Capítulo 16

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A distancia entre a amizade e o amor... Pode ser a distancia de um beijo.

Caminhei até o armário onde minha mãe guardava as porcarias que eu gostava de comer e achei alguns pacotes de pipoca de microondas. Eu peguei dois e mostrei pra ele.

- Pipoca de microondas. - Falei animada. - Com manteiga ou sem?

- Tanto faz. - Deu de ombros - Você que decide.

- Ótimo. - Sorri. - Com manteiga. Quanto mais gorduroso melhor.

Ele devia estar pensando que eu era maluca, mas quem se importava? Eu pus a pipoca no microondas e liguei, em seguida fui mexer nos armários procurando o chocolate e o leite condensado.

- Onde minha mãe guardou o leite condensado? - Resmunguei.

- Está procurando isso aqui?

Ele estava bem atrás de mim, Muito. Muito perto, segurando a lata que eu procurava. Sorri sem jeito, peguei a lata da mão dele e me esquivei, indo pra perto do fogão. Ele só sorriu enquanto me observada, me deixando ainda mais constrangida. Ele tinha o do de me deixar sem jeito. Era incrível.

- Isso não vai dar certo. - Ele comentou.

- Porque não para de ficar ai agourando e vem aqui ajudar? - Reclamei. 

Ele riu e enquanto eu mexia o brigadeiro na panela foi pegando outras coisas pra comermos, refrigerantes e mais porcarias. Depois de um tempinho eu tirei o brigadeiro do fogo e pus numa tigela, escorando em cima do balcão. 

- Quer ser o primeiro a experimentar? - Eu perguntei. 

- Não. Você primeiro.

- Qual é? É só chocolate. - Revirei os olhos. 

- Chocolate pode ser muito perigoso. - Ele disse rindo.

- Idiota. Você ficou todo animadinho, agora vai ter que experimentar. - Fiz cara de brava.

- Tudo bem madame. - Concordou. 

Ele estava escorado no balcão a minha frente. Sim, estávamos espremidos no pequeno espaço entre a pia e o balcão, mas eu procurei ignorar esse fato.

Peguei uma colher e enchi com o brigadeiro, chegando um pouco mais perto dele, mas como sou uma menina perversa, ao invés de por o chocolate na sua boca, aproveitei sua distração e passei o chocolate na sua bochecha. 

- Hey! - Ele fez uma careta de indignação.

- Uma delicia não é? - Eu zombei rindo dele. 

- É, uma delicia. -  Ele concordou. 

Enquanto eu estava distraída rindo da cara dele, e passou a mão dentro de tigela e esfregou no rosto... É... NO ROSTO TODO.

- Que isso? - Eu reclamei. - Olha o que você fez.

- É bom né? - Ele caiu na gargalhada. - Foi você que começou. 

- Ah, então é guerra? - Eu falei zangada.

- Vem com tudo anjo. - Ele desafiou ainda rindo. 

- Ah, você vai ver.

Eu enfiei a mão na tigela e fui pra cima dele. É isso mesmo que vocês estão pensando, ficamos iguais dois malucos no meio da cozinha tacando chocolate um no outro, parecíamos duas crianças. Eu até peguei a lata de chantili e despejei nele, foi muito engraçado. No final estávamos totalmente melecados. Só o que sobreviveu intacto foi o cabelo. 

- Olha só a bagunça que você fez. - Eu disse.

- Eu fiz? - Ele riu. - Foi você que começou. Achou que eu ia deixar barato? 

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