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Harry POV

Noto que Daisy estava a dormir e levanto-me da cama. Vou à cozinha e coloco comida em um prato e agarro uma garrafa de água. Ando até à porta e saiu de casa, trancando para deixar a minha menina a salvo. Levanto voo e vou em direção à floresta. Entro na pequena casa que agora é habitada pelo meu prisioneiro e vou ao encontro dele. Quando entro na divisão, vejo-o deitado no chão com a grande manta em cima de si, caminho até ele devagar e ele olha para mim, começando a afastar-se. Este bate na parede e continuo a aproximar-me. Ele fecha os olhos, prensando-se na parede, deve pensar que lhe vou bater, e apenas lhe estico o prato.

Bryan olha para mim e para a comida inúmeras vezes. Aproximo mais o prato dando a entender que só quero que ele coma, ele hesita mas agarra o prato devagar. Viro-me e agarro numa cadeira que existia ali, sentando nela.

"O-obrigada..." ele gagueja de boca cheia.

"Não quero que morras... por agora!" afirmo e ele assente. "Espero que gostes do que te trouxe, eu não sabia o que te havia de dar, apesar da vontade de te deixar morrer à fome ainda esteja aqui bem presente."

Ele come acelerado e atiro a garrafa de água para si, batendo-lhe na cabeça mas não reclama, apenas agarra e bebe um pouco.

"Quanto tempo me vais deixar aqui?" ele pergunta fracamente sem me encarar.

"Ainda agora chegaste e já te queres ir embora? Tu ficas aqui o tempo que eu achar que deves ficar e, por falar em ficar!" levanto e começo a andar de um lado para o outro. "Vamos esclarecer as regras! Muito bem, eu trarei comida para ti todos os dias e mesmo que seja boa ou má, aconselho-te a come-la porque vais são receber uma refeição e, se te portares mal, até podes nem receber nenhuma. Tens um pote onde podes mijar e cagar à vontade. E fica já a saber que se me desobedeceres vai haver consequências mais graves do que aquilo que pensas. Para concluir, podes fazer o que quiseres enquanto não estou aqui mas dentro do razoável porque eu não quero chegar aqui e ver-te a masturbares-te." digo e ele assente. "Alguma questão?" 

"A Daisy sabe que estou aqui?" ele pergunta e eu suspiro, a sério que ainda pensas nela?

"Sim, sabes, até foi ela que teve a ideia!" minto e ele olha para o chão como se tivesse mesmo magoado com o que disse. "Achavas mesmo que ela queria saber de ti?" sento-me novamente na cadeira. Ele simplesmente não responde e eu suspiro. "Para quem matou 15 raparigas, és muito iludido!" gozo.

"Não... eu não achava... eu apenas... ela parece ser tão boa pessoa que custa a acreditar que foi ela que teve esta ideia." ele admite e aproximo-me dele.

"Eu vou-te contar um segredo, ok?" pergunto e ele assente. "Ela é descendente, direita, de Satanás, claro que a maldade lhe corre pelas veias, por trás daquele rosto inocente, está um monstro que nunca ninguém conseguiu ver." minto na última parte e sorrio quando o vejo a arregalar os olhos.

"Eu sei que me estás a tentar assustar com essa história de Satanás, ele não existe..." ele volta a encarar o chão quando afirma e eu riu-me.

"Bryan, os demónios existem, fantasmas, bruxas, Satanás... todos existem e estão mais perto do que julgas." explico e noto a sua pele a arrepiar. 

"Isso não é verdade..." ele pensa baixo e eu riu-me novamente.

"Se não é verdade, como explicas as 15 raparigas? Como explicas a minha existência?" pergunto e Bryan olha para mim. "Queres saber? Eu já fui chegado a Lúcifer e eu tive de matar muita gente para chegar aqui e conhecer a Daisy."

"Ela sabe que és..." ele gesticula apontando para mim de cima a baixo.

"Claro que sabe, porque senão, não me tinha dado esta missão." está custar imenso dizer mentiras destas da minha menina mas tem de ser para ele parar de pensar nela.

"Eu não a posso ver?" ele cruza as pernas e começa a brincar com a garrafa de água.

"Claro que não!" digo sobressaltado. "Tu não a vais ver nunca mais, percebe isso!" grito e ele aperta um pouco a garrafa.

"Só queria falar com ela e..." não o deixo acabar.

"Não vais falar com ela! Não vais olhar para ela! E não vais pensar nela, estamos entendidos?" pergunto quase gritando e ele assente. "Ainda bem que concordas." suspiro e encosto-me na cadeira.

Bryan continuava a comer e eu o observa. Tenho a certeza que se ele não fosse como é, a sua vida era boa e talvez tinha um bom futuro. Bem e talvez tenha depois disto. Ele acaba de comer e entrega-mo juntamente com a garrafa.

"Eu quero saber uma coisa." digo e ele encara-me. "Porque fizeste aquilo àquelas raparigas?" ele baixou a cabeça e começou a brincar com os seus dedos.

"Nem eu sei o porquê..." ele responde baixo. "Eu acho que foi apenas raiva da merda de vida que tinha... e tenho."

"Então, decidiste destruí-la ainda mais... que inteligente." digo ironicamente e reviro os olhos.

"Foi a minha mãe..." ele fala baixo. "Ela sempre abusou de mim, desde que me lembro... ela violou-me imensas vezes e... eu matei-a porque não aguentava mais. Estás raparigas foram todas antes de a matar, eu fiz com elas o que eu queria fazer à minha mãe. Eu posso tê-las violado mas foi apenas para ver se havia um divertimento na minha vida." a sua voz era como um sussurro e isso fez me ver o que ele sofreu e que percebeu aquilo que faz sofrer às raparigas, mas eu não me deixei ir com a sua conversa.

"Bem, tu foste violado imensas vezes mas foi todas as noite?" pergunto e ele nega.

"Muitas vez, ela arranjava homens mas, quando não, agarrava em mim e fazia o que queria." ele responde e eu ri-me.

"Então não fales assim, pensas que vou ter pena de ti, pensas que vai embora por me contares sobre a tua triste vida? Não porque tu fudeste a vida da Daisy! Ela foi abusada toda a vida pelos da minha espécie e quando tu lhe tiraste a merda da virgindade, começou a piorar porque um demónio não pode tirar a virgindade de uma pessoa se não sentir amor verdadeiro por ela porque senão fica amaldiçoado para a eternidade!" afirmo levantando-me e aproximando-me da pessoa sentada no chão. "E quando fizeste aquilo, eles começaram a fazer literalmente tudo o que queriam com ela, até eu chegar e os mandar embora! Todas as noites, eles apareciam das sombras e o faziam. Se te achas no direito de fazer de coitadinho, estás muito enganado!" grito bem perto do seu rosto. Afasto-me e agarro novamente o prato e a garrafa de água. "Eu vou-me embora! Amanhã eu volto!"

Afirmo e saiu daquela casa que cai aos bocados. Voo até casa e entro nela. Vou até à cozinha, coloco o prato na pia mas sem quer deixo-o cair no chão, murmuro um monte de palavrões e agarro os pedaços colocando-os de seguida no lixo. De repente, as luzes são acesas e uma voz rouca mas ao mesmo tempo linda, ouve-se.

"Harry?" viro-me e encontro a minha menina a esfregar os olhos. "O que fazes aqui?"

"Nada de especial, eu apenas vim... beber um pouco de água..." digo e aproximo-me dela.

"Não brinques comigo, acabei de acordar!" ela diz e olha-me nos olhos e ai percebo o quão cansada ela está.

"Não... não..." passo a mão na frente da sua cara e os seus olhos seguem-na como eu esperava. "Tu ainda estás a dormir... isto é um sonho, amor... apenas um sonho..." digo e ela assente fechando os olhos e caindo para cima de mim.

Não fiz nada de mal, acreditem! Lúcifer ensinou-me a fazer isto para o ajudar com as suas vitimas, para as poder levar sem elas começarem a gritar ou falarem, apenas adormecendo-as. Levo-a para a cama e deito-a levemente. Tiro a minha roupa, deito-me com ela e dou-lhe um leve beijo na testa, adormecendo de seguida.

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Double Update!!!

Espero que tenham gostado!!!

Kisses xxx


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