Capítulo 71

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  Na aula eu fiquei distraída, lembrando do meu encontro com Miguel, arg aquele cara tem talento para me deixar assim.

  Estava decidida a encontrar ele então fui andar na praia, querendo esbarrar nele, vai que o universo me helpa.

  Depois de alguns minutos andando eu desisti, sim desisti, eu tenho vida para cuidar não posso só ficar procurando.

- Eae Clara!

- Hahaha você esta bêbado! Sério isso?

- Você não devia estar nos dormitórios?

  Carl se aproximou e me olhou sorrindo.

- Eu estou dando uma volta senhor espetor.

- Hahaha mau.

  Ele tem sido ótimo, apesar de eu ter medo de estar sozinha com ele.

- Ei, sabe que é perigoso andar sozinha na praia assim.

- É eu sei.

- Olha, tenho uma idéia, você pode me dar um beijo dai vão pensar que somos um casal e ninguém vai mexer com você!.

- Não Carl. Eu não quero.

  Caramba universo isso é karma???

- Para Clara vem cá!-agarrou meu braço me puxando para perto dele.

- Não Carl me solta!

- Aaah deixa disso!- Ele riu e me agarrou forte beijando meus lábios, eu o empurrei o maia forte que pude e saí andando rápido, zangada, triste por ele ter feito aquilo.

  Que droga eu tenho para atrair maníacos tarados!?

  Estava andando para voltar ao dormitório.

  Não me sentia mais a fim de achar o Miguel. Estava tão zangada que até mesmo esqueci que o estava procurando.

  Foi como se eu juntasse tudo, isso de agora com as coisas do passado.

  Estava com medo de chorar aqui na praia, todos iam ver, eu tinha vergonha disso.

  Alguém pegou em meu braço me fazendo parar de andar, olhei para a pessoa e era Miguel aparentemente preocupado.

- O que aconteceu Clara? Por que esta chorando?

  Me soltei dele, sentia que não ia me segurar por muito tempo, Miguel me segurou de novo sem me dar tempo nem mesmo de me afastar dele.

- Me diz...

- -Meus problemas não te interessam Miguel!

  Tentei me afastar mais ele me agarrou de novo e selou nossos lábios, como um ato desesperado.

  O afastei e comecei a chorar, ele me abraçou me deixando chorar em seu ombro.

- Por favor me conta me conta Clara.

- Desculpa ter te perdido, desculpa atrair tanto amigo babaca, desculpa ser assim.-falava ainda entre soluços.

  Ele sorriu e me abraçou forte.

- Você é importante, eu estou aqui, mesmo que você seja tão complicada.

  Eu sorri, ele acariciou minhas bochechas limpando as lágrimas.

  Eu o beijei, apaixonada, apenas o beijei.

  Ele segurou em minha cintura, sentindo meu beijo. Eu ainda queria chorar, só que menos dessa vez.

- Eu te amo. Me perdoa por ter te mandado embora.

  Eu sorri, não conseguia não sorrir. Eu sabia que a culpa daquilo era toda minha. Ele se dedicava para inteiro e eu só me dedicava por parte.

  Acariciei seu rosto. Ele sorriu, ele tem uma pele tão boa de tocar, e olhos tão lindos, e esse sorriso gigante.

- Eu senti tanto sua falta, achei que não ia suportar meu Miih...

  Miguel me abraçou, parecia feliz.

- Vem comigo, me deixa ser seu e ter você.

- N-Não eu... eu estou com medo... não.

- Medo do quê?

- De você me mandar embora de novo.

- Não vai acontecer. Vem comigo, vamos andar juntos.

  Eu ri. O abracei, ele me apertou forte, estava mesmo feliz em me ter ali. Poderia ser difícil, mais sempre foi assim, e eu quero de qualquer maneira.

  Eu concordei em ir com ele, Miguel me deu a mão e andamos lado lado em direção ao calçadão.

  Parecia tão surreal. Como ele pode não se cansar de mim? Se cansar dos problemas que eu causo? Isso é porque ele me ama, né?

  Eu estava tão contente que se ele ainda estivesse bravo e planejando me sequestrar, naquele momento, eu ia achar que ser sequestrada é algo romântico - Pelo amor de Deus gente, não sejam sequestradas e achem que é romântico. - Me sentia louca ao lado dele, e estava determinada a fazer diferente dessa vez.

  Sentir ele sempre vai ser algo delirante.

  E ali estava eu, novamente, fantasiando ele tirar minha roupa toda, sim, não tinha como minha mente pervertida não funcionar, ele é o meu príncipe e eu imagino ele na situação que eu quiser.

  Paramos frente a um hotel, iamos entrar mais eu parei ali o fazendo parar também.

- O que é?

- Sei que a culpa foi minha mais eu não quero ainda...

  Ele sorriu e acariciou meu rosto.

- Ta, ta certo. Então o que acha de irmos para um bar inglês nos embebedar?

- Hahaha ótimo, uma ótima ideia.

  Me deu o braço de maneira cavalheira e engraçada, e fomos juntos, rindo, procurando algum bar por perto.






 

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