Capítulo 1

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É oficial, dentre todas as coisas que eu odeio nessa vida, com certeza o primeiro dia de aula está no topo da lista. Quase dois anos desde que mudei de cidade, o que ainda me assustava era a escola nova, sim, nova, apesar de estudar há dois anos, eu ainda era considerada "carne nova" e aquilo, definitivamente me incomodava, não é divertido ser tratada como um objeto, justamente por isso, eu me metia em várias confusões. Eu tinha amigos, não era considerada uma nerd que ninguém gosta e todos zoam, mas tinha notas altas. Fora o fato de que eu odiava quem fazia dessas coisas, julgar alguém pela aparência era algo que eu abominava. Mas eu também não chegava a ser do grupo dos populares.

Por um milagre do destino, o pai do meu melhor amigo, Nate, trabalhava com a minha mãe e eles acabaram sendo tranferidos para a mesma cidade. Graças a Deus, porque se não fosse pelo Nate, eu estaria me sentindo um peixe fora d'água.

– Anda logo, filha. – meu pai gritou do andar de baixo.

– Eu ainda vou demorar, pode ir, o Nate vem me buscar. – ele gritou um "tudo bem" e foi embora.

Me arrastei até o banheiro, me despindo de cada peça com o mínimo de pressa possível. Pluguei meu celular no amplificador e logo The Maine começou a tocar. Tomei um banho rápido, não queria fazer o Nate esperar. Vesti uma camisa branca, um jeans detonado e nos pés, meus inseparáveis vans vermelhos. Passei um pouco de maquiagem, tentando esconder as olheiras, prendi o cabelo num rabo de cavalo. Voltei ao banheiro e escovei os dentes.

"Estou saindo de casa, em dez minutos chego aí. Xx Nate."

"Okay! Xx Sam."

A rua estava relativamente movimentada, me sentei no degrau para esperar Nate. Todo santo dia eu agradeço por tê-lo na minha vida. Ele era o tipo de cara que largava uma festa, por mais que ele gostasse, pra assistir One Tree Hill comigo e me ouvir chorar porque algum babaca tinha feito algo e me machucado. Pelo menos, era assim.

Desde que entramos para San Diego High School, Nate fez o favor de se juntar com um grupo de garotos popular. Não que eles não sejam legais, até são. Mas tem um maldito nesse meio que só de pensar nele, eu sinto vontade de socar sua cara. Cameron Dallas.

– Hey, Sam, vamos logo. – Nate buzinou e eu pude felizmente sair daquele maldito transe.

– Bom dia pra você também. – fingi minha maior carranca e arranqei um sorriso de seus lábios.

– Olha só quem é a minha mais nova vizinha. – fecehei os olhos com força.

É sério isso, Deus? Diz pra mim que é uma brincadeira de muito mau gosto, por favor.

– Dallas. – rosnei, mas não me dei ao trabalho de olhar pra ele.

– Ei bro, rola uma carona? Meu carro quebrou. – ótimo jeito de começar o ano letivo, Samantha.

– Claro, entra aí. – nisso, eu fui obrigada a ir pro banco de trás. So Deus sabe o meu ódio por bancos traseiros.

Tive que ouvir os comentários desnecessários dos dois caras o caminho inteiro. Eles falavam sobre alguma festa, e de quantas garotas pegaram naquela noite. Quando eles tocaram nesse assunto, decidir não prestar – ainda mais – atenção naquilo. O caminho foi rápido. Assim que Nate parou o carro, saltei dele emburrada.

Um pouco de drama, eu adimito, mas cara, eu não preciso saber o que meu melhor amigo fez com alguma vadia. E muito menos aguentar o cara que eu mais odeio, fazendo piadinhas sobre meu jeito.

– Nos vemos no intervalo, baixinha. – Nate passou e sorriu. Assenti e segui pro meu armário.

As horas se arrastavam, o professor de filosofia falava sobre Filosofia Cristã, e aquele, era um dos assuntos mais cansativos de se debater. Estava quase dormindo, quando ouço o sinal tocar, dando início ao intervalo.

20 Coisas que eu odeio em você | Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora