Capítulo 31

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Samantha Blanchard's point of view:

– Aquele seu amigo, o Nate, soube que ele se envolveu em uma confusão em um show. – Dan deu um gole em seu café.

Agora que as férias tinham chegado nós vivíamos em casa, ou na casa dos meus pais com a Sophie.

– Eu soube. – dei de ombros. – Ele faz de tudo pelas fãs, apesar de ser babaca de vez em quando. – relembrei os tempos de colegial, onde ele vivia se metendo em confusão e eu o defendia de tudo e todos. – Eu sinto falta dele, e dos outros garotos, sabe?

– Eu imagino. Soube que o seu amigo, o Matthew, ele terminou de gravar um filme, e o Nash e seu ex também. – revirei os olhos pela maneira que ele falou de Cameron.

– Dan, sabe que eu até acho bonitinho o jeito que você se refere ao Cameron? – dei uma risada. – Mas enfim... o Matt terminou as gravações do primeiro filme em que ele participará depois que as gravações da dos outros garotos.

– Engraçadinha você, Samantha. – foi a vez dele revirar os olhos. – Soube que ele está namorando também.

– Você está por dentro da vida dos meus amigos, não é? – ele assentiu. – Por que?

– Porque eu estou pensando em te fazer uma surpresa, e preciso deles. – ele deu de ombros.

Encarei o meu namorado, e franzi o cenho, não era da natureza de Daniel querer me fazer surpresas.

– Espero que a Rebeca faça bem a ele. – dei de ombros. – Soube que ela era apaixonada por ele desde o colegial. Ela é uma boa garota, e exatamente o que o Matt precisa, eu sei que ela vai cuidar dele.

– Você tem certeza de tantas coisas. – Dan acariciou meu rosto, logo me dando um selinho.

O dia estava frio e propício para ficar de conchinha e assistir diversos filmes, mas a minha inspiração apareceu como uma batida violenta entre dois veículos. Pedi para que o Daniel me deixasse sozinha, e fosse buscar a Sophie no final da tarde, foi exatamente o que ele fez.

Revirei todas as fotografias que tinha do meu tempo de colégio, que agora faziam cerca de sete anos desde que concluí a faculdade. Eu me sentia velha, mas ao mesmo tempo tão jovem quanto naquele tempo.

Meu coração havia amadurecido com o passar dos anos, a vontade de escrever coisas mais sérias sempre dominava minha mente, mas eu, inconsequentemente voltava. Eu voltava pra ele, mesmo seguindo em frente.

Agarrei o notebook em meu colo, coloquei uma música calma e aproveitei a calmaria da casa, que agora só estava sendo habitada por mim e Nicolau, o gato de Daniel. Comecei a digitar, como se meus dedos tivessem ganhado vida própria, e quando dei por mim, já tinha terminado um pequeno fragmento que não faria parte de nenhum livro por enquanto, mas que um dia, mais pra frente, eu gostaria que o mundo inteiro lesse.

"Nosso fim, meu bem

De todas as cenas da minha vida, a que mais me marcou, foi a de você indo embora. Meu cérebro gravou e eu não consigo apagar. Gastei saliva. Usei todos os meus argumentos. E você continuou indo. O que mais me doeu, foi ver você olhar pra trás, como se esperasse a minha atitude salvadora que te faria esquecer tudo e desistir de ir. Perdão, eu não tinha mais o que fazer. Às vezes, pra me consolar, penso que você foi embora porque quis. Mas basta pensar por mais dois minutos e concluir: sem querer, te expulsei. Fui mandando, lentamente, você ir embora, a cada vez que não te dava bom dia; a cada vez que não respondia o seu "eu te amo" ao fim dos telefonemas. Estávamos próximos demais, pena que eu tenha me distraído. Quando me lembro de tudo o que nós fomos, torço pra que tão somente uma ponta, um pingo, um terço da metade do nosso amor, tenha restado: o nosso amor era tão intenso, mas tão intenso, que até o nosso mínimo era o máximo de tantos outros "amores" que se vê por aí. Por isso, eu sei que se as reticências existem, nossa história continua.

20 Coisas que eu odeio em você | Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora