Capitulo 2

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Acordei no meio da noite com alguem tocando bateria.

Peguei meu celular sobre o criado mudo e vi que eram 1:00 da manhã.

Depois de muito tempo, consegui deixar meu quarto do jeito que eu queria.

Me cobri até a cabeça com o lençol tentando não ouvir aquele som irritante.

Não funcionou, tentei ignorar, por o travesseiro sobre a cabeça, ir dormir no sofá. Mais o som tomava a casa toda, não sei como minha mãe não ouviu.

Andei até a janela e a abri com raiva fazendo um barulho alto, percebi que a pessoa que tocava ouviu, pois parou de tocar no memso instante.

Esperei ali que a tal pessoa aparecesse, pretendia pedir educadamente para que ele parasse de tocar.

Vi alguem abrir as cortinas e em seguida vi um rapaz, não consegui ver seu rosto direito mais parecia ser mais velho que eu, sei lá, uns dois anos.

- Ei!-ele gritou.

- O que é?-disse.

- Pode parar de fazer tanto barulho? Estou tentando tocar!

- Eu?! Para de tocar que eu quero dormir!!

- Não estou te epedindo.

- Esta sim!

- Não estou não.

- Não vou discutir com um idiota!-falo e fecho a janela.

Me jogo na minha cama aliviada com o silêncio. Fecho meus olhos e em poucos segundos, a barulheira recomeça.

Choraminguei em pensamento enquanto tentava dormir.

"Que vizinho retardado!"-penso.

[...]

Acordei pela manhã com alguem me chaqualhando.

Abri meus olhos e vi que era a minha mãe. Me sentei e a olhei.

- Sim?

- O que faz dormindo no sofá?

- Ah, não consegui dormir no meu quarto, o visinho é baterista.-disse voltando a me deitar no sofá.

Pelas 3hs da manhã eu resolvi vir para cá, o som era mais baixo aqui na sala.

- Ele toca bateria?

- Não, só bate mesmo.

- Poxa, não ouvi nada.

- É.. mais eu sim.

- Bom, vai para o seu quarto, vou comprar seu uniforme escolar.

- Mais já?

- Sim, você começa as aulas amanhã.-ela disse sorridente mais logo ficou seria.-Você vai estudar a noite, tenha cuidado, não vou poder ir te buscar.

- Não precisa se preocupar.- ela respirou fundo.

- Bom, vou fazer o café.

Ela foi a cozinha e eu me levantei, peguei meu cobertor e meu travesseiro e subi as escadas.

Entrei ao meu quarto e me joguei em minha cama.

"Tãooo macia."-penso.

- Clara, desça logo tomar café!-ouvi minha mãe gritar.

Choraminguei em pensamento e me levantei.

Fiz minhas higienes e saí do quarto, desci as escadas lentamente e quando cheguei a cozinha me sentei a mesa.

Me servi e percebi que minha mãe estava apressada.

- O que foi?

- Uma reunião, vou indo, ainda tenho que fazer a sua matricula na escola mais proxima!-ela pegou sua bolsa e saiu rapidamemte.

É, ela é sempre assim. Apressada, nunca tem tempo, e quando tem é apenas para ela mesma.

Já me acostumei com isso, nem ligo mais.

Peguei meu copo de café com leite e fui até a sala. Me sentei no sofá e liguei a tv.

Fiquei assistindo desenhos e tomando meu café até que ou o som de algo batendo no portão. Foi bem barulhento me deixando curiosa.

Saí rapidamente e indo ao quintal da frente eu vi que na rua, um idiota havia chutado uma bola no portão.

- Não acha cedo pra jogar bola no portão dos outros?-falei abrindo o portão e encarando o rapaz descarado que estava pegando sua bola na guia frente a minha casa.

- Ah, a garota de ontem a noite. Por sua causa eu tive que ficar treinando a noite toda!

- É, eu ouvi!

- Bom, então da licença, da proxima vez faça menos barulho, pessoas civilizadas precisam de silêncio a noite!

- E você é muito civilizado não é mesmo?-falei rude e ele chutou a bola na direção do gol que eram duas pedras, indo direto na casa do outro lado da rua.

- Porra.-disse ao ver que a bola havia caído no telhado da outra casa.

- Nossa que civilizado.-murmurei.

Ele revirou os olhos e andou calmamente até aquela casa, em seguida gentilmente gritou no portão enquanto batia palmas.

Esse cara tem talento para fazer barulho, que é isso.

- O que quer?-ouvi alguem dizer.

- A bola caiu no seu telhado! Posso pegar?

- Ah então é você que anda fazendo buracos no meu telhado com essa bendita bola! Vai sonhando seu vagabundo, fique longe do meu telhado!-disse o senhor rabugento, acho que ele já estava cansado de tantas boladas na casa dele. Ou concorda que esse carinha é um idiota.

O rapaz voltou em direção a minha casa chutando o chão e se sentou na calçada.

- Desistiu? Finalmente paz!

- Que desisti! Vou esperar ele sair e vou lá buscar minha bola.

- Vai pular o muro?

- Não, vou subir no telhado pela outra casa.

- Devia deixar quieto.

- Mal chegou e já esta dando ordens?

- Hm... deixa pra lá, não me importo com seus problemas.

Entrei e fechei o portão. Ele desviou seu olhar para mim mais voltou a olhar para frente. Que babaca irritante.

Entrei em casa e fechei a porta, me sentei no sofá e voltei a tomar meu café.









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