Capítulo 11

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A maior prova de amor é a confiança.

Quando abri os olhos no dia seguinte, a primeira coisa que vi foi a Tulipa vermelha. Eu sorri sozinha, olhei pro lado pra ver que o relógio já marcava dez horas da manhã e me levantei no salto, lembrando do meu compromisso. Tomei um banho rápido, vesti um short jeans, uma blusa de manga e um colete por cima. As marcas no meu corpo já tinham quase sumido completamente. Só permaneceram mesmo as mais profundas. E com Gui eu não precisava me preocupar, ele já havia visto mesmo. Desci as escadas e vi que estava sozinha em casa. Minha mãe e Half já tinham ido trabalhar. A casa era só minha, mas eu não ficaria nela por muito tempo. Peguei minhas chaves, tranquei a porta e vi Gui escorado em sua moto me esperando.

- Bom dia. - Ele sorriu.

- Bom dia.

- Achei que tivesse desistido do nosso passeio. - Ele comentou.

- Porque eu desistiria? - Eu podia pensar em um milhão de razões. 

- Pra fugir da minha moto. - Uma ótima razão essa. 

- Eu não disse que viria? Estou aqui. - Respirei fundo, não entre em pânico. 

- Então vamos.

Ele pos subiu na moto, me ofereceu o capacete e depois pos o seu. Ele me ajudou subir também, eu não acreditava que ia mesmo fazer aquilo, era suicídio. Ta eu até podia estar exagerando, mas aquela coisa era perigosa. 

- Então... Aonde vamos primeiro? - Ele perguntou. 

- Você sabe jogar boliche? - Perguntei. 

- Se segura. - Ele sorriu. 

Eu segurei de leve a camiseta dele pra manter o equilíbrio, mas quando ele avançou com a moto eu o agarrei com força, me apertando contra ele. Muito constrangedor devo dizer, mas não tinha chance de eu o soltar, não enquanto estivéssemos naquela coisa. Mas o passeio fora mais agradável do que eu pensara, em grande parte porque ele estava ali comigo, e em questão de minutos tínhamos chegado, descemos da moto e fomos até a pista de boliche. 

- Você gosta de boliche? - Perguntei.

- Pra falar a verdade nunca joguei. - Confessou.

- Não brinca? - Falei sem acreditar.

- Meus passatempos eram meio diferentes. - Deu de ombros. 

- Tudo bem. - Eu sorri. - Eu vou primeiro. 

Eu peguei uma bola, me posicionei e taquei. Eu sempre fora muito boa no boliche, ninguém conseguia me ganhar. Melhor dizendo, Letícia, Chloe e Isa nunca conseguiram me ganhar. A bola derrubou quase todos os pinos, exceto dois. 

- Muito bom. - Gui sorriu pra mim. 

- Eu sei que sou muito boa. - Zombei.

- Agora é minha vez. - Piscou pra mim. 

Eu sorri enquanto ele pegava a bola e se preparava pra jogar, movimentos lindos perfeitos. Eu suspirei. Controle-se Manuella, esse dia nunca irá se repetir. A bola rolou pela pista e... Strike.

- Há Strike! - Ele comemorou. 

- Pensei que nunca tivesse jogado boliche. - Disse indignada.

- Nunca joguei. - Deu de ombros.

- Deve ser sorte de principiante. - Fiz careta.

- Quer que eu faça de novo? - Ergueu a sobrancelha. 

- Agora é a minha vez. - Peguei a bola. 

- Porque não fazemos um joguinho? - Ele sugeriu. 

- Que jogo?

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