Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)

DOZE

Ísis e Léo estavam abraçados sentados na areia da praia e admirando o céu noturno. Todas as estrelas do universo pareciam querer compartilhar o amor deles e brilhavam intensamente. Até que surgiu uma estrela cadente.

- Léo, uma estrela cadente. Faça um pedido.

Ísis fechou os olhos, juntou as mãos como se fosse fazer uma prece e fez um pedido em seu coração, ela pediu que eles se amassem pra sempre. Ao abrir os olhos percebeu seu amado a observando.

- Ei, você não fez um pedido? - ele negou com a cabeça. - Mas você devia. - fez uma carinha emburrada.

Ele a abraçou novamente e falou ao seu ouvido.

- Eu não preciso fazer pedidos a estrelas cadentes porque eu já tenho meu anjo em meus braços. - ela sorriu e o beijou de forma casta.

Ísis encostou suas costas novamente no peito de Léo e fitou o céu novamente.

- Você sabe por que as pessoas fazem pedidos a estrelas cadentes? - ela negou. - Porque a aparição dessas estrelas é sempre tão rara e curta. Então apenas pedidos que são feitos no momento do fogo e faíscas são mais prováveis de se realizarem. Mesmo que apareçam milhões de estrelas cadentes no céu, o meu pedido será apenas um. 

- E qual é? - Ísis perguntou.

Ele se levantou e a  ajudou a levantar também. Depois se ajoelhou e lágrimas brotaram do olhos dela.

- Você se casaria comigo e se tornaria a alegria da minha vida? - ela sorriu e balançou a cabeça positivamente sem conseguir falar. Então ele se levantou e segurou suas mãos. - Hoje eu não tenho um anel pra te dar, somente o meu coração. Mas muito em breve, eu te darei o anel mais lindo do mundo e eu farei esse mesmo pedido numa noite com chuva de estrelas cadentes.

- Eu não preciso do anel mais bonito do mundo, meu amor. Eu já tenho você.

Léo suspendeu Ísis nos braços e rodou com ela. Os dois sorriam como dois apaixonados que eram e se beijaram em compromisso ao seu amor.

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Ao ouvir aquela frase eu queria fugir dali, aquilo só podia ter sido coisa da minha imaginação.  Mas meus pés não me obedeciam, até os forcei a continuar meu caminho, mas parecia que tinha chumbo preso  a eles  que me obrigava a permanecer ali. Até que Leonardo se aproximou de mim e me virou pra ele segurando em meus ombros.

- Eu ainda amo você,  Ísis.  - ele repetiu a frase me deixando na mesma inércia.  - Não vamos olhar pro passado,  vamos viver o agora. Eu continuo louco por você. - ele me abraçou e meu coração disparou.  - Eu nunca deixei de te amar. - ele me apertou mais.  - Eu sei que você também me ama. - ele me olhou e foi se aproximando, se aproximando ao ponto de eu sentir seu hálito sobre mim.

- Leonardo. - eu consegui sair do meu torpor e ele parou. - Por que você está fazendo isso comigo? - minha voz saia trêmula. - Você quer se vingar de novo, quando como fez com aquela nossa aposta?

- Não, Ísis. O tempo ou a mágoa não apagaram o que eu sinto por você. - ele apertava mais na lateral do meus braços. - Eu te amo, eu sempre amei, sempre. 

Uma lágrima escorreu e eu fechei os olhos, ele aproveitou esse momento e colou seus lábios aos meus. Leonardo me encostou na porta e sua língua deslizava por meus lábios como se pedindo passagem e eu permiti, eu o amava. Deus como eu amava aquele homem que me machucou tanto no passado. A minha língua também foi ao encontro dele e nosso beijo se tornou sedento. Era como se nós dois precisássemos daquele beijo para saciar uma sede de tantos anos.