DEZ

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- Boa sorte , meu filho. Eu amo você demais e o que eu mais desejo no mundo é que você e seu irmão sejam felizes. - a mãe de Leonardo se despedia dele no aeroporto com lágrimas nos olhos. - Não se esqueça de se alimentar direito. Não tenha amizades que te levem pro mau caminho. - Leonardo riu.

- Deixe o menino ir, Lúcia. - falou o pai. - Dê cá um abraço, meu filho. - os dois se abraçaram.- Eu sempre confiei em você, Léo. Sei que você terá juízo nessa tal de Sidinei. - Léo sorriu.

- É Sydney, mãe. - a corrigiu sorrindo, como sempre brincalhão. - Boa sorte, meu irmão. Eu te amo, cara.

- Também te amo, seu viado. - os dois riram.

Então Léo embarcou ao seu destino sozinho. Ele e Ísis fizeram tantos planos e ela o abandonara. Mas ele prometeu a si mesmo que cresceria na vida e se vingaria dela. Se ela o tinha abandonado porque ele não tinha dinheiro, era isso que ele iria conseguir e era com poder e dinheiro que ele destruiria aquela que um dia ele amou.

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Eu olhei nos olhos de dona Lúcia e vi a sinceridade no olhar dela. Ela realmente não sabia o que o filho fizera.

- Um passado mal resolvido sempre volta, minha querida. Sendo amor ou resentimento, ele volta para que as coisas se resolvam. E se não for resolvido, não haverá um futuro.

Saímos daquele café e eu a levei até a casa de Leonardo. Ficava em Copacabana mesmo, bem perto da revista. Nos despedimos e fui embora. Cheguei em casa e fiquei com aquelas palavras na cabeça. Era a mais pura verdade, o passado tinha voltado pra acertar as suas contas. Eu devia ter ficado e encarado o Leonardo no momento da traição, não ter fugido. Mas eu era muito imatura e acabei fugindo do problema e a consequencia disso tinha sido a perda do meu bebê. Chorei mais uma vez.

No outro dia cheguei à revista e assim que saio do elevador, Nikko e Fred estão encostados na minha mesa com os braços cruzados. Achei a cena engraçada e sorri.

- Você tem muito o que nos explicar, mocinha. - falou Nikko.

- Como vocês sabiam que era eu que estava chegando? - fiquei intrigada.

- Eles não sabiam. - explicou Elaine. - Fizeram isso comigo também quando saí do elevador, mas quando viram que era eu, fizeram cara de decepcionados. - nós duas rimos. - E depois fez a mesma coisa quando o chefe chegou, mas a cara deles foi de vergonha.

- Sim, sim, sim. Já riram de nós. Agora, Ísis de Sousa, explique-se. - disse Fred com eu jeitinho apressado. - Que cena foi aquela ontem? Claramente você e a mãe do boss se conhecem. - suspirei, arrodeei minha mesa e sentei, eles dois puxaram a cadeira e ficaram na minha frente.

- Sim, dona Lúcia e eu já nos conhecíamos.

- Ai, bicha... - Nikko passou as mãos nos olhos, depois olhou para Fred. - eu tô prevendo que será uma história daquelas. - começou a se abanar e eu ri.

- Ai, Nikko, só você.

- Deixa de drama, Nikko. - falou Elaine sem paciência.

- Você fala isso porque tá na cara que você sabe tudo marrom bombom, mas eu e o Fred estamos à deriva sem saber de patavinas.

- Nós namoramos. - eu falei enfim.

- Você e a mãe do boss? - Nikko deu um tapa na cabeça de Fred.

- Claro que não, sua bicha burra. Ela e o boss. - olhou pra mim. - Ele tem raiva de você porque você acabou o namoro com ele? Por isso fez você perder aquela aposta de propósito, só pra se vingar de você? 

Eu odeio meu ex-namorado (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora