Não demorou a chegarmos a minha casa, passei o caminho todo em silêncio.
Logo que ele parou o carro frente a minha casa eu tentei abrir a porta mais ainda estava trancada.
- Podemos conversar antes de você ir?
- Abre a porta, não temos o que conversar desconhecido.
- Clarinha, sabe que não sou mais um desconhecido.
- Não importa, me deixa sair.
- Sabe que aquele beijo não significou nada pra mim, não sabe?
- Você já disse isso.
- E o beijo que ele te deu? Significou alguma coisa?
- Claro que não Miguel! Ele queria me forçar a fazer aquilo. E depois disso não quero mais ve-lo.
- Jura que não vai mais fazer isso?
- Isso o que?
- Ir a uma festa daquelas sem mim, jura que não vai mais ir?
- Por que eu juraria isso?
- Por favor, é perigoso e eu.. eu me importo com você.
- Me jogar no carro é um grande exemplo de cuidado!
- Sabe que você não iria entrar nem que caisse um raio!
- É, não ia.
- Clara Clarinha, sorri pra mim.
- Sorrir?
- É, um sorriso, vai.
- Não tenho que sorrir para um idiota.
- Você xinga porque gosta da minha compania, gosta de me ter ao seu lado, assim, pertinho.
- Acho que você bebeu.
- Para de ser chatinha Clarinha!-diz fazendo cócegas em mim me fazendo rir.
- Para! Chega!
- Haha ta ai meu sorriso.
- Agora abre vai.
- O que ganho com isso?
- Vai poder ir para casa sem ver estrelas.
- Nossa que menina violenta que fui arrumar.
- Abre.
- Não abro.
- Abre.
- Se você me der um elogio eu abro.
- Não vou fazer isso.
- Só unzinho sua chata.
- Ta, Miguel, você é um cara legal.-ele sorri.-As vezes.-murmuro.
- Não é dificil ser legal Clarinha.-eu bufei.
- Você é um cara bonito! Satisfeito?
- Muito, e você também é bem bonitinha.-revirei os olhos e ele destrancou a porta.- Não vai nem me convidar para entrar? Esta chovendo.
- hm... não, tchau Miguel.
- Tchau Clarinha, tambem te adoro.
Saí do carro e corri para a minha casa estava chovendo ainda.
Entrando eu subi para o meu quarto e fui me trocar.
Apesar de um pouco rude ele foi gentil. Educado, cuidadoso. Gostei de ficar com ele. Acho que devia trata-lo melhor. Ser menos rude.
Ele esta mostrando que é um cara completamemte diferente dos outros.
Quando ele beijou aquela gatota eu me senti tão estranha, como se eu devesse ter ido lá e dado um soco naquela garota.
As vezes sou possessiva demais, um grande defeito, acho que estou confundindo as coisas entre mim e ele, acho que já me acostumei com sua presença.
Me acostumei tanto que acho que me sinto mal apenas em ver ele com outra, o que sera que eu estou sentindo?
Me joguei em minha cama e peguei meu celular, fiquei jogando enquanto sorria comigo mesma.
Ele pareceu tão preocupado...
Miguel //
Depois de deixa-la em casa eu voltei para a festa, que tipo de cara eu seria se não voltasse.
Aquela marrenta me deixa tão intrigado, gosto de provoca-la, de estar com ela. Apaixonado? Não, apenas é divertido.
Ela, apesar de tudo, é uma boa compania.
Ver aquele cara beija-la me deixou furioso, sei que ela não iria beija-lo tão facilmente.
Fui a festa para ficar de olho nela, e beijei aquela garota para dar ciumes nela. Apenas queria ver como ela iria agir. E agiu bem, bem demais.
Depois que aquele idiota do Deniel a puxou para aquele corredor eu fui atraz deles imediatamente. E foi bem na hora, se eu demorasse mais...
Chegando a boate eu logo vi que estava lotado. Entrei e andei em meio as pessoas, me sentei em um banco frente ao balcão e pedi uma bebida.
Não vou e não estou me apegando a ela, apenas senti que devia cuidar dela. Ela pode ter essa marra toda, mais é tão fragil, eu percebi.
Ela faz essa pose de durona para que não percebam nela o que eu percebi, que ela é uma garota gentil, apesar do comportamento rude.
Ela as vezes lembra a mim mesmo, uma pessoa com a cabeça cheia, e que nao sabe como esvazia-la.
No final de tudo, eu aprendi uma lição, se alguem por a boca na dela, eu enfio um soco na cara.

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Sorria
Teen FictionAssim é Clara, uma garota sonhadora, esforçada e que deseja um futuro maior do que desejam para ela. Miguel é um rapaz desorientado, que por ter muito dinheiro não liga para o que o futuro pode reservar a ele. Pois para ele, quem é rico nunca pas...