Capítulo 7 - Save me, Lolo!

475 28 1
                                    

Oi oi oi gente, como vocês estão? Espero que estejam bem!

Acho que vocês estão interessados em saber o que aconteceu depois da conversa Camren, certo?! Pois eu sinto em informar, mas não vai ser hoje que vocês vão descobrir hahah

Não me odeiem, ok? O capítulo de hoje tá bem triste, mas tá regado de coisas importantes! Eu o escrevi escutando Save you – Simple plan, então deixo como sugestão essa música. Espero que gostem! Erros ortográficos corrijo depois



Point of view – Lauren Jauregui

Eu desejei, por tantas vezes, que nada de ruim acontecesse com ela. Eu tentei, por tantas vezes, protegê-la de todo o mau que o mundo poderia causá-la. Eu sempre dei tudo de mim para agradá-la, fazê-la sorrir, pois eu sabia que um dia aquele sorriso sumiria e eu queria ter memórias o suficiente para poder me lembrar dele. Infelizmente, no dia 27 de junho de 2009, eu e Camila jogávamos vídeo game quando a notícia chegou até ela. Ainda me lembro dela completamente sorridente e no segundo seguinte, ela nem sequer parecia ter vida mais. Corremos para o hospital e só saímos na manhã de ontem, 11 de julho de 2009, quando a doutora Cristina Yang nos trouxe a notícia de que Sinuhe e Sofia Cabello não haviam resistido.

O tio de Camila, Derek Cabello, havia feito uma cirurgia recentemente e Sinuhe e Sofia decidiram visitá-lo no final de semana do acidente. Elas foram na sexta e voltariam no sábado, mas infelizmente elas nunca voltaram. Alejandro havia ficado por causa do trabalho e Camila ficou porque eu implorei a ela que ficasse para que eu não precisasse passar meu aniversário na casa de Brad. No caminho de volta para a casa, um homem de trinta e poucos anos dirigia um porsche em alta velocidade e, distraído com sua estúpida garrafa de cerveja, ele bateu no carro das mulheres Cabello. A polícia suspeita que ele estava a mais de 160 km/h, mas já não importa mais, pois ele morreu na hora e Sinu e Sofi foram levadas para o hospital em estado gravíssimo. Ontem, às 10h52min, as duas morreram juntas e levaram consigo uma parte de todos nós.

Estou tentando desde então passar o máximo de conforto possível para Camila enquanto meus pais tentam fazer o mesmo por Alejandro, mas eles nem sequer parecem estar aqui mais, parecem ter ido junto com elas. Os olhos de Camila não tem cor, ela não parou de chorar nem sequer um segundo, ela não come e nem dorme há duas semanas, a única coisa que ela ainda faz é tomar banho e, mesmo assim, porque Taylor a coloca debaixo do chuveiro e a ajuda. Camila está fraca e dói imensamente em mim dizer isso, mas parece ter falecido também! É horrível vê-la dessa forma e eu me sinto um monstro todas às vezes que me sinto aliviada por não tê-la deixado ir. Eu sou tão egoísta, nunca conseguiria viver sem ela. Mesmo ela nesse estado deplorável, eu agradeço por tê-la aqui!

Nem toda a claridade do sol conseguia iluminar nenhum de nós que estávamos presente naquele cemitério. As roupas pretas deixava tudo ainda mais escuro do que já estava. Era, exatamente, 09h35min da manhã de domingo. Miami estava completamente ensolarada e o céu estava mais do que aberto. Mas para todos presentes no velório de Sinuhe e Sofia Cabello só havia escuridão, tristeza e angústia. Alejandro e Camila até tentaram dizer algo, mas não conseguiram e deixaram apenas que suas lágrimas falassem o que nenhuma palavra seria capaz de descrever. O restante da família Cabello fez sua homenagem e nós, Jauregui, apenas colocamos uma rosa sobre o caixão e desejamos que ambas estivessem em paz.

Quando os caixões finalmente desceram, Alejandro suspirou cansado, chateado e olhou em direção a sua filha que estava com seu rosto escondido na curva de meu pescoço e chorava como nunca havia feito antes. Eu sentia a dor dela e me segurava para não chorar junto, Camila sempre se mostrou tão forte e agora era a garota mais frágil, assustada e perdida que eu já conheci em toda a minha vida. Minutos depois, todos andavam em direção à saída e, com muita dificuldade, eu fiz com que Camila se movesse para fora daquele lugar. Coloco-a dentro do carro e em seguida entro para me sentar ao seu lado, fecho a porta e então volto minha atenção toda pra ela. Minha latina, que parecia não saber mais o que era sorrir e nem sequer tinha motivos para fazer tal coisa, voltou a esconder seu rosto na curva de meu pescoço e continuou a chorar, ela apertava minha mão o mais forte que conseguia e soluçava. Vez ou outra sussurrava para si mesma que aquilo era apenas um sonho ruim. Ela queria acreditar nisso e eu também, acho que todos queríamos, mas infelizmente não era verdade e eu tinha um medo imenso do que aconteceria quando ela descobrisse isso. Depois de alguns minutos, meus pais finalmente entraram e meus irmãos se espremeram comigo e Camila no banco de trás. Ele olhou pelo retrovisor para mim e certificou de que eu estava bem, mas era impossível estar bem com Camila daquela forma, era impossível não sentir um imenso aperto em meu peito. Eu só queria poder arrancar toda a dor de Camila e colocá-la em mim ou ao menos aliviá-la, como os lobisomens fazem em Teen Wolf!

You're pretty fucking dope!Onde histórias criam vida. Descubra agora