Extras - 21. Mais uma primeira vez

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Matt

Era estranho ter uma data e horário para transar. Não era como na época da Dani, que acontecia quase toda vez que nos víamos fora da escola. Ally, minha namorada, não era qualquer garota. Mesmo tendo tido relacionamentos anteriores, queria que fosse especial pra ela.

Combinamos em ficar juntos depois da aula no meu quarto. Após passar direto nas provas, Adam voltaria para a casa dos pais antes do previsto e eu ficaria sozinho. Não consegui pensar em uma oportunidade mais cômoda no meio da semana e Ally me dizia que o importante era passarmos um tempo juntos.

Ela estava ainda mais linda naquele dia, bem simples de calça jeans e camiseta para os caras normais e extremamente sexy aos meus olhos, sabendo o que viria depois. Eu nem conseguia me concentrar na aula observando-a de soslaio concentrada na aula como sempre, enquanto eu desejava poder enxergar por baixo de sua roupa o que usava e mal podia esperar para tirar. Precisava me controlar pelo menos por mais duas horas.

— Tudo bem, Matt? – Ally perguntou ao notar me arrumando na cadeira.

— Tudo. – soltei um pigarro – É que... – me inclinei pra falar no seu ouvido — ...mal posso esperar pra ficar sozinho com você. — Ela riu.

— Tem certeza que Adam não volta?

— Absoluta! Estamos sozinhos até o final de semana.

— Que bom! Parece que vamos ter o que fazer nos intervalos das aulas. — ela disse, mordendo o lápis.

***

Quando abri a porta do quarto, Ally analisou lentamente aquele cafofo masculino. Eu era muito mais bagunceiro que meu companheiro de quarto e o meu lado tinha roupas por todo lugar. Claro que não estava bagunçado como costumava deixar. Sabendo que ela viria, arrumei da melhor forma que podia e deixei o quarto limpo. Era o mínimo que podia fazer, já que não a levaria pra um hotel decente ou coisa assim, porque não tinha grana pra pagar.

— Bonitinho. – não consegui captar se era ironia ou verdade, pelo tom que ela usou.

— Você gosta? Bonitinho não soa como um elogio. — ela riu quando eu disse.

— Para um quarto de garotos, está ótimo.

Ally não fazia a mínima ideia do monte de roupas sujas escondidas no guarda-roupa e das revistas escondidas debaixo da minha cama.

— Desculpa, Ally. Você merecia um lugar melhor. Só queria aproveitar um pouco esse momento raro sem o Adam.

— Shh! – ela colocou o dedo na minha boca e me abraçou em volta do pescoço – Eu estou aqui... você também... temos a tarde toda... e você quer aproveitar, não é? – intercalava com beijos que eram como faíscas.

Ally trilhou os dedos do meu pescoço até o cabelo num carinho, enquanto eu tocava sua pele bronzeada com minhas mãos displicentes por baixo da camiseta. Ela mesma fez questão de tirar, antes mesmo que eu pedisse, e me empurrou em cima da cama, que precisava ser trocada inclusive. Adam já tinha reclamado trocentas vezes do barulho que minha cama fazia, rangendo toda vez que me mexia durante a noite. Chegou a brincar dizendo que o dia que trouxesse uma garota para dormir comigo, todo o campus iria ouvir.

Com joelhos apoiados na cama, Ally me fez tirar a blusa e suas mãos tinham urgência em abrir o botão da minha calça. Mas aquele barulho estava me dando nos nervos, nunca tinha me incomodado tanto até aquele dia.

— Você se importa se a gente for pra cama do Adam?

— Não. Mas acho que ele se incomodaria, não? – ela disse.

— Ninguém vai saber.

Consegui convencê-la e não poderia me sentir mais envergonhado. Ally se levantou e eu quis compensar aquele momento constrangedor voltando aos beijos que tínhamos interrompido, dessa vez deixando meu corpo desabar sobre ela em cima da cama do Adam. Muito mais confortável e sem barulho.

— Desculpa! – eu disse.

— Não machucou. — ela me afastou pelo peito pra olhar pra mim.

— Não por isso, pela cama.

— Matt, se você falar dessa cama mais uma vez, eu vou embora. — brincou.

— Tá bom!

Plantei beijos atrás de sua orelha, descendo pelo pescoço e colo, passando pelo meio dos seios até o umbigo, enquanto abria o zíper do seu jeans e me livrava dele, jogando no chão. O caminho de volta para beijá-la me trouxe a sensação de estar fazendo a coisa certa com a pessoa certa. Admirava tudo nela, queria me perder no seu perfume, beijá-la por dias e noites, não desgrudar nosso corpo nem um minuto. Era diferente dos meus momentos com Dani, onde só queria cumprir uma tarefa, colocar mais uma noite pra conta, sem compromisso, sem sentir nada. Com Ally, eu não queria que a hora passasse.

Quando estávamos só com a roupa íntima como impedimento, ela pôs as mãos em volta do meu rosto me puxando para beijos mais intensos e eu a sentia mais quente e irresistível. O contato da sua pele na minha e seus gemidos entre os beijos me faziam desejá-la mais.

— Esperei tanto por isso. Queria muito você! – confessei. Talvez ainda fosse cedo demais, porém queria que ela soubesse o quanto eu apreciava estar com ela.

— Porque você não termina de tirar minha roupa pra gente ficar mais à vontade? — só naquele momento eu reparei melhor na lingerie rosa que ela usava.

— Você quem manda! – atendi à sua ordem, me livrando do que me restava de roupa também, um tanto atrapalhado.

Voltei a beijá-la sentindo o rosto queimar. Com certeza, minhas bochechas estavam ridiculamente rosadas, me fazendo parecer uma criança.

Antecipava minha vontade de estar ainda mais próximo dela com um beijo profundo e demorado.

Ela se livrou ofegante para falar:

— Matt... eu também quero muito você!

Coloquei-me entre suas pernas, ritmando os movimentos com beijos e tocando nos pontos onde lhe provocava arrepios, sentindo o calor que vinha dela com o ar que exalava perto do meu ouvido, toda vez que me aproximava. Aos poucos me sentia mais profundamente envolvido e a sensação de que chegaria ao meu limite se aproximava. Poderia zerar a contagem e dizer que aquela foi a melhor primeira vez da minha vida, ignorando o que tinha experimentado antes.

You are enoughOnde histórias criam vida. Descubra agora