Harry POV
Foda-se!
Ela desmaiou nos meus braços, tenho de curar o seu braço, agarro-a à estilo noiva e levo-a para o seu quarto. Deito-a na cama, agarro num lenço que ela tinha perto da cama e coloco-o em volta do seu braço ferido. Desço até à casa de banho e tiro de um armário os primeiros socorros. Volto a subir para o seu quarto e sento-me ao seu lado, tenho de admitir, estou com um pouco de pena dela, primeiro o sugador de almas, depois os demónios e agora a dentada de um sem forma, aquelas coisas são feias.
Agarro com cuidado o seu braço e tiro o lenço sangrento. Agarro nos primeiros socorros e começo a tentar curar a ferida nojenta, eu acho que vou vomitar, quer dizer, eu não posso vomitar porque não me alimento como um humano mas vocês perceberam...
O sangue parou mas parece que a ferida está a aumentar, bem é normal quando não é curada, aumenta até a pessoa que a transporta morra e eu não posso permitir isso.
(...)
Já passou duas horas e ela ainda não acordou e está a começar a ter febre muito alta. Eu já lhe coloquei uma toalha molhada na sua testa para ver se fazia alguma coisa mas nada. Estive a pensar e ainda não acredito que vou fazer isto. Pego a Daisy à estilo noiva e tento colocá-la confortável nos meus braço e ai eu tenho uma visão perfeita do seu rosto, ela é linda e inocente, a sua pele é branco e pura como a neve, ela não merecia nenhuma das coisas que lhe aconteceram e que estão a acontecer.
"Fica descansada, nós só vamos visitar uma pessoa." digo imaginando a sua cara de confusa que tenho a certeza que se tivesse acordada faria.
Abro a janela do se quarto e olho para baixo. Agarro-a firmemente contra mim e salto. Com cuidado para ela não cair ou alguém me veja, voo até ao meu destino. Entro na casa e deito Daisy no sofá.
"Harry? O que fazes..." sim, eu vim ter com a bruxa, não sabia o que fazer mais. "Eu disse para não a trazeres cá, ela só pode saber quem sou quando for a altura!"
"Desculpa lá mas eu não sabia o que fazer mais, ela foi mordida por um sem forma." digo e a mulher aproxima-se da Daisy. "Ela está com febre e muito alta!" digo calmamente.
"Quanto tempo ela está a dormir?" a mulher pergunta olhando para o braço da Daisy.
"Ah... duas horas!" respondo e a mulher levanta-se rapidamente.
"Traz-a para aqui!" pego na Daisy e sigo a mulher, agora que penso, ela nunca me disse o nome dela mas, sinceramente, não quero saber.
Entramos numa divisão onde tinha coisas a voar e montes de armários com coisas que pareciam estar a olhar para mim mas continuei a seguir a mulher. De vez em quando, olhava para a Daisy, perdia-me no seu rosto, não sei como mas ela fez-me esquecer o que estava a passar e querer que ela apenas estava a dormir, nos seus sonhos onde estaria feliz e não se preocupava com a realidade, como eu fazia quando era humano, ainda me lembro de coisas que sonhava mas agora não passam de coisas que nunca consegui ter.
"Deita-a aqui!" a mulher aponta para uma cama que parece as camas de hospitais. "Queres ficar ao pé dela ou queres ir lá para fora?"
"Eu fico." deitei a Daisy na cama e sentei-me na cadeira ao lado desta.
"Agarra-lhe a mão, ela vai sentir isto e vai fazer força em alguma coisa." apesar de estar confuso, agarro, sem hesitar, a sua mão, estava fria quase à minha temperatura.
"Como ela vai sentir, pensava que quando os humanos estão desmaiados não sentiam nada?" pergunto massajando a mão de Daisy.
"Ela já não está desmaiada, ela está perdida, as dentadas dos sem formas fazem isso, não mordem porque gostam ou precisam de alimento, mas sim para matar o individuo por dentro, ou seja, na mente. Ela perdeu-se nos seus pensamentos, quando sentir isto a arder, ela irá perceber que não está na realidade e sim na ilusão." Ela coloca um liquido verde numa toalha e coloca em cima da dentada.
A mulher começa a fazer pressão e a minha mão começa a ser apertada, um suspiro que não sabia que estava a conter sai da minha boca, ela está viva... Começo a massajar a sua mão novamente e ela é apertada com mais força, não posso dizer que dói porque não faço ideia, a força dos humanos não se compara à minha, portanto, não sinto muita coisa. As coisas da mulher começaram a flutuar e eu fixei os olhos na mulher que estava com os olhos fechados e os seus lábios estavam a mexer como se tivesse a falar.
"Porque é que as coisas estão a voar?" pergunto quase gritando.
"É ela... não a largues!" a mulher manda, eu nunca ia fazer e não consegui se quisesse, os dedos de Daisy estão brancos da força que ela está a fazer.
As coisas voadoras começaram a andar de um lado para o outro, olho para o rosto de Daisy e ela está com um rosto sereno, parece que não está a sentir nada. De repente, tudo o que estava no ar, cai e a minha mão deixa de ser apertada. Olho para a bruxa e ela tira a toalha do braço da Daisy.
"Já está, a marca irá desaparecer! Agora, leva-a e certifica-te que ela fica bem!" a mulher diz.
Pego no corpo frágil da Daisy e saiu daquela casa. Vou pela cidade até chegar à casa dela, entro pela janela e deito-a na cama. Entro novamente no quarto, pego na cadeira que estava ao pé da mesa de trabalhos da Daisy e sento-me ao lado do seu corpo.
Quando dou por mim, estou com o olhar fixado no seu rosto, eu não me canso de dizer que ela é linda, ela parece um anjo que se enganou no caminho para o céu e veio parar à Terra, não percebo porque é que ela teve de sofrer tanto, alma mais pura não há!
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Next To You || h.s. #Wattys2016
FanficE se tivesses de confiar a tua vida a um demónio? Confiarias? Na vida de Daisy tudo era horrível e horroroso, tinha vida difícil e apenas a sua melhor amiga a compreendia. Até que aparece o seu pior pesadelo... ou melhor, ela pensava que era...