Amor E Pesadelo

Capítulo 38

No dia seguinte, como é a minha suposta deixo-me ficar quieta na cama até o final do dia, quando um ser inconveniente  decide bater à porta  e interromper o meu dia da preguiça. 

-Que é? - abro confiante de que é o Bruno, mas em vez disso vejo o Edward de olhos vermelhos fixos em mim. Parece quase um drogado. - Edward? o que fazes aqui? Como é que...  - antes de eu conseguir acabar a frase, ele entra no quarto e fechou a porta atrás de si. 

-Não conseguiste completar o teu plano. Eu descobri a tempo e consegui reverter a situação. Foi para isto que resolveste fazer horas extra? É preciso ser muito burra. Achaste que eu não ia descobrir? Agora vais ser presa. - ele cheira fortemente a álcool e aproxima-se a cada palavra. De um momento para o outro ele está a prensar-me contra a parede.

-Calma Edward. Eu não sei do que é que estás a falar! Estás a ficar paranóico. Explica-me o que aconteceu. Devagarinho, sim? - falo calmamente. Talvez ele esteja bêbado. De repente sinto as suas mãos envolverem-me o pescoço sufocando-me cada vez mais forte. 

-Não me faças de parvo. Olha para ti, és uma adolescente de 16 anos, vestida num pijama de criança. Eu vou descobrir mais sobre ti e tu vais ao fundo. - preciso de ajuda. Não consigo usar o joelho, pois ele está muito próximo. Não posso gritar, pois pode atrair os empregados do hotel, e isso levaria à policia. Lembro-me que o quarto do Bruno é do outro lado da parede por isso desisto de tentar soltar as mãos do Edward do meu pescoço, aperto os punhos e uso as minhas ultimas energias para bater na parede e chamar a atenção do Bruno. 

POV-Bruno

Oiço um trambolhão vindo de não sei onde e começo logo a rir-me. 

-Isso é que é um festa aí do outro lado! - digo pra mim mesmo. - Aposto que a gaja sai grávida. - riu-me e volto a deitar-me, fechando os olhos e ignorando o som, que se repete vezes sem conta. Chega a ser inconveniente. Até parece um ataque. Espera! 

Dou um salto para fora da cama, agarro na mochila  e corro para fora do quarto ao lembrar-me que o quarto ao lado é o da Juliana. Quando entro no quarto Edward está com as suas mãos no pescoço dela. Assim que eles me vem ela usa a distração dele para sair do seu aperto e dar-lhe uma joelhada nas partes baixas. Logo eu borrifo um pano com aquele frasco especial e apresso-me a usa-lo para adormecer o Edward. 

Juliana cai de joelhos e massageia o seu pescoço. 

-Estás bem? - pergunto.

-Porquê a demora? - sim, ela está bem. 

-Cheguei, não cheguei? Agora temos de resolver este problema. - aponto para o corpo desacordado no chão. 

-Sim. Depois falamos sobre o facto de teres um cartão do meu quarto? - o olhar dela é morta.