Capítulo12

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A nossa proximidade afetava tudo em meu corpo. Parecia que todas as células do meu corpo estavam prestes a explodir. Explodir num desejo insano de fazer de tudo com ele naquele maldito quarto.

- Samantha, o que eu torno ainda mais difícil? – Cameron voltou a perguntar.

Uma resposta plausível, Samantha, só isso que você precisa. – pensei.

- Eu nã... – meu celular tocou.

Literalmente salva pelo gongo.

- Oi Nate. – falei assim que atendi. – Não, não, eu já estava acordada. – Cameron se distanciou e sentou na cama. – É sério? – fiz uma pausa ouvindo o que ele dizia, e senti vontade de rir por causa da cara de tédio que o Cameron estava. – Meu Deus, isso é incrível. Eu estou tão orgulhosa de você. – eu não conseguia conter a minha animação, estava dando pulinhos pelo quarto do Cam. – Tudo bem, eu só preciso trocar de roupa e vou aí. Também amo você. – e encerrei a ligação.

Olhei pro lado e Cameron não estava mais na cama.

- Cameron? – franzi o cenho.

- Hum? – ele apreceu, agora vestindo uma calça de moletom na cor cinza.

- Droga. – murmurei esperando que ele não ouvisse.

Por que ele tem que ser tão sexy? Tão gostoso? Tão Cameron Dallas? Era tudo mais facil quando nos odiávamos.

- Eu preciso ir. – fiz uma careta fofa, sé que isso existe.

- Eu sei, vou te levar até a porta. – falou indiferente.

Cameron com ciúmes? Ou Cameron puto por te uma suposta quase foda interrompida? Eis a questão.

- Qual foi? – cruzei os braços e parei em sua frente.

- Me diz você. – ele arqueou uma sobrancelha. – Qual foi, Samantha?

Respirei fundo e contei até dez mentalmente.

- Você quer mesmo saber o que foi? – ele assentiu. – Então tudo bem, eu vou contar o que foi. – descruzei os braços e o olhei séria. – Primeiro, desde aquele maldito beijo as coisas estão mais difíceis do que eu achei que estariam. Na verdae, - fiz uma pausa. – desde o maldito dia em que resolvi parar de te odiar tudo, absolutamente tudo ficou mais difícil pra mim.

Ele abriu a boca, mas o interrompi.

- Cala a boca, você não queria ouvir? Então você vai ouvir. – o empurrei até a cama. Assim que ele sentou, eu me sentei em seu colo. – Sabe o motivo de tudo ter ficado mais difícil? – ele negou sem tirar os olhos dos meus. – Porque eu tive que assumir que tem alguma coisa dentro de mim que aflora quando eu tô perto de você, tipo agora. – bufei frustrada. – Eu não me reconheço mais, Cameron, não que isso seja cem por cento ruim, mas você. – dei uma risadinha. – Você é a maldição da minha vida, e eu sinto como uma garotinha que vai ter sua primeira vez, que os hormônios estão à flor da pele e...

Sem me deixar terminar, Cameron grudou nossos lábios, iniciando um beijo de tirar toda a minha sanidade. Suas mãos apertaram minha bunda, me fazendo arfar e sorrir durante o beijo. Por mais que eu quisesse continuar aquilo, eu precisava parar.

- Cameron, agora não. – falei assim que separei nossos lábios.

Ele me olhou confuso, porque deu a entender que eu queria tanto quanto ele, e era verdade, mas não agora. As coisas aconteceram rápido de mais entre nós dois.

(***)

- Você não sabe o quanto estou orgulhosa de você, Maloley! – falei enquanto o abraçava.

- Eu sei. – ele riu. – Estou um pouco nervoso.

- Vai se ferrar, Nate! – dei um tapa em seu braço. – Você canta pra caralho e suas músicas são muito inspiradoras, você vai tirar isso de letra. – finalizei.

Nate foi chamado para gravar um video clipe de uma de duas músicas. Little bit com toda certeza do mundo iria fazer sucesso. Nate tem um futuro promissor pela frente.

Passei o resto do dia andando de skate com o Nate, que me resultou algumas esfolações nos joelhos e cotovelos, e uma passada rápida na emergência pro Nate. Ele tomou um tombo feio e acabou se ralando todo.

(***)

- Você precisava ver a sua cara quando a enfermeira começou a fazer os curativos. – falei tentando recuperar o ar.

- Aquela porra estava ardendo. – ele disse num tom bravo. – Queria ver se fosse você, com certeza gritaria até a morte igual a uma menininha. – ele riu. – Ah é, você é uma. – mostrei o dedo do meio pra ele que riu.

- A menininha aqui vai te deixar dormir, e por favor, fica mais calmo poeque eu quero ver esse clipe mais que qualquer coisa. – beijei-lhe o rosto e me despedi com um aceno de mão.

(***)

Ao chegar em casa me deparei com Cameron sentado no tapete enquanto a Sophie pintava e bordava – literalmente. – com o seu rosto.

- Olha Sam, o Cam está lindo! – ela disse ao perceber minha presença.

- Ele está sim. – prendi o riso, ele estava ridículo.

Pouco mais de uma hora e meia, Sophie estava dormindo, Cameron e eu estávamos sentados na grama do jardim, olhando pro céu sem falar absolutamente nada. Até ele quebrar o silêncio.

- Eu deveria te matar. – ele disse com um sorriso cafajeste nos lábios.

- Por que? – franzi o cenho.

- Porque você saiu daquele jeito da minha casa mais cedo. – deu de ombros. – Parecia uma virgem. – debochou.

- Eu precisei ir falar com meu amigo. – rolei os olhos. – Vai perguntar ao Nash o que a virgem aqui pode fazer. – o alfinetei.

Ele bufou irritado e se levantou.

- Ei! – o chamei. – Cameron! – chamei novamente por ele ter me ignorado.

- O que foi? – seu tom rude me deixou irritada.

- Ugh!!! Era tudo mais fácil quando você só me tratava mal. – me levantei e sacudi a grama da roupa. – Boa noite. – comecei a andar.

Meu braço foi puxado e meu corpo esbarrou contra o dele. Logo nossos lábios estavam colados num beijo ardente. Que só foi rompido pela necessidade de ar. Ele sorriu e começou a caminhar em direção à sua casa, e eu, bom, eu fiquei parada ali por algum tempo, processando tudo que tinha acontecido.

Antes de dormir, peguei o caderno em que estava escrevendo o trabalho, batuquei a caneta nele por algum tempo até começar a escrever.

"Provavelmente, hoje eu vou escrever pouca coisa. Mas é algo que está me tirando de órbita. É sobre o gosto dele.

Cameron tem um gosto inigualável, e o pior, está em todos os lugares. Mesmo quando eu não estou com ele, mesmo quando não nos beijamos, ou qualquer algo do tipo. Vezz ou outra, isso quer dizer, quase vinte e quatro horas por dia, eu sinto o gosto dele na minha boca.

Só Deus sabe o quanto é complicado isso tudo, como está sendo complicado lidar com esse turbilhão de emoções ao mesmo tempo."

Fechei o caderno e fui tomar um banho, antes de ter outra noite bem longa de recordações.

su3x,

20 Coisas que eu odeio em você | Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora