Acordo com Harry a agarrar-me fortemente contra ele e o seu polegar acariciava a minha barriga, dando-me a entender que ele já não se encontrava a dormir. Viro-me lentamente e ficamos cara a cara. Os seus olhos estavam cerrados e estes se encontram com os meus. Eu sorrio e passado uma mão pelo seu rosto. Ele sorri também e puxa-me mais para si.
"Estás preparado?" pergunto e ele suspira.
"Sim, eu acho que estou. Preparado para ir para o lugar onde não gostam de mim." ele diz e eu bato-lhe no braço.
"Tu vens comigo e ponto final!" levanto-me e ele senta-se.
"Eu não disse que não ia!" ele fala e eu o encaro.
"Mas já estavas a começar outra vez com a conversa de ninguém gostar de ti por seres um demónio!" digo e ele levanta-se.
"Daisy, eu não conseguia ficar aqui sabendo que ias ter o nosso filho na outra parte do mundo! Mesmo que não quisesses que eu fosse, eu ia!" ele aproxima-se e dá-me um leve beijo na testa. "Eu, por ti, faço tudo e, agora, é por ti e por esta criança." eu sorrio, envolvendo os meus braços na sua cintura, e Harry retribui o pequeno abraço.
"Anda, vamos nos vestir e agarrar as malas para irmos." eu falo e Harry rouba-me um pequeno beijo, fazendo-me sorrir.
(...)
Acabamos de passar pelo portal que nos levaria até ao Brasil, Zita encontra-se a minha frente e Harry ao meu lado de mão dada comigo. Olhei para o local, encontrando um lindo jardim cheio de vida, quando me virei, encontrei uma grande casa, mesmo muito grande.
"Muito bem, chegamos!" Zita canta e eu e o Harry sorrimos. "É aqui que eu te vou acompanhar!" ela diz começando a andar e eu e Harry começamos a segui-la. "Bem, isto é um sitio privado, apenas estão aqui bruxas mais ou menos da minha idade ou um pouco mais novas, digamos que são bruxas reformadas." Ela abre a porta e dá permissão para entrarmos. "Nós nunca deixamos um humano ou um demónio..." ela olha para Harry. "Entrar aqui mas como és o pai da criança e temos a certeza de que não vais nos atacar, abrimos uma excessão apenas para ti!" ela aponta para o meu namorado.
"Obrigada." Harry diz ironicamente e revira os olhos, fazendo-me sorrir.
"Bem, tu vens ter comigo todos os dias mas, quando estiver quase a ter a criança, eu vou ter contigo ao teu quarto, sim?" ela pergunta e eu assinto. "Bem, vocês podem andar por onde quiserem e por onde vos apetecer, temos um grande jardim nas traseiras que podem dar um volta e apanhar ar fresco."
Zita falava imenso mas eu não prestava muita atenção nisso porque olhava para todo o lado e para as pessoas. Todas elas era velhas e olhavam para nós e para as nossas mãos dadas. Será que todas conheciam a minha avó? Será que todas a ajudaram? O que será que pensam dela? O que será que pensam de mim? Eu estou a dar em louca!
"Sabes, Daisy, eu conheci a tua avó aqui, ela viveu aqui perto com a tua bisavó Denise e o teu bisavô Gabriel." Zita chama-me à atenção. "Eles vinham aqui muitas vez para verem a tua tetravó que tinha ficado incapacitada."
"A minha avó nunca me falou deles." digo e ela pára imediatamente, virando-se para mim.
"Não falou?" ela pergunta visivelmente surpresa e eu abano a cabeça. "Bem, eu não a posso julgar por isso..." fala batendo com a mão na testa. "Bem, os teus bisavós foram assassinados quando Alma tinha 16 anos e ela veio para aqui, ter com a avó, foi quando nos conhecemos."
"Então quer dizer que você é imortal?" pergunto sem pensar e Zita ri.
"Não! Eu fui deixada aqui com uma carta que dizia o porquê. Fui acolhida pelas bruxas e estive aqui sempre, nunca as deixei." ela responde e eu sorrio. "Bem, continuando com a Alma, eu conheci a Alma fria e apagada que só pensava em vingança. Ela fez de tudo para encontrar o assassino ou assassinos mas nunca teve sorte e esse enigma foi desaparecendo com tempo, assim como a dor que ela sentiu mas que ainda lá estava instalada no seu coração que surgia sempre que o nome dos seus pais era pronunciado. Tenho a certeza que ela está agora com os pais a perguntar quem lhes fez coisa tão horrivel."
"Então a Alma nem sempre foi o anjo que Lúcifer disse que era." Harry afirma e eu apenas assinto, ainda um pouco chocada com o que acabei de ouvir.
"Sim... Bem, continuando, passado uns 4 anos, como todas as pessoas, a sua avó morreu e o seu coração quebrou mais um pouco." ela olhou para o chão. "E Alma partiu para Inglaterra, ela não fazia mais nada aqui, não tinha mais ninguém para cuidar e não tinha família, então, partiu para a país em que nasceu." ela olha para mim e sorri. "Mesmo assim, não deixamos de ter contacto, nunca deixamos, ela contou-me que tinha arranjado trabalho e que até se dava bem com ele. E depois apareceu a pessoa que nunca pensei que pudesse reconstruir um coração tão partido."
"O meu avô... Lúcifer..." sorrio.
"Sim, tiveram tudo o que podiam dar um ao outro, até ao momento em que ela engravidou e fugiu com medo. Ela viajou para aqui, junto com uma rapariga desconhecida que não se quis apresentar, e tive aqui a tua mãe. Ela foi novamente para Inglaterra mas, desta vez, para Homeschepal. Onde Alice não se teve de preocupar até tu nasceres..."
"Espera! Quem era a rapariga?" pergunto de olhos arregalados. "A minha avó nunca me disse que estava uma rapariga com ela, disse que sempre esteve sozinha."
"Daisy?" Harry chama e eu o encarado. "Era a Mary..."
"Como é que isto é possivel?! Até depois de estar totalmente morta, ela assombra tudo!" digo. "E como tu sabes isso?"
"Ela contou-me quando te fomos salvar, ela puxou-me para uma sala e..."
"O quê? Porque ninguém me conta nada?" pergunto e os dois olham para mim como se eu fosse um alien. "Podemos ir logo para o quarto?" suspiro e começamos a andar novamente.
Desta vez, fomos todos calados e, por incrivel que pareça, o silencio não era desconfortável, pelo menos para mim. Ainda andamos um bom bocado e quando chegamos, eu estava estafada. Zita abre a porta e eu reparo logo que quem esteve aqui antes foi a minha avó, não sei como mas eu apenas sabia.
"Este foi o quarto onde..."
"Ficou a minha avó." acabo a sua frase que para mim era desnecessária.
Entro no quarto e noto logo que ele é bastante grande. Tinha uma cama de casal, perfeita para mim e para o Harry, paredes bejes, cortinas brancas... tudo assim em tons claros, e depois tinha uma casa de banho, o que era estranho se não tivesse.
"Bem, eu vou deixar-vos sozinhos, eu já aqui volto para vos mostrar o resto da casa." Zita sorri e desaparece, fechando a porta. Eu vou em direção à cama e sento-me. Harry poisa as malas e senta-se ao meu lado.
"Estás bem?" ele pergunta.
"Sim apenas estou cansada, esta coisa é enorme." digo e ele sorri.
"Daisy..." ele fica serio. "Estás com medo?"
"O quê?! Não... achas?!"
"Eu consigo sentir." ele diz com um sorriso presunçoso e eu reviro os olhos. "Porque estás com medo?" eu suspiro.
"Eu apenas tenho medo desta criança..." respondo e ele me olha confuso. "Harry, eu tenho medo de ser mãe." desabafo. "E se eu ainda não estiver preparada para ter uma criança nos braços? E se ela não gostar de mim? E se eu for uma mãe horrível que não sabe fazer nada?" Harry aproxima-se mais e abraça-me, dando-me um beijo na testa. "E se eu morrer?"
"Vai tudo correr bem, eu vou-me garantir disso." ele fala e eu o encaro, olhos nos olhos. "Eu nunca te iria deixar morrer, nunca!" ele olha-me bem no fundo dos olhos. "Esta criança vai ter tudo o que merece, começando com um pai e uma mãe."
"Obrigada por teres entrado na minha vida..." retribuo o abraço e ele sorri.
"Acho que isso devia ser dito por mim." ele ri um pouco ao qual eu acompanho.
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Olá meninas!!!
Yey!!! Mais um capitulo!!! Espero que tenham gostado!!
Eu tenho uma coisa para dizer... este é o penúltimo capitulo da fic... pois é, o fim está próximo mas não fiquem tristes porque eu acho que vou fazer uma segunda temporada, eu vou avisando de tudo, claro.
Votem e comentem!!
Kisses XXX
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Next To You || h.s. #Wattys2016
FanfictionE se tivesses de confiar a tua vida a um demónio? Confiarias? Na vida de Daisy tudo era horrível e horroroso, tinha vida difícil e apenas a sua melhor amiga a compreendia. Até que aparece o seu pior pesadelo... ou melhor, ela pensava que era...