Capítulo 25

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Samantha Blanchard's point of view:

– Eu te faço perceber que eu sou o homem da sua vida. – ele sorriu e todo o meu medo de conhecer alguém que me faça esquecer dele foi embora.

– Você é a pessoa mais bipolar que eu já conheci. – neguei enquanto ria. – Uma hora você espera que eu siga em frente, mas na outra, você quer me provar que é o homem da minha vida? – ele sorriu.

– Até parece que eu já não fiz isso antes. – ele deu de ombros.

– Você fez? – arqueei a sobrancelha esquerda e o encarei.

– Eu fiz quando te fiz largar o Nash pra ficar comigo. Quando te fiz largar o Nate, que por sinal, anda muito sumido, pra ficar comigo também. – ele riu. – Ah Samantha, eu vivo te fazendo perceber que sou o homem da sua vida e você não nota? – negou com a cabeça fingindo estar decepcionado. – Você merecia uns bons tapas na bunda pra aprender.

– Certo, Christian Grey. – dei uma gargalhada.

– Não seja uma má garota, ou eu vou te punir. – ele disse sério, mas eu sabia que aquilo era brincadeira.

– Me desculpe, senhor. – fiz uma cara angelical.

– Puta que pariu, não faz isso, Sam. – Cameron disse com uma voz arrastada.

– Isso o que? – continuei com a mesma expressão.

– Não me deixe duro na sua casa quando seus pais estão aqui e sua irmã pode entrar nesse quarto a qualquer momento. – mordi o canto do lábio inferior e o deixei escorregar entre meus dentes.

Fazia tanto tempo que eu não tinha nada com ninguém que qualquer palavrinha mais "ousada" me deixava excitada. Voltei a me sentar no colo do Cameron e o beijei com mais desejo. Pude sentir um sorriso se formar nos lábios dele, me fazendo sorrir também. Suas mãos pousaram em minha cintura e depositaram um aperto generoso naquele local me fazendo arfar. Eu me movia no colo dele, de acordo com a intensidade dos apertos que ele deixava em meu corpo. Cessei o beijo e passei a morder seu pescoço enquanto o ouvia resmungar coisas sem nexo.

– Samantha, por Deus, não faça isso, eu não quero que seus pais me expulsem daqui.

– Eu não consigo controlar, me desculpa. – disse num sussurro enquanto ainda me movia em seu colo.

Ficamos nisso de nos provocar a tarde inteira, era incrível como mesmo que eu tivesse morrendo de tesão, provocar ele se tornava uma coisa muito mais legal. Meus pais amaram a visita do Cameron, Sophie nem se fala, passou o tempo que podia nas costas dele, literalmente. Era uma graça o tanto que ele se dava bem com crianças e deixava tudo ainda mais bonito.

– Eu posso roubar a Samantha de vocês e devolvê-la amanhã? – ele perguntou ao se levantar do sofá.

– Se ta trouxer sã e salva, tudo bem. – meu pai disse de uma forma ameaçadoramente amigável.

– Eu nunca deixaria nada acontecer com ela. – ele sorriu.

Cameron segurou minha mão e me guiou pra fora de casa. Pude sentir correntes elétricas percorrerem meu corpo só com aquele toque.

– Onde você vai me levar? – perguntei enquanto ele estava parando um táxi.

– Primeiro pra minha casa, depois que eu pegar o carro da Dona Gina emprestado, nós vamos aproveitar um momento juntos.

Ele disse o endereço ao motorista e pouco mais de vinte minutos, nós chegamos a sua nova casa. No caso, a nova casa da Dona Gina. Sem muita demora, Cameron pegou as chaves do carro, eu me despedi de um jeito amigável da minha sogra ex/atual sogra.

– Espero que esteja pronta pra ser punida. – Cameron sorriu malicioso.

– Sim senhor, eu estou pronta. – brinquei. Ele sorriu e assentiu. – Sobre isso de ser punida, eu não quero, tá? Não ouse me bater ou eu te mato. – ditei e ele gargalhou enquanto seguia com o carro pra um lugar que eu não sabia qual era ainda.

– Eu não vou fazer nada disso, só quero aproveitar o tempo com você. – ele deu um sorriso.

Um silêncio confortável se instalou no carro. Flashlight começou a tocar no rádio, nos entreolhando e sorrimos.

– Essa música foi "tema" – fiz aspas. – do nosso primeiro beijo. – sorri.

– Do nosso melhor beijo. – ele sorriu.

flashback on:

I got all I need when I got you and I

Olhei pra Cameron e mais uma vez senti meu estômago revirar.

I look around me, and see a sweet life

Ele sorriu, me fazendo sorrir tímida.

I'm stuck in the dark but you're my flashlight

Meus músculos criaram vida própria, quando dei por mim, já estava sentindo a respiração dele bater contra meu rosto.

You're getting me, getting me through the night

Meu cérebro gritava pra eu manter distância, mas outra coisa dentro de mim, gritava pra eu continuar assim.

Segurei seu rosto e grudei nossos lábios. E finalmente, descobri o motivo deles parecerem tão atraentes. Não tinha um pingo de malícia naquele beijo. A urgência dele era apenas pra dizer que ambos precisavam daquilo.

– Cameron, eu não deveria. – falei sem jeito depois de nos separarmos.

– Shh. – ele colocou o dedo indicador nos meus lábios. – Se você não fizesse, eu faria. – ele disse.

– Boa noite, Cam. – disse antes de sair do carro.

flashback off

Cameron parou o carro assim que chegamos a um monte, onde dava pra ver toda a cidade. A brisa fria da noite fez com que todos os meus pelos se eriçassem. Percebendo isso, Cam me abraçou por trás, colocando seu queixo em meu ombro.

– Eu sei que sou todo errado, Sam, que eu não presto pra você, ninguém nunca vai ser bom o suficiente pra você. – ele me virou, fazendo com que eu ficasse de frente pra ele. – Eu queria tanto ficar aqui com você, sabe? Formar uma família, igual você disse que queria. – eu sorri ao ouvir ele dizer aquelas coisas. – Mas eu tenho uma vida diferente agora, não é como se o que eu sentia tivesse acabado, longe disso, Sam, o que eu sinto por você nada nem ninguém vai ser capaz de substituir. Eu só queria deixar isso bem claro pra você. – seu polegar acariciava minhas bochechas.

– Você é um tremendo filho da puta, Cameron Dallas. – espalmei as mãos em seu peitoral. – Mas eu te amo demais pra te deixar desistir de mim. – ele sorriu, ergui meu dedo indicador em sua direção. – Mas não me faça de idiota, ou eu faço questão de abrir mão de você.

– Isso foi uma ameaça? – ele riu.

– Foi um aviso, Cam. – sorri. – Eu odeio como você deixa até uma briga mais bonita, eu queria te bater só por isso.

– E eu queria te beijar, depois tirar suas roupas porque eu tô morrendo de saudade de você. – suas mãos apertaram minha cintura.

– Você, huh... você se envolveu com alguém nesse meio tempo? – neguei com a cabeça, que pergunta estúpida. – Digo, você transou com alguém? – me corrigi.

– Eu? Sim, eu tentei suprir minha necessidade de você, mas ninguém chega aos seus pés. – ele sorriu. – E você?

– Não. – sorri sem mostrar os dentes. – Eu não consegui. – Cameron abriu um sorriso largo.

– Meu Deus, Sam, como você conseguiu? – ele disse realmente surpreso e com um sorriso contagiante em seu rosto.

Dei de ombros e o abracei mais uma vez. Era incrível como ele fazia tudo ficar mais bonito, ele fazia do mundo cheio de caos um lugar bom pra se viver, ele me fazia ter as malditas borboletas em meu estômago como se fosse a primeira vez que eu estivesse apaixonada, seu toque, seu beijo era tudo pra mim. Ninguém nunca conseguiria substituí-lo.

20 Coisas que eu odeio em você | Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora