Eu: Mas Greg! - Disse olhando pra trás, enquanto ele ainda me puxava pela mão. Estávamos indo realmente bem longe!
Gregory: Você já vai ver, princesa! - Ele tocou minha boca com seus dedos gelados. - Não é nada grave, mas venha comigo tá? - Assenti, ele sorriu enquanto eu o deixava me levar pra onde ele quisesse...
Eu: Mas... Aqui? - Perguntei olhando envolta. Ali? Pra quê? Ouvi bater de asas nas árvores atrás de nós, com medo me virei e me senti gelar. - Você sabe que eu tenho medo...
Gregory: Sim Bea... Mas é bem mais seguro que conversemos aqui... - Assenti ainda olhando cautelosamente pra nossa volta. - Relaxa baby...
Eu: É meio difícil de relaxar aqui... - Dei um giro de 360°graus, bem lentamente, olhando cautelosamente pros cantos. - Tem corvos... Eu não gosto de corvos! - Olhei novamente pra Gregory. Ele sorriu.
Gregory: É meio engraçado te ver com medo... Você nunca tem medo de nada, imagina de coisas bobinhas como isso...
Eu: Errado... Eu tenho muitos medos... - Ouvi asas baterem de novo, olhei imediatamente pro canto à minha direita.
Gregory: Relaxa ai baby... Bom, você tem planos pra amanhã à noite?
Eu: Não... O que tem em mente?
Gregory: Quer ir a qualquer canto comigo?
Eu: Claro! Eu, você e os meninos podemos... - Ele me interrompeu.
Gregory: Comigo... - Ele repetiu olhando meus olhos. Movi minha cabeça de lado, o olhando.
Eu: Você tá me convidando pra sair? - Ele desviou os olhos dos meus.
Gregory: Tá bom...Bea, você quer sair comigo? - Ele voltou a olhar meus olhos.
(NOSSA MEU DEUS DO CÉU! CLARO QUE EU QUERO! ME BEIJA VAI!!)
Eu: Ham... Amanhã? Pode ser... Que horas?
Gregory: Te pego às 8!
Eu: Aonde vamos? - Vi a ruga de sua testa encurvar-se um pouquinho, eu o conhecia bem o suficiente pra saber que ele estava pensando... Depois sua expressão relaxou num breve sorriso.
Gregory: Surpresa... - Assenti sorrindo e colocando a mexa de meu cabelo atrás da orelha.
Eu: Me chamou aqui só pra dizer isso? - O que foi bom o suficiente...
Gregory: É que eu não quero que os meninos saibam... Ainda... - Soltei um suspiro involuntário, todo apaixonado e cheio de esperanças. O que o fez sorrir de canto. Eu mordi o canto do lábio inferior o olhando por um bom tempo. Nossos olhos vidrados, eu o conhecia bem o suficiente pra saber o que ele faria a seguir...
Os dedos dele enroscaram os cabelos de minha nuca, enquanto ele me puxava mais pra si, e seus lábios repousavam sobre os meus, sua língua pediu passagem, assim que eu cedi, nós começamos a nos beijar... Um beijo lento, doce e apaixonado... Mas o desespero era presente, lá no fundo dava pra saber que ambos nos segurávamos muito pra nos beijar mais vezes... Eu e Gregory sempre nos "pegamos", principalmente em momentos de fraquezas, porém, eu sabia que havia algo mais ali naquele beijo... Afastamos-nos lentamente, ele me olhou novamente, analisando meu rosto. Eu olhei o chão, quebrando nosso contato visual.
Eu: As 8 então? - O olhei de novo, era sempre assim, nos pegávamos e em seguida a coisa voltava ao normal. Ele assentiu. - Tá bom então, às 8! - Sorri, fiquei nas pontas dos pés, beijei sua bochecha. - Até amanhã... - Sussurrei saindo de lá, aquele lugar me dava arrepios... As árvores eram sombrias, dava pra ouvir os bichinhos no solo seco, bichinhos nojentos e pegajosos... Isso soou bem gay...
Voltei pra casa, olhando sempre cautelosamente pros cantos. As sombras me perseguem... Eu sei disso, elas sempre me perseguiram...
Abri a porta da frente bem lentamente, estava tudo muito escuro, olhei meu relógio de pulso, 5 a.m., subi as escadas lentamente, pra não fazer barulho, andei pelo corredor escuro até a última porta, meu quarto, abri-a lentamente e cautelosamente, entrei no mesmo e fechei a porta, com cuidado pra não fazer nenhum estrondo. Caminhei até o banheiro, onde me arrumei para dormir, deitei-me na cama, olhei o teto sorrindo, eu tenho um encontro, eu tenho um encontro! Adormeci com esse pensamento...
Não me lembro de ter sonhado com nada. Há não ser com aqueles castores do comercial do cereal, porém, nada grave...
Acordei com uma dor de cabeça do capeta, tateei o criado mudo, achei meu celular e olhei o relógio: 15:00 hrs.
Bocejei e me levantei, ainda meio cega e indo em direção ao banheiro. Fiz tudo que tinha que fazer e desci as escadas, a casa não estava silenciosa, eu podia ouvir Maggie e as amigas dela rindo, besteiras da 3ª idade... Se ela ouvir isso, me mata!
Maggie: Beatrice
? - Eu não parei de mastigar minha torrada, nem a olhei, mas fiz um leve gesto com a cabeça pra que ela soubesse que estava ouvindo. - Hoje, o filho de Anne virá aqui!
Eu: Legal... - Disse sem ânimo.
Maggie: E você tem que fazer uma coisa pra mim... - Me virei, de frente pra ela.
Eu: O quê?
Maggie: Bom, você sabe que minhas amigas te acham estranha e tal, e eu não discordo delas... - Ela rolou os olhos. - Porém, eu quero mostrar pra elas que você pode...
Eu: Eu posso o quê? - Disse baixo, sem entender porra nenhuma do que ela tava falando.
Maggie: Lerda... Você vai ficar com o filho da Anne! - Eu ri sarcástica.
Eu: Só porque você tá afim... - Me virei de novo, mexendo novamente nas torradas.
Maggie: Você vai sim! Porque eu to mandando! - Ela disse firme, a encarei por alguns segundos.
Eu: O que você quer que eu faça?
Continua...
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All stars II Harry Styles
FanfictionComo se sentiria se soubesse que nasceu apenas para "salvar" o próprio irmão? Assim que Bea, uma adolescente de 16 anos descobre a verdade, o seu pequeno mundo desmorona, mas ao mesmo tempo descobre um amor verdadeiro, o que ela apenas não sabe, é d...