PART 4 - THE RIGHT GUY, SKY? (EM REVISÃO)

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 Eu fiquei parado sem reação, nem dei tchau ao Bruno. Quando dei por mim ele já estava saindo do banheiro. Nunca havia parado pra pensar que o Bruno ficava com homens, pelo contrário, ele matinha a pose de machão, ficava com várias garotas da escola e até um tempo atrás namorava a sonsa da Raquel. Por um momento me passou pela cabeça que ele estivesse apenas brincando comigo —  era bem a cara dele fazer esse tipo de coisa — Por outro lado, algo em mim desejou que fosse verdade e pra saber isso só se eu tentasse.

 Voltei pra sala e durante todas as aulas eu não parava de pensar no que tinha acontecido no banheiro. A dúvida permanecia na minha mente, então decidi que assim que chegasse em casa iria ligar pro Bruno. As aulas foram passando devagar, até que chegou a tão sonhada hora de ir embora. O meu pai como sempre se atrasou e tive que ficar alguns minutos a mais na frente da escola enquanto o esperava.

— Oi filho. O Erick não vai com a gente hoje?

— Não. Ele ficou de resolver umas coisas na secretaria. — não sei nem porque menti pro papai, mas as palavras saíram automaticamente da minha boca.

— Podemos esperá-lo. O que acha?

— Não, realmente não precisa. Vamos. 

                         

 Quando cheguei em casa corri pro meu quarto, o tranquei e fui ligar pra o Bruno. Chamou umas três vezes até que...

— Sabia que você iria ligar, só não imaginei que fosse tão rápido assim. — disse ele convencidamente.

 As minhas mãos começaram a tremer enquanto eu segurava o telefone. Fiquei nervoso e sem saber o que dizer.

—  Ainda tá aí? Sky? — diz Bruno quebrando o silêncio.

—  Oi. Estou. Como sabia que era eu?

— Não ando dando meu número pra muitas pessoas.

— Ah, entendo. — não conseguia pensar direito.

— Só vai dizer isso? Achei que fosse falar dos meus braços, algo do tipo. — disse ele convecidamente.

— É que...

— Você quer?

— Eu não sei. Você não está mesmo brincando comigo? — ele começou a rir desesperadamente.— Você é sempre desconfiado assim? Já sei, é virgem né?

— Não, não é isso. — mais uma vez eu estava mentindo. Eu não fazia a menor noção de como era transar com um cara. Isso o Erick não me ensinou. Quando eu ficava com os caras e o clima esquentava eu sempre fugia, tinha medo de que meu pai descobrisse ou algo do tipo.

— Então não vai ter nenhum problema você vir para minha casa hoje a tarde, né?

— Continua morando no mesmo lugar? — onde eu estava arrumando aquela coragem. Meu Deus.

—  Sim, ás 15h00. Pode ser?

— Marcado.

 Assim que desliguei foi que percebi que havia acabado de marcar a minha primeira transa. Várias coisas começaram a passar na minha cabeça, como o fato de que se eu falasse a verdade ele iria achar estranho um gay ainda ser virgem aos 17. Se ele iria ser carinhoso ou pegar pesado comigo. Além de que estava acontecendo tudo tão rápido. Era estranho. Pensei tanto que quando percebi só faltavam 20 minutos para o horário em que marcamos. Ele morava um pouco longe, então fui correndo tomar um banho e fazer uma breve depilação, afinal não queria me atrasar.


 O Bruno morava em frente a praia, o prédio dele era um dos mais altos da cidade. Entrei no elevador e fui pra o último andar, onde ficava o terraço, precisava pensar se realmente era aquilo que eu queria. —  Sempre me imaginei transando com um cara que eu gostasse, diferente dos outros gays que já conheci. Ficava com todo um filme criado na minha cabeça imaginando que seria tudo perfeito. Mas e senão fosse? e se tudo desse errado? se ele só estivesse brincando comigo? Na minha vida tudo se resume a esse e "se", estou cansado disso.

— Achei que não iria vir mais.  — fez sinal para que eu entrasse.
— É que me atrasei. Você também mora um pouco longe né.
— Pois é. Quer tomar alguma coisa, água ou wisky?
— Não, eu não bebo. Obrigado! — percebi que aquilo soava muito engraçado naquele momento.
— Claro que não — ironizou — Então, vamos pro quarto?
— Já? assim? — falei meio constrangido.
— Não, não é pra isso já. Só que é melhor conversarmos lá. Meus pais chegam daqui há pouco.
— Mas eles não vão perguntar quem estar com você? — ele pareceu notar o meu medo.
— Relaxa. Vem? — estendeu a sua mão para mim. 

 Aquela era a hora. Se eu segurasse a mão dele estaria dando a certeza de que iria fazer aquilo. Decidi não pensar muito, poderia acabar desistindo, então segurei em sua mão e seguimos até o quarto. O quarto dele era equivalente a duas salas da minha casa. A cama grande, macia, não teria lugar melhor pra fazer aquilo. Sentamos e começamos a conversar sobre o que iriamos cursar na faculdade, lugares em que desejávamos visitar. Contou como foi sua ida a New York, quando eu disse que meu sonho seria morar lá e fazer faculdade de moda. Conversamos tanto que notei que o Sol já estava desaparecendo. Enquanto eu olhava pela janela senti os seus braços em volta do meu corpo, suas mãos desciam pelas minhas pernas em movimentos de vai e vem, até que ele me vira e choca o meu corpo ao dele, fazendo assim com que nos beijássemos. Os beijos dele eram tão intensos, o seu toque me deixava sem ar. Ele agarrava o meu cabelo, levando a minha cabeça ao encontro do pau dele, fazendo movimentos de vai e vem. Tirou as minhas roupas e me deixou só de cueca.

— Você tem certeza? — disse enquanto alisava o meu rosto.

— Sim.

Nos beijamos intensamente até que sinto ele por inteiro dentro de mim. 

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora