Capítulo 23 e 24

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Não existe maior loucura no mundo do que um homem entrar no desespero.

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Sem revisão ]

Half estava atrás de mim, me segurando pelo pescoço com força, me impedindo de me mexer e eu estava chorando desesperada, minha mãe não podia ter feito isso. Não podia me deixar sozinha com ele assim. Não podia. 

- Onde você esteve o dia todo? - Ele insistiu.

- Com meus amigos. - Eu disse nervosa.

- Que amigos? - Perguntou.

- A... A Isabel e... O... O Enzo. - Gaguejei em meio às lágrimas. 

- Só eles dois? Aquele garoto... Guilherme, não é? - Sorriu. - Não estava com vocês?

Eu fiquei sem saber o que dizer. Eu podia negar e ele descobrir que eu estava mentindo, ou eu podia afirmar e ele achar que tinha algo entre nós dois. O que eu ia dizer?

- Ele estava? - Insistiu apertando meu pescoço. 

- Estava. - Me dei por vencida. - Ele foi à praia com agente.

- Eu não disse pra você ficar longe dele? 

- Eu... a gente não... Só estávamos...

- PARA DE GAGUEJAR! - Ele disse alto, não o suficiente pra que alguém ouvisse, mais o suficiente pra me assustar. 

- Não fizemos nada... Por favor, me solta. - Implorei. 

Ele continuou me segurando com força e foi me guiando até o sofá da sala, depois me empurrou nele e ficou me olhando furioso. 

- Pensei que tivesse dito pra você ficar longe dele. - Disse irritado. 

- Ele é meu amigo. - Tentei me defender.

- Pois eu não quero você de amizade com ele. - Disse curto e grosso. 

- Você não manda em mim. - Soltei sem pensar.

- Ah não?

Ele se aproximou de mim, apertando meu rosto com força. O ódio em seus olhos me encheu de pavor e eu tive vontade de gritar.

- Escuta essa então - Sorriu. - Se eu ver você com ele de novo. Eu mato você, mato ele e ainda levo sua mãezinha idiota junto.

- Você não faria isso. - Disse tentando me conter. 

- Ah não? Experimente me desobedecer então. - Sorriu. - Você tem sorte que hoje estou cansado, mas amanhã estou em casa e eu vou te mostrar quem é que manda aqui sua vadia. 

Ele soltou meu rosto, me empurrando com força e saiu da sala. Eu me encolhi no sofá e comecei a chorar. Tudo tinha que dar errado comigo, tudo. Hoje era pra ter sido o dia mais perfeito e agora me acontece isso. Eu não estava agüentando mais tanta agonia. Eu sentia que ia morrer a qualquer minuto. Morrer de tristeza. 

No dia seguinte...

Quando acordei no outro dia estava com medo de abrir os olhos, de ter que encarar o dia que eu teria com Half. Quando criei coragem pra levantar eram onze horas da manhã. Vi pela sacada que Gui não estava em seu quarto, lembrei que ele me disse que sairia com Nick hoje. Ótimo. Eu estava sozinha. 
A porta do meu quarto abriu. Half.

- Que bom que acordou princesa. - Sorriu. - Já estava me deixando impaciente. 

- O que você quer? Acabei de acordar. - Disse rudemente. 

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