PART 25 - A DAY OF PEACE

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Ainda nos braços de Erick, sentindo a paz que é estar com ele, alguém insistia em ligá-lo. Ao pegar o telefone em seu bolso e certificasse de quem estava acabando com o nosso pequeno momento de paz ele ficou extremamente nervoso.

— Não vai atender? — soltei, acabando com o silêncio que ali estava.
— Agora não. Não é importante. Vamos esquecer o resto do mundo só hoje. Pode ser?
— Acho meio difícil. Estou cheio de coisas pra resolver da minha viagem. — disse eu me desvinculando dos braços de Erick.
— Faz assim, se você aceitar passar o dia comigo hoje, prometo que resolveremos tudo amanhã.
— Tentadora essa sua proposta, mas passar o dia inteiro dentro de casa não dá né.

 Provavelmente ficar um dia inteiro aninhado a alguém que te faz tão bem seja um programa maravilhoso, mesmo que resuma-se a só deitar e ver inúmeros filmes. No entanto, por conta do meu signo ou pela preguiça que em mim abita deixei pra resolver tudo da viagem em cima de hora e não poderia mais adiar. 

— E quem foi que disse que ficaremos em casa, mocinho? — disse ele ao levantar-se da minha cama e ir até o meu guarda-roupa. — Vai, veste tua roupa de banho. Vou te levar a um lugar que irá adorar.
— Roupa de banho? Não vai me levar na praia, né? Sabe que odeio ficar em lugar cheio.
— Relaxa. Não é praia, mas também não vou dizer.
— Não sei. Ainda acho melhor ir resolver as coisas, Erick.
— Então ta. Você que sabe se vai preferir ficar andando pelo centro nesse sol escaldante sozinho ou ir aproveitar ao meu lado. — Merda. Ele sempre consegue tudo o que quer.

 Ao dar um longo beijo em Erick, pois segundo ele só assim iria dizer onde iríamos, ele me confessa que o lugar era o parque aquático que tanto íamos quando éramos pequenos. Não tinha lugar melhor pra que ele pudesse me levar. Além de calmo, me remetia lembranças maravilhosas. Claro que hoje já não estava nas suas melhores condições, já que os sócios foram deixando de ir após novos parques surgirem na cidade.

                                                                                ☆☆☆

  Ao chegarmos um senhor ocupava uma cadeira de madeira ao lado do enorme portão e logo o mesmo liberou a nossa entrada. Havia no máximo seis pessoas além de nós. Sem pestanejar Erick tirou o seu short e ficando apenas de sunga jogou-se na piscina. Que corpo maravilhoso.

—  Você não vem? A água está uma delicia. — disse ele ao submergir na água e sem nem respondê-lo pulei e fui de encontro a Erick. A água estava uma delicia e Erick prefiro nem comentar. Tudo o que eu precisava.
— Olha, você está precisando emagrecer viu? Assim que você pulou quase toda água saiu da piscina. — falei enquanto passava uma das minhas mãos pelo seu abdômen maravilhoso.
— Estou tão gordo que você não para de olhar pra minha barriga, né? —   convencido.
— É que gosto dos gordinhos. — disse eu tirando uma gargalhada alta dele, o que fez com que as poucas pessoas ali nos olhasse.

 A tarde inteira foi repleta de risos e corridas pra ver quem chegava mais rápido a outra extremidade da piscina e ele sempre ganhava. Tudo foi tão bom que nem percebemos as horas passarem e o sol já estava indo embora quando decidimos ir embora. —Passando pelo mesmo portão no qual usamos pra entrar umas três crianças brincavam e fiquei pensando em como eu desejava ainda ser uma delas.

— O que foi? Não gostou de hoje? — disse Erick, trazendo-me de volta a realidade.
— Não. — disse eu brincando com uma cara de bravo, deixando ele preocupado.
— Fiz algo que não gostou?
— Estou brincando. Eu só estava pensando um pouco.
— Posso saber o que se passa nessa cabecinha?
— Só que tipo, é incrível quando criança nada parece nos preocupar, apenas que brinquedo vamos ganhar no natal ou quantos ovos da Páscoa iremos receber. Quando a gente cresce tudo muda, tudo nos preocupa, parecemos carregar o peso do mundo nas nossas costas. Entende?
— Claro que sim, mas olha — Erick pegou em uma das minha mãos — Se as coisas do teu mundo estiverem muito difíceis eu as carrego com você pra que não fique tão pesado, tudo bem?
— Obrigado. Por tudo e por hoje. Você é simplesmente maravilhoso.
— Ainda não me agradeça. O nosso dia ainda não acabou, temos mais um lugar pra ir.
— Mais um? Meu Deus, não podemos nem ir em casa tomar um digno banho? — ele apenas fez que não com a cabeça e seguimos pra onde ele desejava me levar.

 O segundo lugar era o Pier. Não havia mais sinal do sol, só restava as poucas estrelas no céu e a lua que estava quase tomada por nuvens.

— Porque aqui, Erick?
— É um lugar importante pra mim. — disse friamente e voltou a olhar pro mar agitado daquela noite.
— Porque é importante? Posso saber? — disse eu encostando minha cabeça em seu ombro.
—  Foi aqui que percebi meus verdadeiros sentimentos por você. Depois daquele beijo eu não paro de pensar em você. Eu não consigo mais ficar sem te ter, Sky.
— Mas... — ele não deixou com que eu terminasse e me deu um beijo feroz, daquele jeito que só ele sabe fazer.
— Eu te amo, Sky. — disse ele entre um beijo e outro.

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora