Capítulo 29

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Depois de muito sofrimento... É a hora do recomeço.

[ Sem revisão ]


Quando abri os olhos de novo estava confusa. Deitada numa cama, as paredes em volta todas brancas. Eu estava em um hospital. Levantei-me num salto, as memórias do que acontecera voltando aos poucos a minha mente.

- Gui.  - Minha voz soou estranha, com uma pitada de histeria.

- Hey, calma. - Era minha mãe, eu não havia percebido que ela estava do meu lado.

- Mãe? -Disse ainda meio confusa.

- Sou eu filha, esta tudo bem agora. - Sorriu pra mim.

- Cadê o Gui? Como ele ta? O que houve? O Half... Ele...

Senti as lágrimas se acumularem em meus olhos e o desespero me invadir, e se tivesse acontecido algo com ele? Eu nunca ia me perdoar. Minha mãe me segurou pelos ombros com delicadeza.

- Manu se acalma - Ela pediu. - Esta tudo bem.

- Como assim bem? - Perguntei sobressaltada.

- Half esta morto querida. Ele morreu, esta acabado. - Ela disse aliviada.

Mas eu podia sentir além da sua cara de alivio. Podia sentir uma pontada de tristeza em sua voz.

- Eu matei ele. - Sussurrei. - Matei uma pessoa.

- Você não teve escolha filha. Foi pra defender.

- Eu o matei. - Disse sem acreditar.

- Filha - Ela me apertou com mais força - Não se sinta culpada por ele. Ele não merece sua tristeza ou seu remorso ouviu?

Ela tinha razão. Half não merecia minha tristeza, não merecia nenhum sentimento vindo de mim, seja bom ou ruim. Eu devia simplesmente ignorá-lo e fingir que nunca existiu. Pensando nisso... Lembrei-me de outra pergunta que ela não me respondeu.

- Mãe... Cadê o Gui? - Perguntei.

- Érr...

- Mãe... Cadê ele? Onde ele está?! - A olhei aflita.

Ela ia abrir a boca pra falar, mas eu não esperei. Levantei-me da cama e sai correndo do quarto sem olhar pra trás mais pude ouvir minha mãe atrás de mim.

- Manu, espera! - Ela pediu.

Quando virei no corredor meu coração parou. Ele estava ali sentado em um banco enquanto os pais dele discutiam com a recepcionista do hospital. Estava cabisbaixo. O braço enfaixado, uma expressão de dor no rosto enquanto encarava o chão.

- Gui - Sussurrei.

Seu rosto se virou pra mim na hora. Um largo sorriso se abrindo quando seus olhos encontraram os meus. Meu coração voltou a bater e ele se levantou. Eu sorri também e corri pra ele, toda a dor que me afligia desaparecendo no momento que ele me abraçou, senti o cheiro de seu perfume, sua pele macia tocando a minha e as lágrimas desceram de novo, mas dessa vez de alegria ao ver que ele estava bem.

- Graças a Deus que esta bem. - Eu sussurrei entre as lágrimas.

- Está tudo bem agora. - Ele me apertou com mais força, - Acabou.

- Achei que tivesse morrido - Eu confessei.

- Achou que fosse se livrar de mim é? - Ele riu.

- Nunca. - Sussurrei.

- Nunca vou deixar você anjo - Sussurrou em meu ouvido.

E pela primeira vez em tantos anos senti um alivio verdadeiro dentro de mim. Sabia que voltaria pra casa e tudo estaria bem. Nada de tortura, nada de lágrimas. Só minha casa e as pessoas que eu amo e se importante comigo de verdade.

- Eu te amo Gui. Obrigada por me salvar - Eu disse.

- Quem me salvou foi você anjo.

Ele colou seus lábios nos meus delicadamente. Só um toque, mas que fez meu coração saltar loucamente no peito. E estava bem. Tudo em seu devido lugar.

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