TRÊS

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- Minha mãe fez doce de abóbora. Ela sabe que você adora. Mandou te convidar pra jantar lá em casa hoje. - Léo falou abraçando Ísis por trás.

- O que estamos esperando. Vamos logo. -Ísis tentou se desvencilhar dos braços fortes de Léo.

- Eu não gosto de doce de abóbora. - ele falava de maneira sedutora.

- Ela sabe que você não gosta, senhor Leonardo. Ela fez pensando na nora dela. - Ísis intensificou a palavra nora o que fez Léo gargalhar.

- Nora, é? - ela assentiu sorrindo. - Mas a minha sobremesa eu vou querer antes do jantar.

- Qual sobremesa? - Ísis falou cheia de inocência e Léo adorava aquele jeitinho da namorada.

- Quero a minha sobremesa favorita: você.

- Ah, Léo. - Ísis ficou vermelha de vergonha.

- E vermelhinha assim é ainda mais deliciosa.

Os dois fizeram amor antes de ir ao tal jantar na casa dos pais de Léo. Eles estavam apaixonados. Eles se pertenciam. Eles acreditavam que não existia futuro que não fosse juntos. Eles se amavam e aquela era a verdade absoluta deles.


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Naquela manhã que eu retornei ao trabalho, Elaine me comunicou que houveram mudanças.

- O quê? - minha voz saíu extremamente alta.

- Ei, você pensa que está numa feira? - Bárbara falou mas a ignorei completamente.

- Acalme-se, Ísis.

- Como eu posso me acalmar, Elaine. Esse idiota fez isso de propósito. - eu andava de um lado pro outro.

- Ísis, florzinha, ele é o chefe e nós temos que acatar ar ordens dele. -Nikko tentou me acalmar. Eu parei, respirei fundo e me sentei na cadeira. - Isso, meu furacão moreno, acalme-se. 

Isso não iria dar certo. Levantei-me da cadeira e bati as duas mãos na mesa.

- Eu não aceito isso.

- Ísis... - ainda ouvi Fred me chamar, mas eu já estava na frente da sala do idiota do meu ex-namorado.

Claro que não bati, com a raiva que eu estava eu queria era bater nele. Leonardo apenas levantou os olhos com a minha entrada estabanada.

- Não já esclarecemos tudo, Ísis? - voltou a fazer o que estava fazendo, lendo algum documento.

- Por que você mudou o quadro das reportagens? Eu escrevo sobre atualidades e política. É isso que eu faço de melhor.

- É isso que você acha que faz de melhor. - sua voz era fria. - Olha, Ísis, eu não vou conversar com você sobre isso. Essa reunião foi ontem e eu não tenho culpa se você resolveu faltar ao trabalho por causa de um rompante adolescente. - Eu queria esganá-lo, por Deus, como eu queria. - Você vai ficar com as repostagens de moda e ponto final. Feche a porta ao sair. - abaixou novamente os olhos.

- Você é inacreditável. - ele olhou pra mim e sorriu.

- Vou tomar isso como um elogio. - eu ri de raiva.

- Não tome porque não foi. - eu ia sainda quando ele me chamou.

- Outra coisa, Ísis. - me virei pra ele. - Você também tentará conseguir mais empresas para exporem o produto na nossa revista. - arregalei os olhos.

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora