QUATRO

6.8K 638 26
                                    

Léo e ísis estavam na praia a noite, sob a luz intensa da lua. Ela se levantou e o puxou.

- Vamos dançar?

- Ei, eu não sei dançar. - Léo falava pra Ísis que teimava em querer ensiná-lo.

- Mas você vai ter que aprender. - falou sorrindo. - Como você vai fazer no dia do nosso casamento se não aprender? - ele sorriu se derretendo todo por ela.

- Não tem nem música aqui.

- Eu vou cantar no seu ouvido. - gargalhou.

Os dois começaram a dançar embalados com a melodia que saía dos lábios de Ísis. Ele só pensava no quanto a amava e estava feliz ao seu lado.

- Y para tu amor que es mi tesoro 

tengo mi vida toda entera a tus pies

Y tengo tanbién un corazón 

que se muere por dar amor

- Você sabe o que acontece quando canta essa música pra mim? - ele falou no ouvido de Ísis a fazendo arrepiar.

- Y que no conoce el fin - ela continuou cantando

Mas Léo a beijou com uma intensidade que a levou ao êxtase naquele mesmo instante e fizeram amor ali, naquela praia deserta, sob a luz da lua e ao som das ondas do mar.

- Eu te amo tanto, Ísis.

- Eu também, meu amor. Eu também.


********************************************************************************************

- Obrigada, Fábio. - sorri e ele sorriu de volta.

- Não foi nada, Ísis. - Fábio segurava a maioria das pastas. Estávamos só nós dois no elevador a caminho do financeiro. - Esse trato entre você e o chefe está te deixando louca, não é? - ele me deu um sorriso lindo e sedutor.

- Você não faz ideia. - suspirei, me encostei no espelho do elevador e olhei pra frente. - Leonardo é um idiota sem alma ou coração - dei um sorriso amargo.

- Posso te fazer uma pergunta?  - olhei para o Fábio e ele estava sério. Apenas assenti.- Você já o conhecia?

- Quem? - foi a coisa mais idiota a se dizer. Eu sabia quem, mas queria dar tempo pra que eu pudesse pensar no que falar.

- O Leonardo. - por sorte a porta do elevador parou e saí dali, fugindo.

Ele veio atrás de mim e colocou as pastas na mesa do contador.

- Pode ir, Fábio. Eu ainda tenho algumas coisas pra fazer aqui. - sorri meio sem jeito. 

- Ok. - ele parecia frustrado.

- Obrigada novamente. - ele assentiu, deu as costas e saiu.

Eu não tinha nada pra fazer ali, mas não queria voltar com ele no elevador e ter que responder aquela pergunta. Sentei numa cadeira e o contador olhou pra mim, um senhor de idade que sempre fora muito simpático comigo.

- Algum problema, Ísis?

- Não, não, senhor Antonio. Sentei um pouquinho porque estou me sentindo muito cansada hoje. - ele sorriu.

- O novo chefe não é fácil, não é? - sua voz parecia divertida.

- Você não faz ideia. Sorte sua não trabalhar no mesmo andar que ele. - nós gargalhamos.

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora