Capitulo 23

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  Clara //  

  Depois de alguns minutos eu comecei a andar, não ia ficar parada ali como uma idiota só porque ele mandou.

  Ele tinha mesmo que aceitar o convite daquela siliconada? Não somos namorados então não pude impedir ele, mais eu queria, queria muito.

  Andando pela festa vi tantos tipos de bebidas que nem sabia se podia experimentar pela menos uma.

  Um rapaz se aproximou, parecia um garçom, ele estava entregando alguns copos de bebidas e acabou me entregando um.

  Foi tao rapido que nem pude devolver para ele, ou não aceitar.

  Vai que esta com droga e acaba dando um boa noite cinderela em mim.

  Estava bem proximo aos banheiros, esse lugar estava me deixando cansada.

  Vi duas pessoas proximos a parede do banheiro, não sei o que faziam, mais não queria saber, deve ser nojento.

  Me virei e quando comecei a andar um cara bêbado que vinha na direção contraria trombou em mim derramando um pouco da bebida do seu copo em mim.

  Ele continuou cambaleando pra longe, provavelmente vai cair em algum canto da praia e só acordar amanhã.

  Estava suja então resolvi ir ao banheiro me limpar, me aproximando da porta eu ouvi a voz de Leticia. Fiquei confusa, ela estava com Miguel pelo que eu saiba.

  Segui o som da voz e acabei presenciando uma cena que não queria.

  Era mesmo um casal, e pelo visto, um casal bem feliz.

  Ele a beijava enquanto ela pedia coisas para ele que parecia servi-la da melhor forma.

  Assustada e em choque eu deixei o copo que estava na minha mão cair no chão se quebrando. Eu estava num local sem areia e o copo acabou fazendo barulho ao se quebrar.

  Percebi que Miguel me olhou com um olhar tão.. porra.. 

  Foi uma pontada, ele diz que me ama e fica com outra?

  Comecei a correr, pela praia, não conheço esse lugar e não conheço ninguem aqui, sei que vou ter que ir embora com ele mais isso foi tão doloroso.

  Eu tinha razão desde o inicio, ele não presta. Ontem quis que eu me declarasse e hoje estava com outra.

  Devia ter me afastado, devia ter recusado todas sua investidas.

  Eu andava de um lado para o outro sem saber para onde estava indo.

  Apenas me sentia perdida, por que não me ouvi desde o começo?

  Miguel 

  Estava a procurando por todo canto mais eu não a achava de forma alguma.
  Ela não conhece a praia e aposto que não conhece ninguem aqui, não pode ter ido embora.

  Não queria que ela visse aquilo, mais não resisti. Sedi a ela e agora estou aqui arrependido, quero minha Clarinha de volta para mim.

  Eu apertava minha camiseta em minha mão enquanto olhava a minha volta.

  Depois de procurar muito resolvi ir ao estacionamento esperar ela aparecer.

  Acho que sou sua única opção de transporte. Os pontos de ônibus estão muito longe.

  Me aproximei do carro e me debrucei sobre o capô.

  "Clarinha onde você esta? Me perdoa pequena, volta para mim..."-penso.

  Olhei em volta e percebi que alguem estava do outro lado do carro, dei a volta e vi Clara apoiada na porta do carro.

  Ela estava com a cabeça encostada na porta do carro. Ela estava molhada, suas roupas, seus cabelos. Seus olhos avermelhados provavam que ela estava chorando.

  Eu sou um babaca mesmo, estava quase a conquistando e agora a fiz chorar.

- Clara! Eu estava te procurando que nem louco!- a abracei mais ela não retribuiu, ela parecia distante. Toquei nos seus cabelos e olhei nos seus olhos.-O que houve com você? Por que esta molhada? Alguem te fez algo Clara?

  Ela apenas fechou os olhos e desmaiou em meus braços, com isso fiquei ainda mais preocupado com ela.

- Clara! Não faz isso comigo Clarinha!-disse tentando acorda-la mais não funcionou.- Vou te levar ao hospital, Clara por favor espero que não seja uma brincadeira de mau gosto!

  Abri a porta do carro e a coloquei no banco de traz.

  Fechei a porta e antes de entrar no carro percebi que tinha um copo onde antes ela estava sentada.

  Peguei o copo e vi que ainda tinha um pouco da bebida. Cheirei aquilo e logo me acalmei.

  Ela só esta dormindo, essas bebidas são cheias de todo tipo de pó, pelo visto ela pegou o menos letal. Foi sorte ou de propósito? Eis a questão.

  Dirigi em direção ao meu apartamento, não é grande coisa mais vai servir. Eu quero leva-la a um lugar que ela possa se acalmar e descansar. E aasim ela não vai ter escolha ao não ser se reconciliar comigo de novo.

  Gosto da mãe dela porque ela confia sua filha a mim. vai ser facil dar uma desculpa.

  Entrei em casa com Clara em meus braços e a levei ao meu quarto.

  A deitei na minha cama e acariciei seu rosto.

  Por que eu fiz aquilo, por que trai a pessoa que amo tanto e que me ama tanto.



 

SorriaOnde histórias criam vida. Descubra agora