POV Lúcifer
Ando pelo gelado submundo, ando a pensar em voltar para terra, para o lado da Alma mas eu não posso deixar o Inferno nas mãos de qualquer um e também não sei se a Alma me vai aceitar de volta. Eu ainda não fui falar com ela, não sei o que se passa com ela nem com a Daisy. Belo avô que eu sai.
Entro na minha casa e sento-me num dos sofás. Lembro-me quando a Daisy esteve aqui pela primeira vez, eu sei que foi estranho ela entrar no Inferno mas ao mesmo tempo reconfortante, eu nunca pensei que fossemos ter uma conversa daquelas, foi como se voltasse a falar com a Alma mas eu tinha a perfeita noção que era a minha neta, a minha herdeira... talvez eu até deixe o Inferno nas suas pequenas mãos se tudo correr bem.
Levanto-me e vou para o meu quarto e, como todos os dias, imagino a minha doce Alma com o seu baby doll, esperando por mim para adormecer nos meus braços... eu nunca vou mudar o passado mas eu posso ficar com as melhores recordações, as nossas noites eram fantásticas... Abano a cabeça, parando de sonhar acordado e vou ao armário. Tiro a minha roupa apenas ficando de boxeres e sento-me na cama. Olho para todos lados e apercebo-me que existe um sombra na esquina. Fecho os olhos e abano a cabeça, quando os abro a sombra já não estava lá, talvez seja só impressão minha.
Deito-me na cama e fico um pouco de barriga para cima, apreciando o teto branco. Imagens da Alma passam pela minha cabeça, eu não a consigo esquecer, eu amo-a de verdade. Viro e fecho os olhos, caindo num sono profundo.
(...)
Acordo com coisas de vidro a partir-se na minha sala, levanto-me rapidamente e corro até à sala. Deparo-me com as minhas queridas jarras de vidro que trouxe da terra no chão, todas despedaçadas. Ajoelho-me e começo a analisar os pedaços, enquanto isso, ouço passou atrás de mim. Olho repentinamente para trás, os meus olhos param numa rapariga de vestido comprido a olhar para mim, do meu quarto.
Oh não! No meu quarto ninguém entre sem ser eu!
Transporto-me para o quarto e encontro-o vazio. Passo os olhos por todo ele e apercebo-me que falta uma moldura. Ela contem uma foto minha e da Alma e, numa foto à parte, uma pequena com a Daisy. Ouço um cantar e sigo a voz fina e melódica. O som vinha novamente da sala, desta vez andei devagar, encontrando a rapariga segurando a moldura e sentada num dos sofás. Vou aproximando devagar e, de repente, ela levanta.
"Dizem que Lúcifer não tem medo de nada mas não é o que está a parecer!" ela fala e a sua voz é como se fosse tirada de um filme, tão fina e doce que por momentos esqueci que ela era uma intrusa.
"Quem és tu? O que fazes aqui?" pergunto e ando até ficar à sua frente. A sua cara era inocente e era extremamente branca. Os seus olhos e cabelos eram de um castanha escuro mas era linda. Ela sorriu.
"Estou apenas a fazer o que me pediram..." ela caminha até à lareira que está sempre acesa e olha para mim com sorriso travesso e joga a moldura para o fogo.
"Não!" grito e corro ainda tentando apanhá-la mas não consigo. Olho-a e ela apenas continua com o seu sorrisinho de merda. "Porque fizeste isto?" agarro o seu pescoço e coloco a sua cabeça perto daquele fogo encantado que nunca apaga. "Responde!" olhei-a e os seus olhos encontraram os meus. "Espera... eu conheço-te, tu és a..."
"Sim, Luci!" ela diz junto da minha cara e tira duas laminas infernais, ela espeta-as na minha barriga e as minhas mãos deixam de ter força no seu pescoço.
Ela endireita-se ainda me pressionando as laminas, o seu sorriso cresce olhando para a minha figura vulnerável e olho uma última vez para ela.
"Vais arrepender-te disto!" digo e perco as forças, ouvindo o seu riso maléfico.
(...)
Acordo e logo reparo que estou agarrado à parede. Olho para todos os lados e noto que não estou sozinho ali mas estava tão escuro que não lhe consigo ver a cara. As minhas feridas já estavam saradas e só faltava estar livre para tudo estar normal.
"Finalmente, acordaste!" ouço uma voz masculina e uma luz ofuscante é acesa. "Pensava que a minha enviada tinha sido dura demais contigo!" a luz vinha detrás do individuo fazendo com que eu não conseguisse ver a sua cara. "Vá lá, Luci, diz alguma coisa."
"Quem és tu?" pergunto e ele sorri.
"Eu tenho a certeza de que me conheces..." ele aproxima-se deixando-me finalmente ver a sua cara e quando a vejo, arregalo os olhos.
"Félix?" digo admirado.
"Pois é, vês como acertas-te?!" ele diz com um sorriso e eu lanço-lhe um olhar de morte. "Não me olhes assim, Luci!"
"Não me chames Luci!" grito. "Tu não tens esse direito!" o seu sorriso aumenta. "O que queres de mim?"
"De ti? Nada... eu apenas te vou prender aqui para não estragares o que tenho planeado." ele diz e eu o olho confuso.
"O que vais fazer?" pergunto e ele começa a andar de um lado para o outro.
"Estás a ficar fraco, Lucifer... devias ter matado tudo quando tiveste oportunidade..." ele começa e eu olho-o confuso. "Mas não mataste... por amor!" arregalo os olhos.
"Nem penses em fazer-lhes mal!" grito e ele olha-me.
"Lucifer, elas são uma ameaça para todos nós e ainda nem sei como não tiraste a cabeça ao Harry!" pois... o Harry vai protege-las. "Sabes, eu até deixava mas depois de saber que a Daisy é tua neta! Eu não quis acreditar mas depois de te ver com ela atrás de uma igreja... Meu, isso matou com tudo."
"Tu andaste a seguir-me?"
"Claro, disseram que andavas novamente distante e depois deparo-me com isso!"
"Não tens esse direito!"
"Claro que tenho, porque eu tomei uma decisão! Eu irei matar as tuas netas!" ele grita e os nossos olhares cruzam-se.
"Eu só tenho uma neta!" digo confuso e ele ri.
"Parece que não sabem... bem, a Daisy está grávida... do Harry!" olho para baixo, eu estou a perder tudo!
"Nem penses que as vais matar!" grito tentando-me livrar das correntes.
"Esquece... agora é demasiado tarde para voltar atrás..." ele vira-se e sai pela grande porta.
Merda...
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Olá meninas!!!!
Espero que tenham gostado, se gostaram comentem e votem por favor.
Kisses xxx
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Next To You || h.s. #Wattys2016
FanficE se tivesses de confiar a tua vida a um demónio? Confiarias? Na vida de Daisy tudo era horrível e horroroso, tinha vida difícil e apenas a sua melhor amiga a compreendia. Até que aparece o seu pior pesadelo... ou melhor, ela pensava que era...