PART 8 - THE FORTUNE TELLER

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 Algumas semanas haviam passado, agora estavámos na ultima semana de aula, o que quer dizer que falta bem pouco para o baile. Aceitei o pedido do Bruno, enquanto o Erick ficava cada vez mais distante. Com toda movimentação do meu namoro acabei esquecendo a resposta do curso de moda em NY. Preferi deixar as coisas finalmente rolarem.

 
 Enquanto estava pensando nas ultimas coisas que estavam acontecendo notei que havia uma movimentação na pracinha em frente ao prédio, então fui até lá ver o que estava acontecendo. Quando cheguei, uma cigana estava atendendo algumas pessoas, todas elas crentes de que o que ela falava era a mais pura verdade. Eu nem acredito nisso, não sei nem porque estou aqui ainda. Assim que dei as costas, a cigana alta e de cabelos longos diz: 

  — Não acreditas, não é?
  — Desculpa, mas não. Acho tudo isso a mais pura bobeira. —  desabafo. 
  — Entendo, muita gente realmente não acredita. Mas te proponho uma coisa, se eu ler a sua mão e acertar as coisas você promete voltar aqui e me dizer como foi? — ela dizia enquanto embaralhava cartas.
  — Acho melhor não. Não tenho dinheiro também pra pagá-la.
  — Não, eu quem propus, não precisa pagar. E aí, você topa?
  — Ah, se é assim ok.

Me sentei em frente à ela e uma pequena mesa ficava entre nós. Mesmo não acreditando eu tenho que admitir que fiquei bastante curioso com a insistência dela.
 
  — Então, pelo que vejo aqui coisas boas estão acontecendo na sua vida. Você realmente está feliz e parando de reclamar tanto como antes. Nada acontecia, né? —  diz ela rindo.
  — Sim. 
  — O que vou te dizer é bastante clichê, mas o amor da sua vida está mais perto de você do que você imagina. É bom você perceber isso logo ou vai acabar indo sem amor.
  — Indo? Mas indo pra onde? E quem é esse amor? Já que começou termine. — fiquei nervoso e com medo de não saber lidar com aquilo.
  — Isso eu não posso dizer. Eu não posso mudar o destino, só posso te ajudar a encontrar o caminho certo. E como você já sabe, se eu estiver certa volte aqui, tá?
  — Tudo bem. Eu prometo voltar caso aconteça mesmo. Obrigado. — sorri pra ela e fui pra casa.

   Passei o resto do dia pensando em quem poderia ser, mas ela havia comentado de que coisas boas estão acontecendo, então isso é referente ao Bruno, só pode ser ele, ele tem sido maravilhoso, não existe outro cara na minha vida. Senti o meu celular vibrar, era um SMS dele.

    Eu te amo.  - B

Realmente, era ele o cara. Ficamos conversando por várias horas no telefone e em meio aos nossos assuntos ele perguntou se não podia conhecer meus pais hoje. 

   — Olha, eu não sei. Me pegou de surpresa, mas teremos que dizer de qualquer forma a eles não é? Então será hoje, farei algo pra jantarmos e você vem.
  — Claro. Se seu pai não me matar antes da refeição eu comerei. Tem alguma coisa que seus pais gostem?
  — Meu pai adora vinho e minha mãe chocolate, se quiser agradá-los.
  — Então fechou. Levarei o que eles adoram pra roubar deles o que eles amam.
  — O que? — perguntei já sabendo a resposta.
  — Você. Posso te roubar pra mim? — fiquei um tempo em silêncio, novamente havia pensado no que a cigana tinha me dito. E não me restou dúvidas.

 —  Pode. Hoje irei ser oficialmente seu.

 —  E não era meu antes? — ele sorriu, que risada gostosa.

 —  Você entendeu, idiota. Agora eu tenho que desligar, vou ao mercado comprar as coisas pro jantar, tá?

— Tá bom. Te amo.

— Eu também.

  Arrumei o meu quarto caso tudo desse certo e a noite o Bruno sobrevivesse ao meu pai e pudesse ficar mais um pouco depois do jantar. Enquanto jogava algumas coisas foras, vi uma foto minha e do Erick, ainda pequenos no parque. Como eu sentia falta dele. Era tanta saudade que resolvi ligar pra ele.

   — Alô? Erick?
   — Oi.
   — Ainda tá bravo?
   — De boa.
   — Ainda está. Mas mesmo assim você ainda é meu amigo e queria dividir minha alegria. Você não sabe o que aconteceu.
  — Vou saber agora. — ironizou ele. 
  — Sim, o Bruno me pediu em namoro, isso você já sabe, ai ele vem conhecer meu pais hoje...
 
  Ele nem deixou com que eu terminasse. A voz dele se alterou e ao invés de falar pouco e friamente começou a ser grosso ao ponto de que nem entendi o que ele estava dizendo, por fim ele perguntou se eu estava feliz. 
 
  — Óbvio. Ele é um cara legal. Não vejo porque não estar. Não entendo toda essa sua implicância com ele.  
  — Você não pode fazer isso, continuar namorando com esse cara. Muda de idéia, sei lá. Desmarca esse jantar e vem me ver que te explico tudo.
   — O que é tão importante pra eu precisar desmarcar? Me diz agora, sabe que odeio ficar curioso.
   — Só não faz isso, confia em mim. Eu te amo. 
   — Eu sei, você é meu amigo e quer o meu bem.
   — Não dessa forma. —  ele parecia estar mais calmo.
   — De que forma? Calma aí, o meu pai tá me chamando, depois eu ligo pra você tá. Me deseje sorte hoje à noite.



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𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora