Capítulo 7

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Cameron Dallas point of view:

Um mês, exatamente um mês desde que eu levei a Sophie pro parque e ela sempre me pede para levá-la mais uma vez. Um mês que eu e a Samantha estamos nos relacionando como pessoas normais. Talvez até como colegas que se gostam.

- Cam, por favor, não mima mais essa criança. – Samantha se jogou no sofá, enquanto eu carregava sua irmã no colo.

Era estranho toda vez que ela me chamava pelo apelido, mas cada vez que isso acontecia, uma sensação diferente percorria todo meu corpo. Era como se algo dentro de mim começasse a explodir. E esse algo, explodia por todas as parter do meu corpo.

- Ela está cansa, Samantha, não seja tão ranzinza. – subi as escadas em direção ao quarto da pequena e a coloquei deitada na cama.

Quando desci, encontrei Samantha com um pote de pipoca nas mãos. Ela parecia pensar se aquilo era certo ou não. No caso, se comer aquelas pipocas seria algo bom. Nesse último mês, eu notei que ela se sentia insegura a maior parte do tempo. Nate já tinha conversado sobre isso, e o Nash também.

- Tá tudo bem, Sam? – ela negou soltando um longo e pesado suspiro em seguida. – O que aconteceu?

- O Nate, ele... – outro suspiro. – ele disse que eu não era mais a mesma com ele desde que eu resolvi mudar. Eu sei qeu você acha que eu estou mentindo porque estou segurando um pote de pipoca e sei também que você sabe que eu odeio meu corpo. – ela mordeu o lábio inferior. – Mas sério, eu juro que não é por isso. – ela me entregou o celular. – Olha como ele tá me tratando...

"Muito bom saber que você não se importa mais comigo."

"Nate, eu me importo."

"Claro, se importa tanto que te chamei pra sair, mas toda vez você dizia que ia sair com alguém diferente."

"E sempre eram homens, Samantha."

"Você tá agindo igual as putinhas da escola. Toda semana com alguém diferente."

"Nathan, você não pode me ofender desse jeito."

"A verdade, dói não é, Samantha?"

"Olha, eu espero do fundo do meu coração que você esteja bêbado, chapado, ou qualquer outra coisa e amanhã me peça desculpas."

Ele não respondeu mais nada.

Devolvi o celular pra ela, quando abri a boca pra começar a falar um soluço ecoou de sua garganta e seus braços envolveram meu corpo. Era a primeira vez que eu via Samantha chorar. Eu fiquei desesperado. Desesperado porque o choro dela transmitia dor, eu sentia a dor dela. E era tudo o que eu não queria sentir naquele momento.

- Ei Sam, – afaguei-lhe os cabelos enquanto ela se apertava cada vez mais no meu abraço. – Você não é nada disso, tá bom? – ela negou.

- Eu sou, Cameron. O Nate tem razão, desde que eu deixei de ser bobinha, eu sai com mais meninos do que eu posso contar. E depois que o Nash parou de sair comigo tudo piorou.

- Ele não tem razão, Samantha, acredita em mim. Ele deve estar com ciúme porque você não tem dado a atenção que costumava dar.

- Não Cameron, ele tem razão... Eu mudei pra ficar mais confiante, mas essa porcaria só piorou. – ela me olhou.

Seus olhos vermelhos fizeram meu coração apertar. Fiquei ali com ela até que estivesse calma. Esperei que Samantha dormisse para poder sair de sua casa. Seus pais me tratavam como membro da família, e assim eu tinha a "liberdade" de ficar até tarde lá.

20 Coisas que eu odeio em você | Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora