- Parece surpresa em me ver.
- Não vou mentir, estou bastante surpresa. O que faz aqui? Como descobriu meu endereço? Aliás, como entrou no prédio?
- Não existem muitas Rachel Berry's, cardiologistas em Manhattan, sabia?! E outra, meu tio mora no quarto andar. – seu sorriso convencido só fazia minhas pernas bambearem mais. – Não vai me convidar para entrar?
- Por que eu deveria?
- Tenho algo que você vai gostar de ver.
- Duvido muito.
- Tudo bem, se prefere que eu mostre da porta. – pegou o celular e me mostrou cinco fotos. Todas eram de Quinn, mas ela não estava sozinha. – O que achou?
- Como conseguiu isso?
- Tenho os meus contatos. – comecei a suar frio e milhares de coisas passavam pela minha cabeça, inclusive o fato de que eu não tinha ideia de quem era a pessoa das imagens. – Quer negociar?
- Negociar?! O que vai ganhar com isso? Eu confio na minha noiva.
- Vamos lá, Rachel. Sei que não confia cem por cento na Quinn. Vê bem? Ela parece bem íntima da Emma.
- Emma?!
- Sim. É o nome dessa mulher. Trabalha em uma companhia de acrobatas em Atenas, é um grupo muito famoso e nem devo comentar a elasticidade dela. – eu estava louca para gritar e expulsar esse ser repugnante da minha porta, mas precisava saber de mais e, pelo visto, só conseguiria as respostas se conversasse.
- O que mais sabe sobre essa mulher?
- Quer saber?! Me encontre amanhã no Central Park.
- Eu vou viajar amanhã.
- Bom, estarei nos bancos em frente ao lago às oito da manhã. Eu não perderia a oportunidade se fosse você, afinal, traição é coisa séria. Boa noite. – piscou o olho para mim e virou as costas, sumindo no corredor.
Fiquei mais cinco minutos encarando o espaço vazio na minha frente. Quinn. Emma. Atenas. Traição. Claro que só podia ser blefe, o que mais significaria? Eu confiava na minha noiva, sabia que ela jamais me trairia tão perto de voltar para casa. Se isso tivesse acontecido, não sentiria tanta segurança nas palavras dela naquele bendito vídeo. É claro, Quinn não teria coragem de gravar tais palavras pra mim, se tivesse feito algo de errado, certo?! Ou será que não?! Droga.
Naquela noite, eu vi a mensagem de Quinn por horas. Acabava e eu colocava de novo. Fazia o mesmo procedimento feito uma louca, atrás de respostas ou de possíveis falhas na voz dela que pudessem indicar um sentimento diferente de saudade ou amor, mas não encontrei nada. Ela estava ali, pura e conscientemente sincera. Não havia um resquício sequer de nervosismo ou ansiedade. Quinn não estava escondendo nada de mim. Infelizmente, só fui me tocar disso quando o relógio marcava sete de manhã. Meu voo estava marcado para as dez. Dava tempo de afogar alguém no lago do Central Park e depois correr para o aeroporto? Dava, claro que dava.
Com as malas já prontas, foi mais fácil sair de casa e correr para me encontrar com aquele ser desprezível. Ensaiei diversos discursos na minha cabeça caso viesse com alguma resposta pronta e, sinceramente, não estava nem um pouco com tempo de aturar ironias ou sarcasmos. Se tinha algo que eu não suportava, era ser feita de otária, apesar de que em seis anos, isso tornou-se constante. Bom, nada como alguns tapas na cara para aprendermos.
Estacionei o carro em frente ao Central Park e liguei o cronômetro. Tinha exatamente trinta minutos para acabar com essa palhaçada de gato e rato, correr para o aeroporto e não perder meu voo para Miami. Queria fazer uma boa viagem e nada tiraria meu foco. Haviam pessoas correndo, outras caminhando com seus cachorros, alguns jogavam bola nos gramados e outros apenas aproveitavam o frescor da manhã. Corri os olhos pelos bancos perto do lago até avistar quem eu queria. Caminhei energeticamente em direção ao meu alvo e assim que me viu, abriu um sorriso convencido.
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My Biology 2ºTemporada - Faberry
Teen FictionDepois das perturbações de seu último ano na escola, Rachel finalmente estava livre de toda a confusão do ensino médio. Dessa vez, sua chegada a faculdade pode lhe render surpresas esperadas e inesperadas. Afinal, como esquecer de duas professoras d...