Capítulo 11

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Desculpem a demora... Mas aqui está o capítulo. Se estiverem a gostar da história votem pff... Isso ajuda mesmo muito..

Bjs...

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Lembro-me de que tenho de levar dinheiro, por isso pego na quantidade que acho necessária e guardo-a numa mala que estava dentro do guarda roupa.

A competência da Jorgina espanta-me!! Ela comprou exatamente o tipo de roupa que eu gosto mesmo sem me conhecer...

Vou até a cozinha e fico lá com a Jorgina até a campainha tocar e eu ir abri.

-Olá. - diz o Lourenço dentro das suas calças de ganga e no seu casaco castanho. O seu corte de cabelo está tipo capre e tem um leve toque de gel, o que me faz lembrar um príncipe encantado.

-Olá atrasado. - sorrio e vejo as horas no meu telemóvel. - São 19h55.

-E tu estavas pronta às 19h40 em ponto? - a verdade é que...

-Não.

-Ah. - ele sorri como que a dizer que tem razão. - Vamos?

-Vamos. - o Renaldo dá-me uma chave depois eu saio. O Lourenço guia-me até ao carro onde está o Ricardo a mexer na seu telemóvel. Sento-me no banco de trás, já que o Ricardo ocupa o banco da frente, e ponho o cinto.

-Parabéns. - diz o Ricardo.

-Sabes que o meu aniversário foi à dois dias?

-Sim, mas eu não estava contigo. - o Lourenço liga o carro e segue pela estrada.

-As nossas prendas estão aí nesse saco. - ele mantém a luz ligada só para eu ver.

Pego no saco que está ao meu lado e abro. Tiro um casaco de cabedal preto e fico espantada, porque é lindo. O Lourenço diz-me que é dele por isso tiro a outra prenda que é um estojo de maquilhagem.

-Obrigada. Aos dois. - agradeço.

-De nada. - dizem os dois em unissom.

Estamos no carro à uns oito minutos, que mais parecem uma eternidade. Estou ansiosa. Esta é a minha primeira saída de amigos. Não é que sejamos amigos. Quer dizer nós somos amigos. Opá não sei. Mas estou ansiosa e com fome. Começo a ver luzes e sei que já chegámos.

O Lourenço estaciona o carro e saímos os três. Depois de ele trancar o carro, entramos no shopping, direitinhos à zona de restauração.

-Que tal pizza? - o Ricardo pergunta e nós concordamos.

Depois de muita discussão sobre qual o melhor sabor, decidimos bacon. Abro o casaco pois estou com calor.
A nossa pizza chega e começamos a comer, sem parar de conversar. Falamos sobre o facto de eu ter vencido o Ricardo numa luta apenas com uma mão e ele usa como argumento o facto de eu ser bruta.

Quando acabamosde comer compramos bilhetes de cinema. Como faltam 15 min para o filme começar, convenço os rapazes a ir ver lojas comigo. Entro numa sapataria e eles ficam do lado de fora. Vejo umas botas pretas com salto fechado que praticamente brilham ao meu olhar. Mas não tenho dinheiro suficiente comigo. Saio da loja e os dois lindos rapazes empurram-me de volta para o cinema.

-O que foi? - pergunto.

-O filme já te esqueceste? - responde o Ricardo.

-Foi só uma loja. - digo em minha defesa.

-Miúdas. - dizem os dois em unissom.

Acabámos de comer, mas mesmo assim compramos pipocas. A seguir dirigimo-nos para a sala de cinema e o filme começa.

As luzes da sala ligam-se e um enorme "Intervalo" aparece no ecrã.

-Vou à casa de banho. - o Lourenço sai deixando-me sozinha com o Ricardo.

Ele começa a mexer no telemóvel e eu reparo que as suas que as suas pipocas acabaram enquanto as minhas vão na metade. Percebi que ele adora pipocas por isso decido provocar. Pego numa mão cheia delas, enfio todas na boca de uma só vez e mastigo ruidosamente.

Sei que ele não está a gostar porque afastou-se um bocado, então repito o gesto sem olhar para ele. Ele guarda o telemóvel e olha para mim.

-Podes parar com o barulho? - ele pede. Olho para ele com cara de inocente.

-Porquê? Incomoda-te? - digo depois de engolir.

-Sim. - ponho mais três pipocas na boca e volto a mastigar ruidosamente.

-Oh... Desculpa, também queres? - olho para ele que continua a olhar para mim.

-Não. - estúpido era suposto dizeres sim. Ele encosta-se à cadeira e olha para o ecrã. Pego numa pipoca e atiro-lhe à cara. Ele olha para mim já sem paciência.

-Tu adoras provocar, não é? - começo a rir.

-Tu reages! - respondo e ele cala-se por dois segundos.

-Estás suja. - paro de rir quando ele diz isso.

-Onde? - ele atira-me o raio da pipoca à cara.

-Aí! - ele ri-se com a minha expressão de surpresa e eu não resisto e começo rir também.

-O Lourenço não está a demorar? - pergunto quando paro de rir.

-Não me digas que lhe deu uma dor de barriga. - rimo-nos os dois com o pensamento.

-De que é que se estam a rir? - paramos de rir subitamente quando o Lourenço aparece.

-Esquece. - reponde o Ricardo.

Saimos do shopping e reparo num homem a olhar para nós. Ele observa-nos enquanto entramos no carro. O Lourenço arranca com o carro e parco o tal homem de vista.

-De que é que se estavam a rir? - o Lourenço pergunta curioso e eu permaneço calada.

-Deixa! - o Ricardo acaba por responder - Porque é que demoraste tanto tempo na casa de banho?

-Quando saí da casa de banho, fiquei a conversar com a Lúcia. Aquela que nos atendeu. E sinceramente, esqueci-me de vocês. - ele explica.

-Aaaaahhhh. - é tudo o que eu e o Ricardo conseguimos dizer.

-O que é que vocês pensaram? Pensaram que eu... - eu e o Ricardo ficamos calados. - Eu não faço isso no cinema. - acabamos os dois a rir e esquecemos o assunto.

Visto o pijama e não demoro muito a adormecer.

Acordo com a Jorgina a abanar-me.

-Acorda tens de ir à organização.

-O quê? - levanto-me e esfrego os olhos.

-Ele quer que fales com ele. - olho para ela espantada e depois saio da cama.

A Jorgina sai do quarto para eu me vestir. Visto uma camisola de malha branca e umas calças pretas.

Desço quando estou pronta e tomo o pequeno almoço.

-Estás pronta? - Renaldo pergunta ao sair do escritório.

-Sim.

-Então vamos. - quero fazer um monte de perguntas. Mas é melhor ficar quieta.

Amor E PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora