Capitulo 37

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-Encontrei-te! Estava á tua procura Edward! - oiço um homem entrar na sala e desviar a atenção do Edward!

-Pra quê?

-Como "pra quê"? Pra te felicitar! Soube que correu tudo bem na reunião! Fechaste negócio hãn!

-Ah sim claro! Obrigado! Felizmente o Billy, já não está aqui para desviar o dinheiro! - Billy?! Foi esse o nome que escolheram para o tal agente da organização? Billy?

-Vamos tomar um café?

-Eu peço à Anna, para nos trazer!

-Quando passei pela mesa dela ela não estava lá!

-Onde será que ela se meteu? - não oiço mais nada até a porta fechar, então permito-me respirar novamente! Saio do meu esconderijo e espero um minuto até sair da sala. Felizmente Marie não estava atrás do balcão e não me viu sair da sala. Repito a senha outra vez na minha cabeça! O que estou eu a fazer da minha vida!

(...)

Deito-me na cama depois do banho e sinto o colar de baixo do tecido do pijama. Aperto-o com força e decido ligar-lhe. Ele atende ao quinto toque!

-Olá! - diz ele.

-Olá. O que estavas a fazer?

-Nada. Isto é, estava a fazer o jantar! - oiço uma voz de mulher ao fundo, mas não consigo perceber o que diz.

-Está aí alguém? - pergunto depois de respirar fundo duas vezes.

-Não.. sim. É só o Dylan.

-Mas era uma voz de mulher.

-E a Sarah.

-A sério?! Posso falar com ela? - pergunto de olhos semicerrados. Não estou a acreditar muito, por mais que tente.

-Ela está um bocadinho ocupada.

-Loureço, o que me estás a esconder?

-Nada. Como tem andado as coisas por aí? - ele desvia o assunto.

-Tenho de desligar. Depois falamos. - desligo antes que ele possa responder. Algo não está bem! E eu vou descobrir custe o que custar!

(...)

Entro no elevador depois da hora de almoço como se nada fosse. Ele está estranhamente vazio, mas isso agrada-me.

-Teste, teste! Um, dois, três. - oiço através do auricular e reviro os olhos. - Sempre quis fazer isto!

-Idiota. - a porta abre-se no preciso momento em que eu estava a falar e um rapaz ergue-me um sobrancelha. - Não era pra si. - tento justificar-me, mas ele entra e sai no outro andar sem dizer nem ai nem ui.

-Bem feito! - Bruno ri-se do outro lado.

-Não me irrites Bruno. - ele ri-se mais alto.

Saio no meu andar e sorrio a Marie. Incrivelmente, a tarde passa num instante e logo está na hora de eu me ir embora. Mas hoje é um dia diferente e digo a Marie que vou fazer umas horas extra. Quando Edward sai, pede para eu organizar algumas coisas na sua sala, o que vem bem a calhar, porque uma vez que lá entro, lá fico até esvaziarem o prédio.

-Bruno, estás aí? - sussurro para o auricular, mas ninguém responde! -Bruno? Bruno? Estás aí?

-Porque estás na casa de banho? - ele fala bem perto do meu ouvido fazendo o meu coração parar.

-Assustaste-me! - levanto-me ainda a tentar recuperar. Então olho para ele e dou um passo atrás. Está todo vestido de preto. Tem uma máscara que lhe tapa a cara deixando apenas os olhos de fora.

-O que foi? Estás com medo? - ele fala andando vagarosamente em minha direção. A sua pergunta chama-me à razão, então levo as minhas mãos ao seu peito e o empurro.

-Não sejas parvo! Fiquei apenas surpreendida! Como é que entraste? - ele ergue uma sobrancelha e puxa a máscara para cima, libertando o seu rosto, mas não responde à pergunta!

-Se consegues entrar num prédio altamente vigiado por seguranças, como é que não consegues aceder ao computador e descobrir a palavra passe sozinho? - pergunto cruzando os braços.

-Oh eu consigo! Mas o chefe queria testar-te! - ele encolhe os ombros.

-O Renaldo?! - ele vira-se de costas para mim e direciona-se para o computador.

-Sim. - ele hesita em responder - Então qual é a passe? - ergo uma sobrancelha e sento-me na cadeira.

-Descobre.

-Estás a gozar?

-Não.

Ele revira os olhos e começa a teclar no computador.

-Vai vigiar a porta. - ele fala sem tirar os olhos do ecrã. Reviro os olhos, mas faço o que ele pede.

O meu telemóvel aponta 4h da manhã, quando estamos a sair do prédio. Não sei como, mas entrámos na ventilação e saímos no contentor do lixo.

-Foda-se! Cheira a bosta! - resmungo. Quando olho para cima vejo uns cinco homens de preto no meio do escuro de arma apontada para nós. Levanto as mãos em sinal de rendimento e o Bruno ri baixinho!

-Eles estão connosco!

Amor E PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora