20 Coisas que eu odeio em você | Cameron Dallas

Capítulo 14

Passar a semana inteira longe do Cam não foi nada fácil, mas foi mais difícil ainda ver a minha Sophie tão triste.

- Você prometeu que ele não iria embora! – ela disse para enfermeira antes de começar a chorar mais uma vez.

- Eu sinto muito, meu amor. – a moça ruiva tentava acalmar a Sophie. – O Jason teve que viajar.

Sophie não entendia, mas eu sabia que não se tratava de uma viagem. Jason, o amigo que Sophie fez enquanto estava no hospital havia tido uma piora, e antes que nós chegássemos para que ela se despedisse dele, ele faleceu. Eu lutava para não chorar. Diferente de Sophie, que soluçava num choro doído.

- Ele também me prometeu. – ela sentou na cadeira e cruzou os braços. – Ele... – disse entre soluços. – Ele não podia me deixar, eu cumpri minha parte, eu estou aqui para brincar com ele! – exclamou.

- Sophie, - me aproximei e a abracei. – você não vai entender agora, mas eu prometo que você e o Jason vão se ver novamente. Só vai demorar um pouquinho.

- Por que? – ela me abraçou e continuou a chorar em meus braços.

(***)

Finalmente eu estava de volta a minha casa. O aniversário do Cameron já tinha passado, e eu não pude estar com ele no dia, graças a essa viagem, que deixou minha pequena tão triste.

Eu estava sentada no gramado próximo aos balanços do parque, enquanto Cameron se aproximava da Sophie, que estava cabisbaixa, se balançando sozinha.

- Samantha, vem aqui. – ele me chamou.

Levantei e sacudi a grama do short, um sorriso de canto iluminava a face da minha irmã.

- Eu acho que um sorvete poderia melhorar esse sorriso, certo? – ele falou enquanto eu me aroximava e ele balançava a Sophie.

- Sim, sim, sim, sim! – Sophie gritava cada vez que o balanço ia mais alto.

(***)

Mais um dia cansativo na escola. Por sorte tive três tempos seguidos de Educação física, enquanto eu lia um livro qualquer que peguei na biblioteca, Cameron jogava futebol junto com algum garotos.

Um gol feito pelo Cam e um beijo lançado no ar em minha direção, indicando que ele tinha feito aquilo pra mim. Um sorriso e eu já estava desmontada.

- Cameron! – gritei e larguei tudo ao vê-lo jogado no chão.

O caminho da arquibancada até o gramado nunca pareceu tão longo. Quanto mais eu corria, mais os meus pulmões pareciam queimar e o ar me faltava. Mas eu precisava ajudá-lo. O desespero tomou conta de mim, me ajoelhei ao seu lado.

- Eu estou bem, Sam. – ele ria, mas tinha sangue em sua boca.

- Ei bro, foi mal! – Matthew falou estendendo a mão pro amigo.

- Vocês deveriam tomar mais cuidado. – neguei com a cabeça. – Olha pra você, amor, está todo sujo e tem sangue na sua boca! – exclamei ainda preocupada.

- Sempre acontece, Samantha, o Cameron é um marica, vive caindo. – Carter deu de ombros.

-Vai se foder, Carter! – Cameron reclamou.

- É melhor você ir sentar, ou vai terminar de se foder. – Gilinsky falou autoritário.

- Vem Cameron. – o chamei e ele me acompanhou com um sorriso de canto a canto do seu rosto. – Por que você tá com essa cara? – arqueei a sobrancelha e cruzei os braços.