CATORZE

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Ísis estava descendo as escadas da escola conversando com Lucas, um colega. A conversa estava bem animada e Ísis não parava de gargalhar ao lembrarem juntos da cena engraçada que dois outros colegas protagonizaram.

- Não acreditei que o Gabriel teve coragem de se declarar daquela forma? - disse Ísis em meio ao riso.

- Eu disse pra aquele maluco não fazer aquilo. -riu Lucas. - Mas não teve jeito.

- Como é que um menino se declara pra menina que tá afim dançando todo desengonçado e cantando com aquela voz de taquara rachada?

Os dois lembravam e não paravam de rir. 

- Ísis, hoje a noite resolvemos fazer uma festa lá em casa, sabe como é, pro Gabriel esquecer o fora que levou da Bianca.

- Sei. - falando sorrindo.

- Você tá afim de ir?

Lucas ficou esperando a sua resposta e olhou pro lado meio constrangido. Então ele viu o Leonardo, namorado da garota que ele gostava desde criança. Aquilo o enfureceu. Por que Ísis tinha preferido aquelepé rapado a ele? Então ele fez a coisa mais idiota que poderia ter feito.

Se virou pra Ísis.

- Eu preciso de dizer uma coisa. - falou sério, o que fez Ísis rir.

- Nossa, você mudou drasticamente agora. Pra que essa  seriedade toda? Pode falar, Lucas.

- Eu quero te falar isso...

Então colou os lábios nos dela e a beijou. Ísis tentava de todas as formas se livrar dele, mas Lucas era mais forte. Então ela sentiu quando ele foi arrancado de perto dela e acertado com um murro certeiro no rosto o fazendo ir ao chão.

Ela viu quem tinha feito aquilo. Léo. A raiva saía por todos os poros do seu corpo. Léo não se deu por satisfeito, o levantou pela gola da camisa e deferiu mais uns murros quando Ísis falou.

- Pare, por favor. - ela estava com a voz trêmula.

Muitas pessoas já haviam se juntado para ver o espetáculo de péssimo gosto. Léo olhou pra ela e viu seus olhos transbordarem de lágrimas. Ele saiu atordoado, mas ela não foi atrás. Ele pareceu um animal selvagem e não queria estar perto dele naquele momento.

Se ajoelhou perto de Lucas para ajudá-lo, seu rosto estava banhado  de sangue.

- Por que você fez aquilo?

- Porque eu te amo, Ísis. Ele não te merece. Fica comigo, por favor?

- Você tinha visto que ele estava aqui? - ele calou e aquilo bastava.

Ísis se levantou e foi ao encontro de Léo, ele estava numa praça que ficava proxima a escola de ísis. Ela o avistou sentado num banco. Sentou do lado dele.

- Eu odeio quando você se comporta daquele jeito. - ele permaneceu calado. - Você tinha razão quando me avisou que ele não queria ser só meu amigo. - ele direcionou seu olhar pra ela. - Mas não justifica a sua violência.

Ele permaneceu calado, então Ísis se jogou para o colo dele beijando todo o seu rosto.

- Eu quase morri de saudade. - as mãos dele circundavam a cintura dela mas ele permanecia em silêncio. - Você demorou um século pra vir me ver. - beijou mais. - Quantas vezes eu preciso dizer que eu só amo você?

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora