mais esperar pra senti-lo me tocar profundamente. Sentia seu peso dele em cima de mim em cada movimento e ouvia atenta aos sons que ele deixava escapar no meu ouvido. Isso me deixava sem ar e rendida.
Continuou com os movimentos mais intensos e ouvia o som do nosso corpo se encontrando. De olhos abertos, ele riu pra mim, lambeu o dedo e como se eu precisasse de mais estímulo, desenhava círculos na minha intimidade ao mesmo tempo que me invadia lentamente. Àquele ponto, meu corpo já tinha se ajustado ao seu cumprimento que inicialmente podia causar desconforto se ele me amasse com vontade. Tentava conter meus sons e ele continuava o que estava fazendo.

Ele disse com a voz totalmente embriagada de tesão :
— Quero ouvir sua voz! Não me prive disso.

Eu ri e coloquei a mão sobre os olhos e disse:
— Assim você vai me fazer gritar.

— Faz o que você quiser, mas deixa eu te ouvir. É gostoso!

Eu repetia o nome dele quando conseguia e vi na sua expressão que ele estava adorando isso.

— Como você tá? Tá chegando lá? — se esforçando bastante.

— Você tá brincando? Pela segunda vez, sim! — e ri — Você faz isso tão bem que eu não ouso pedir pra parar... Nossa, Matt!

Compassado e constante ele buscava me satisfazer até que senti meus músculos contraírem e meus quadris se ergueram de encontro ao dele, enquanto o sentia liberando seu prazer simultaneamente.

Eu queria aquele corpo exausto todo pra mim. Ele afastou meu cabelo suado pra trás e olhou pra cada pedacinho do meu rosto. Ainda dá frio na barriga de contar como o olhar dele me atravessava. Mirou bem dentro dos meus olhos e disse:
— Eu te amo, garota. Não duvida disso de novo não, tá?!

E me deu um selinho demorado pra afastar qualquer dúvida.