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Os dias que se antecipavam ao natal haviam chegado

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Os dias que se antecipavam ao natal haviam chegado. Aquela sombra que tinha vindo atormentar minha vida, fiz questão de fazê-la evaporar. Eu não pensava mais no fato de ter uma grande possibilidade de não poder gerar um filho, afinal, eu tinha um menino lindo e fofo que me chamava de mamãe e eu tinha um marido que me amava apesar desse terrível fato que nos sobreveio. Isso já era motivo suficiente para eu ser completa e feliz ao lado dos dois homens da minha vida. 

- Mamãe, como será nosso natal esse ano? - Caio me tirou dos meus pensamentos.Eu ri com sua ansiedade, ele queria que chegasse logo o natal para ganhar os presentes.

- Ah, filho, nosso natal será lindo e perfeito porque estaremos juntos. - ele sentou no meu colo. 

- Esse será o melhor natal da minha vida. - ele exclamou. Achei tão lindo um menininho dizer aquilo. - Porque você tá aqui com a gente, mamãe.  - Caio me abraçou.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Aquelas palavras eram sem sombra de dúvida o meu melhor presente de natal. 

- Eu também quero abraço de família. - chegou o meu Léo sorrindo e nos abraçando. - Vocês são a melhor parte de mim. - sussurrou em meu ouvido. - Eu amo vocês. - olhei pra ele e disse eu também com os lábios sem sair som.

- Sabia que o natal é pra gente agradecer? - falou Caio nos surpreendendo.

- É mesmo, Caio? - perguntou Léo.

- Sim, papai. No natal a gente agradece ao menino Jesus que nasceu pra nos fazer o bem. - falou como se fosse um absurdo o pai não saber daquela informação e nós rimos.

- Quem te ensinou isso? - eu perguntei.

- A vovó. Ela me disse que o menino Jesus veio ao mundo pra torná-lo melhor. E que nós também podemos tornar o mundo melhor. 

- E como a gente faz isso? - o indaguei.

- Quando a gente ajuda os que mais precisam. - levantou um dedinho. - Quando a gente não briga na escola. - levantou dois dedinhos. - Quando a gente ama e obedece o papai e a mamãe. - levantou três dedinhos. Eu sorria tão orgulhosa do meu bebê. - Quando a gente agradece por tudo de bom que o Papai do Céu dá pra gente. - levantou quatro dedinhos. - Tem mais coisa, mas eu esqueci. - rimos.

Estava exausta porque as compras foram muitos cansativas. A ceia seria em nosso lar e os pais do Léo, meu pai e a namorada iriam estar lá. Fiz questão de preparar o nosso jantar de natal. Caio estava exultante pois no outro dia abriria seus presentes ao acordar. Eu estava tão empolgada com aquilo também, era a concretização da família feliz que por tantos anos eu sonhei e agora eu estava vivendo meu sonho.

- Eu gostaria de falar algumas palavras antes da nossa tão esperada ceia. - Léo falou com um sorriso meio constrangido. 

Todos já estávamos sentados à mesa e olhamos pra ele.

- Eu nunca fui muito religioso, não é mãe? - olhou pra dona Lúcia e todos rimos. - Mas eu não poderia deixar de agradecer a Deus pelo ano maravilhoso que Ele me proporcionou. Eu reencontrei a mulher da minha vida. - olhou pra mim sorrindo e pousou sua mão sobre a minha. - Os motivos que me trouxeram até ela não foram louváveis, mas nossa história só veio nos confirmar que o amor vence tudo. 

Sua voz ficou um pouco embargada mas ele logo se recompôs.

- Mesmo depois de toda maldade que nos separou, nós estamos juntos e mais felizes do que nunca. - lágrimas silenciosas caíram sobre minha face. Léo as enxugou e me deu um selinho. - Eu preciso agradecer porque a Ísis aceitou meu filho como dela e o ama tanto como eu nunca imaginei ser possível. - sorri pra ele. - E juntos formamos uma família. Esse sempre foi meu sonho, meu amor, formar uma família com você. As ciscunstâncias que nos levaram a isso não foram as melhores, mas o que importa é que estamos aqui, onde sempre deveríamos ter estado.

Agora foi meu Léo que lacrimejou e eu enxuguei suas lágrimas. Dei-lhe um beijo casto.

- Eu te amo. - eu disse e todos suspiraram, ele sorriu e proseguiu.

- Natal é época de agradecer ao menino Jesus, não é Caio? - nosso pequeno assentiu sorrindo. -  Então eu agradeço a todos que estão aqui, nossa família é muito importante pra mim. Eu desejo que esse natal juntos seja o primeiro de muitos.  Então, feliz natal.

Uma sequência de feliz natal foi ouvida.

- Eu também quero falar. - Caio disse sorrindo.

- Pode falar, amorzinho. - eu o incentivei.

- Eu quero agradecer ao menino Jesus porque Ele me deu a mamãe mais linda e maravilhosa do mundo. - ele gritou.

Todos sorrimos e mais uma vez fui às lágrimas, abracei-o e disse que o amava. Depois a ceia se tornou mais descontraída, conversávamos animados e felizes. Depois todos foram embora. Fui colocar Caio para dormir e Léo foi arrumar as coisas, depois fui tomar um banho e esperei por meu amor na cama. Ele entrou no quarto, sorriu pra mim e foi pro banheiro tomar banho. Ao sair do banheiro veio se juntar a mim na cama. Ele me abraçou e eu me aconcheguei em seu peito.

- Eu amei cada palavra sua hoje. - ele beijou o topo da minha cabeça. - Eu me sinto da mesma forma. - sentia seu coração batendo. - Eu te amo demais. - olhei pra ele e sorrimos um pro outro.

- Me perdoa por eu ter vindo me vingar de você? - eu sorri.

- Eu agradeço a Deus que você tenha voltado, mesmo que tenha sido pra se vingar. - ele sorriu.

- Eu estava com tanta raiva, mas eu nunca consegui realmente te odiar pelo que eu pensava que você tinha feito. Porque você sempre foi meu único amor, Ísis.

- Eu também pensava que te odiava. Mas sempre foi amor. Eu te amo pra sempre, meu Léo. - ele sorriu.

- Prove. - ele falou com um olhar malicioso.

- Seu safado.

Eu o beijei e nosso beijo foi se aprofundado a toques, carícias e nós fizemos amor.

No outro dia logo cedo, Caio no acordou pulando em cima da nossa cama para descermos até a árvore de natal. Quando descemos, seus olhinhos brilharam mediante a quantidade de presentes que tinha embaixo da árvore.

- Você caprichou, hein? - senti repreensão na voz do meu amor. Fiz um biquinho e ele me deu um beijo. - Não estrague nosso filho. - sua voz já era humorada e eu sorri.

- Lembra-se o que combinamos, Caio? - ele assentiu e voltou-se novamente para seus presentes.

- O que vocês combinaram? - Léo me perguntou curioso.

- A cada presente que ele ganhar, dará um dos que já tem a quem não tem. - Léo sorriu orgulhoso. - Está vendo, senhor Leonardo, não estou estragando nosso filho. - ele me deu um selinho mais demorado.

- Você é a melhor mãe do mundo. - gargalhou.

Como eu adorava aquele som. Era uma risada despreocupada e feliz. 

- Não deixe dona Lúcia ouvir isso. - falei rindo.

- Deus me livre. - Léo disse rindo.

Fomos ajudar nosso pequeno a abrir os inúmeros presentes. Nos divertíamos a cada olhar que brilhava. A cada risada do nosso filho, eu agradecia mentalmente a Deus por essa bela família que Ele tinha me presenteado.



Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora