Capitulo 4

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  Folheava uma revista sem ter o que fazer, estava entediada, eram quase sete horas e eu entediadissima.

  Depois da escola eu fico entedeada, pelo menos assim aproveito esse silencio sem Miguel me atormentando.

  Puts, esse cara tem talento para fazer barulho.

  Resolvi ir comprar algumas coisas para preparar meu almoço.

  Saí com as mãos nos bolsos olhando tudo em volta.

  Depois que comprei o que precisava saí da loja e, no grande estacionamento, ouvi o som de um carro cantando pneu, era muito chato e irritante.

  Os funcionarios da loja de conveniência pareciam acortumados, um deles até colou fones. Pelo visto é rotina.

  Ignorei e voltei a andar mais antes de sair eu ouvi aquela voz irritante.

- Clariiiinhaaaaaa!

- Arg.-disse pra mim mesma e vi que era ele quem estava no carro.-O que quer?

- Não pode sorrir quando me vê? Nenhuma vez zinha?

- Não, por que esta fazendo tanto barulho com esse carro?

- Ah é divertido, pena que eles pararam de me ameaçar.

- Idiota.

- Ah entra ae!

- Não vou entrar, você esta bebado.

- Talvez um pouco, mais estou conseguindo enxergar a rua então consigo te levar para casa!

- Eu não vou entrar seu idiota.-disse e voltei a andar.

- Clarinhaa Clara Clarazinha, vem aqui não vou matar você.

- Cala boca seu idiota, vai embora.

  Ele parou o carro e desceu, em seguida andou na minha direção.

- Clarinha, deixa eu te ajudar.-falou sorrindo e eu acelerei meus passos.

- Se afasta seu idiota.

- Ei, acha que vou te machucar Clara?

- Sei que não mais não vou entrar no carro!-ele me segurou forte sem me dar chance de correr.-Me larga! Me larga! Me larga se não eu vou gritar!

- Chega sua louca!-disse tampando minha boca.

  Ele me arrastou até o carro e me fez entrar trancando a porta em seguida. Eu cruzei os braços e ele me olhou após fechar a porta.

- Vai ficar assim? Devia agradecer por estar te ajudando com essas sacolas pesadas.

- Você quer é me matar seu bebado.

- Para de me chamar de bebado, eu só bebi uma ou duas garrafas.

- Isso não é ser bebado?

- Quer saber! Se não quer carona pode sair anda!-disse zangado e bebado.

- Ah finalmente! Muito obrigada!-peguei minhas sacolas e saí do carro. Ele descançou a cabeça no volante.

- Clara espera, me desculpa.-disse vindo atraz de mim, acelerei o passo e atravessei a rua, antes que ele passasse.

  Já estava bem proximo de casa quando ouvi um carro me acompanhando, olhei de  relance e vi alguem por o braço para fora da janela.

- Clara, esta me ignorando?-eu continuei em silêncio em passos rapidos.-Maldosa, eu vou embora e vou desistir de sermos amigos.

- Esta esperando o que?-falei rude.

- Sua voz é tão linda que da dor de cabeça.

- Então por que não some?

- Por que é legal te irritar.-disse e começou a buzinar. Continuou, continuou e cada vez mais me irritando.

- Para com isso!!!

- Então o que acha de uma voltinha comigo?

- Não.-ele apertou a buzinha e eu parei de andar.

- Desiste.

- Chega aqui.-ele desceu do carro e sorriu para mim.

- Vai me dar um beijo?-disse e eu dei um soco do seu braço na autura do ombro.- Ai que é isso??

- Para de me seguir seu babaca!-dei um tapa no seu braço.

- Ai.. para de me bater! Só estou tentando ser legal!

- Ser legal?? Ser irritante!

- Ai.. magoei.

- Bom, volte para a sua festinha idiota.-voltei a andar e ele voltou para o carro.

  Logo ele deu a partida e sumiu da minha vista.

  Que bom, um pouco de paz e tranquilidade.

  Chegando em casa eu entrei e fui a cozinha, comecei a preparar o jantar.

  Depois de alguns minutos eu vi de relance alguem encostado no batente da porta.

  Me virei assustada e vi aquele idiota do Miguel.

- Ah é você, como entrou?

- Pela janela, do seu quarto.

- Idiota, não invada minha casa outra vez.

- O cheiro esta ótimo, o que é?

- Comida.-disse e ele riu.

- Mais que tipo de comida?

- O comestivel.

- Ha ha engraçadinha.

  Ele se aproximou das panelas que estavam no fogo e sorriu.

- Você é boa.

- E você não devia invadir minha casa.

- Como se você não gostasse.-eu sorri mais tentei ao maximo disfarçar.-Aha um sorriso!!

- Não sorri não!

- Sorriu! E foi lindo!

- Não sorri seu idiota!!!-disse batendo em seu braço enquanto ele ria.






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