Capítulo 13

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A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia, ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma outra coisa tomará o seu lugar.

[ Sem revisão]

Fiquei jogada no meio da sala sobre os cacos de vidro durante um bom tempo sem conseguir me levantar. Uma parte de mim queria ficar ali e esperar que minha mãe chegasse e visse, mas a outra parte sabia que se ela descobrisse Half a machucaria e eu não poderia viver com tal culpa. Então juntei todas as minhas forças e me levantei. Subi as escadas cambaleando, tropeçando nas próprias pernas, sangrando e com muito custo cheguei ao meu quarto.. Eu tentei tomar um banho, mas quando a água batia em minha pele ardia, principalmente na área onde tinha vidros enterrados. Vidros que eu não consegui arrancar. Então vesti um short de malha curto, e uma blusinha solta e me sentei na minha cama. Tentei arrancar os vidros, mas eu era covarde demais até pra isso. Só o que conseguia fazer era chorar e gritar de dor. 

- Ai. - Gemi em meio aos prantos. - Porque comigo? Por quê? 

Ouvi um barulho vindo da minha sacada, só tive tempo de olhar pro lado e ver Gui entrando. Eu tomei um enorme susto.

- O que esta fazendo aqui? - Perguntei sem conseguir disfarçar minha agonia.

- Cheguei em casa agora e ouvi você gritar. Ouvi seu choro o que houve? - Ele chegou mais perto.

- Na... Na... Nada. - Gaguejei. - Vai embora.

Ele ignorou totalmente meu pedido e veio sentar na cama a minha frente, ele segurou meu braço onde vários pedaços de vidro estavam presos e o sangue escorria. 

- Meu Deus Grace.  O que foi isso? - Falou assustado.

- Por favor vai embora. - Eu implorei. - Você não devia estar aqui.

- Tenho que te levar a um hospital. - Me ignorou novamente. - Precisa dar um jeito nisso.

- NÃO. - Me desesperei. - Não, hospital não, por favor. 

- Você não pode ficar assim. - Ele disse preocupado.

- Eu estou bem... Só... - Respirei fundo. - Vai embora.

- Não vou deixar você. - Ele disse com convicção.

Gui levantou da cama e foi até meu banheiro. Um minuto depois estava de volta com o quite de primeiros socorros. Ele o abriu e segurou novamente meu braço.

- O que esta fazendo? - Perguntei.

- Não vai me deixar te levar ao medico, mas vai ter que me deixar cuidar disso. - Falou simplesmente. - Temos que tirar isso de você. 

- Não precisa fazer isso. - Choraminguei, eu só queria que ele fosse embora, tinha medo de Half voltar.

- Preciso sim.

Ele ignorou totalmente todos os meus pedidos de que fosse embora e minha reclamações. Mas eu mal conseguia falar de tanto que chorava, então não fez muita diferença. Com toda delicadeza do mundo ele foi tirando os cacos de vidro, ia limpando as feridas com o álcool e fazendo curativos. Depois de alguns minutos ele finalmente acabara.

- Pronto, agora esta melhor. - Ele disse. 

- Obrigada. - Sussurrei sem olhar pra ele, limpando as lágrimas.

- O que foi que aconteceu com você, Grace? - Perguntou agora sério.

- Nada. - Disse secamente, só queria que ele parasse com as perguntas, só tornava tudo pior.

- Nada? - Ele riu, mais não tinha achado graça. - Como que isso não foi nada?

- Nada que seja da sua conta. - Sussurrei.

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