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Harry POV

Acordo e apenas observo o rosto da minha Daisy. O seu rosto estava sereno e não parecia nada preocupada com a dor de cabeça que iria surgir no momento em que acordasse. Virei para ela, já que estava de barriga para cima, e a observei melhor. Os seus traços faciais eram os bonitos que vi e seus lábios os mais apetitosos que já provei. Sim... Eu amo-a demais...

Apoio-me no cotovelo e elevo uma mão ao seu rosto. Desde o dia em que a vi, adorei a sua cor de pele, branca e pura como a neve. Adorei os seus olhos azuis que deram arrepios quando os olhei pela primeira vez. Nunca pensei em estar assim com ela. Quando fiz aquele contrato, não pensei nas consequências mas, agora que sei quais são, não me arrependo.

Não parei de pensar naquilo que a Alma me disse, não só sobre a Mary mas também pelo facto de os nossos caminhos estarem mesmo cruzados, eu adorei saber que se não a conhecesse agora, eu iria conhecê-la mais tarde e iria ser como agora... ou não... porque, a mulher disse que Daisy ia para o pé do avô e, talvez, mas só talvez, ela fosse mais negra do que é agora e a minha Daisy tem pouco de lado negro.

Ela remexe-se e abre lentamente os olhos que se encontram rapidamente com os meus. De repente, ela faz uma careta e riu, a dor já se manifestou.

"Não te rias!" ela choraminga e eu passo o braço pela sua cintura, colocando-me em cima dela.

"Bom dia também para ti, pequena..." dei-lhe um beijo na testa e ela sorrio um pouco.

"Bom dia." ela sussurra e eleva as mãos à cabeça. "Esta porcaria dói..." ela geme e eu apenas riu mas paro quando ela me olha com um olhar de morte. "Estás a gozar comigo?"

"Não, amor, apenas acho piada ao facto de ontem não te teres lembrado de beber pouco." digo com um pequeno sorriso e estava à espera de um sorriso da sua parte mas nunca apareceu. "Estás bem?"

"Desculpa, Harry..." ela diz e coloca as mãos no meu peito.

"Desculpa pelo quê?" pergunto confuso e ela suspira.

"Por ontem à noite." ela responde e eu paro de sorrir com as memórias de ontem.

"Então tu lembraste do que aconteceu?" perguntei e ela assentiu. "Olha, Day, não tens de pedir desculpa, aquele idiota é que se aproveitou da tua situação mas, felizmente, não aconteceu nada porque eu ouvi-te a chamares-me."

"Eu estava com medo, sabias?" ela cruza os nossos olhares e acaricia a minha bochecha.

"Sabia, eu senti quando comecei a aproximar-me de ti." respondo sentindo o seu toque quente. Ela continuava a acariciar o meu rosto e os seus olhos encaravam os meus como se nunca nos tivéssemos visto.

"Já te disse que te amo?" ela pergunta e sorrio.

"Já mas podes dizer as vezes que quiseres que eu gosto." digo e colo os nossos lábios.

"Amo-te... Amo-te... Amo-te..." ela repetia entre pequenos beijos que foram descendo dos meus lábios até o meu pescoço.

"Eu também te amo e muito, Day..." afirmo e faço-a sentar no meu colo.

"Harry! A minha cabeça!" ela quase grita e eu riu.

"Ok! Vamos ver se tomas alguma coisa..." digo e levanto-me com ela ao colo.

Com as suas pernas entrelaçadas na minha cintura, transporto-nos para a cozinha, para ser mais rápido, e sento-a na banca. Dou-lhe um pão para ela comer e começo à procura de um comprimido para as dores de cabeça. Quando encontro, dou-lho e me viro para lhe dar água mas quando lhe dou o copo com esta lá dentro, olho para a sua mão e vejo que esta não continha o comprimido. Olho-a e ela apenas continua a comer o pão.

Next To You || h.s. #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora