Capítulo 25

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Todo segredo, não importa o tamanho, ou do que se trata. Um dia será descoberto

Acordei no dia seguinte muito consciente de que dia era. Meu aniversário. Suspirei sem querer levantar da cama. Há onze anos aquele dia era um martírio pra mim, um inferno. Me levantei sem vontade alguma e fui tomar um banho, vesti a primeira coisa que encontrei e desci as escadas pra tomar café. Dei de cara com Half a minha espera.

- Que bom que acordou Manuela, acho que temos um assunto pendente. - Ele disse.

Meu coração bateu forte contra o peito. - Não temos nada pra resolver. 

- Ah temos sim. - Abriu um sorriso diabólico que me encheu de pavor. 

Ele veio na minha direção com uma faca. Eu fui andando pra trás pra me afastar, mas fiquei imprensada na parede. Ele ergueu a mão e me deu um tapa na cara. Eu gritei de dor.

- Hora de mostrar a você quem é que manda. - Ele disse.

Half me agarrou pelos cabelos com violência e começou a me arrastar pela casa, eu tentei me soltar, mas era em vão. Eu estava totalmente apavorada, ele parecia mais irritado que o normal. Então não pensei duas vezes quando comecei a gritar alto desesperada, mas ele não parou. Me arrastou até meu quarto e me jogou no chão. 

- Você é mesmo uma vadia estúpida. Eu não te avisei pra ficar longe daquele pirralho?! - Falou exaltado.

- A gente só ta namorando. Não é nada...

- NÃO É NADA?! - Ele riu. -  Você pensa que eu não vi vocês dois ontem? É, eu vi você dando pra ele sua vadia.

- Eu o amo. - Disse agora irritada.

- Você vai se arrepender disso. - Disse amargamente.

Ele se aproximou mais e num gesto agressivo arrancou meu vestido, me deixando apenas de calcinha.

- Quando você esta comigo não fica tão empolgada, não é? Mas agora eu vou fazer você se arrepender de ter me traído.

- Eu não te trai! - Disse aos prantos. - Nunca fui sua,  desgraçado.VOCÊ ME DA NOJO! EU TE ODEIO!

- É o que veremos. - Sorriu. 

Arrancou minha ultima peça de roupa, me deixando nua e depois tirou as suas. Se abaixou no chão, e começou a esfregar seu corpo no meu. Eu chorei desesperada, me debatendo contra ele, mas ele me apertava com força, marcando meu braço. 

- Vai se arrepender Manuella. Vai pagar pela petulância. - Disse irritado.

- NÃO.

E dizendo isso ele encaixou seu corpo no meu com violência, sem cuidando algum. Começou a se movimentar dentro de mim com força, me machucando, me fazendo gritar. E a dor que eu sentia era insuportável, enlouquecedora. Gritei loucamente, esperando que alguém me ouvisse, que se danasse o medo que eu tinha dele, não agüentava mais aquilo. Só queria ele longe de mim. 

- PARA POR FAVOR! - Implorei tomada pelo desespero.

Mas ele não parou, continuou concentrado no que fazia, sorrindo enquanto eu sofria e depois quando havia se dado por satisfeito, me soltou. Eu pensei que ele ia embora, mas ao invés disso pegou o cinto da cala e apontou pra mim. 

- Ninguém brinca com Half. - Ele disse.

- Não faz isso. - Minha voz era sussurro.

Mas ele não se importava com minha dor e sem pena alguma começou a me espancar. Me batia com o cinto, deixando as marcas da fivela no meu corpo, me fazendo sangrar.vMe deu tapas e socos na cara, e me chutou com força, como seu eu fosse um saco de pancadas. Eu chorava, gritava de dor, tentava fugir, mas nada daquilo parecia comovê-lo. Estava tomado por um ódio tão intenso, seus olhos pareciam vermelhos de tanta raiva. Me deram medo.

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