20 Coisas que eu odeio em você | Cameron Dallas

Capítulo 17

Depois da cena que a garçonete fez e a cara de "vou matar essa vagabunda" saímos daquele bar aglomerado.

- Eu juro que eu vou arrancar seu pinto fora, Cameron. – Samantha andava na minha frente.

- Samantha, deixa de bobagem. – depois de dar mais alguns passos ela virou-se em minha direção e apontou o dedo pra mim.

- Bobagem vai ser quando eu te bater, aquela vagabunda quase te fez lamber os peitos dela! – Sam me fez rir do seu ciúme. – E você fica rindo, seu babaca.

- Você fica linda com ciúmes. – Samantha bufou impaciente e entrou no carro.

(***)

- O prazo para a entraga dos projetos acabam em duas semanas. – John falou tranquilo. – Espero que todos vocês estejam na reta final dos mesmos para que eu possa avaliá-los.

- Cam. – Samantha cutucou minhas costas com a caneta.

- Oi amor. – Como nós vamos contar pro John que agora somos namorado e ainda faltam alguns detalhes pra esse trabalho ser finalizado?

- Ele vai saber na hora certa. – sorri. – E fica calma, nós vamos conseguir deixar tudo pronto.

Narrador point of view:

Alguém muito bom lá de cima deve ter dito "manda ele, manda ele para o lado dela, pra ela gastar os seus melhores sorrisos."

E esse "alguém muito bom" mandou Cameron para transformar a vida da Samantha. A garota que não assumiria sua paixão pelo famoso garoto popular do ensino médio nem sob tortura não imaginava que ele seria o enviado por seja o que for que ela acreditava.

Ele negava até a morte que a olhava diferente. Ninguém acreditava, então para provar o falso ódio ele passou a enfrentá-le e tirá-la do sério de maneiras não muito convencionais.

Três malditos anos ela escreveu sobre ele. Três longos anos ele buscou por ela em outros corpos. Três anos eles passaram se enganando. Samantha vestida de marra, e Cameron com a fama de fuckboy.

Ele partia o coração das meninas, e cada vez mais o de Samantha. Ela ficava com um e outro sem se importar no que iam falar dela, afinal, sua marra não a deixava ficar abatida. A não ser quando ela via Cameron aos beijos com alguém.

E a chance do sonho dela se tornar realidade apareceu, e de brinde, Cameron Dallas entrou na sua vida, agora para ficar. Ele entrou na casa dela, agradou aos pais da garota, fez amizade com a irmã mais nova e entrou no mundo de Samantha.

"Ninguém nunca viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente." – foi a primeira frase que ele leu no dia em que roubou o diário da garota. Era uma citação de uma escritora famosa que Samantha sempre adorou.

Cameron não conseguia entende o motivo de Samantha sempre se achar inferior a qualquer outra garota, quando na verdade, ela estava o tempo inteiro, um passo a frente de qualquer outra.

(***)

- Como foram as coisas cm a gravação do seu vídeo? – Samantha disse antes de dar uma mordida em seu hambúrguer.

- Samantha, esse vídeo está foda! Eu mal posso esperar para que vocês vejam. – Nate disse empolgado.

O melhor amigo da garota estava distante por vergonha do que tinha feito. Ele tinha tentado impedir a felicidade da melhor amiga e não conseguia se perdoar por isso. Por mais que o amor que ele sentisse fosse grande, Samantha merecia alguém melhor que ele, e ele sabia disso.

- Quando sai? – a garota disse empolgada.

- Ainda nãos ei, mas você vai gostar. – Nate riu. – Mas e aí, me conta como estão as coisas com o Cameron.

- Nate... – Samantha disse um pouco receosa.

- Sem recentimentos, Sam, eu quero saber se ele está cuidando bem da minha pirralha. – Nate du um de seus sorriso galanteador.

- Nós brigamos bastante, sabe? – ambos riram. – Mas eu gosto, sabe? Gosto quando ele me olha doce e fala que eu sou a melhor companhia do mundo. De fato, eu não acredito. No entanto, as palavras soam de modo tão bonito pelo som da sua voz que eu fico em paz e penso: Ele que faz eu ser a melhor companhia do mundo.

- Devo admitir que ele te mudou um pouco. – Nate riu e Samantha o encarou confusa. – Digo, pra melhor, é claro. Apesar de que você esta um pouco melosa, mas isso faz parte de estar apaixonado. – deu de ombros.

Cameron Dallas point of view:

Não sabia como começar aquela parte, mas eu precisava. A reta final se aproximava, e eu não conseguia controlar a ansiedade de saber que o sonho dela estava prestes a se tornar realidade. Eu mal podia esperar pra ver a reação dela quando tudo estiver pronto.

"Como me sinto? Me sinto como um cego, desejando ver o chover com som lá fora. Como quem pula de um penhasco de encontro ao rio sem saber nadar. Como quem voa sem paraquedas ao soltar de um avião. Eu sempre preferi a loucura. E sem asas eu pulei, e sem saber nadar, eu mergulhei fundo no seu abismo. Foi suicídio, eu sei. Mas, cada vez que você sorria, valia a pena os tombos e as dores, valia porque me dava asas novamente. E eu queria voar só mais uma vez. Arte suicida que tem o som da sua risada e que me protege das ardências que você mesmo causa. Que remédio.

Eu passei a ouvir suas músicas só para saber cantar junto com você quando aluma delas tocasse enquanto estivéssemos juntos. Eu assisti todas as suas séries pra saber o que te dizer quando algum personagem favorito seu morresse. Eu li seus livros, eu acompanhei seus passos por um tempo até te desvendar por completo.

Sabe quando você começa a gostar tanto de alguém que, involuntariamente, não faz questão de saber das outras pessoas, das outras coisas, do resto? Acho que isso todo mundo sabe, quer dizer, eu acho que sim. A gente busca algo que nos faça bem. Embora haja risco, mas quem liga? Parece uma doença, mas eu não sei o nome e nem me importo em estar doente. Eu te amo tanto, que, se fosse possível, iria para o inferno por sua causa. Porque, embora eu tenha uma certa dificuldade em me expressar, quando escrevo, eu sei que no fundo é pra você é tudo pra você. Mesmo que você não entenda um terço do que está escrito. Samantha, sem mais de você em mim, do que de mim mesmo.

Você chegou tão perto de me fazer acreditar que, o que eu sentia era o melhor sentimento de todos que já havia sentido. Você veio assim, sem intenções e eu sem pretextos de que um dia te queria. Por isso deixei você entrar e ficar o tempo que quisesse, mas você me bagunçou, me inundou. Eu não me importei, contanto que fosse sempre só eu e você. Juntos, enfim. Feliz assim. Somos um caso perdido, até quem não nos conhece sabe.

Nós somos sem futuro. E eu não me importo em não saber o que fazer amanhã, se você estiver ao meu lado. Porque é sempre assim, ninguém nunca botou fé na gente. Sempre falaram da nossa implicância e disso ou daquilo, mas fé, fé de verdade, ninguém botou. Mas minha mãe botou, sua mãe também, e até seu pai colocou. Foi aí que eu vi que nós podemos ter um futuro. Se até seu pai colocou fé em nós dois, quem são os outros para duvidar?"

(***)

- Você lembra de quando nós brigamos depois de transar? – ri lembrando da cena de alguns meses atrás.

- Como eu posso esquecer do dia em que você praticamente se declarou pra mim? – ela deu de ombros convencida de que aquilo teria sido a minha declaração.

E eu ri. Ri porquê ela não sabe o que vem mais pra frente. Ela ainda não viu a minha verdadeira declaração, e está mais perto do que ela imagina.