PART 23 - B IS A MONSTER

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— Você tá bem? — disse eu enquanto adentrava o quarto. A mãe dele também estava lá.

— Oi. Estou bem melhor. Imaginei que viria.

— Não fez isso só pra chamar minha atenção, né? — percebi que sua mãe me olhava com cara de poucos amigos. 


 Bruno estava com aparência pálida, mesmo que dissesse que estava melhor, ele parecia péssimo. Nem parecia aquele cara todo cheio de vida que conheci, até mesmo seus tão maravilhosos músculos estavam menores. Desde que cheguei ele não para de me olhar, e tenho que confessar que esse olhar penetrante dele ainda mexe comigo. —  Após ficarmos demorados cinco minutos em silêncio, ele fez sinal para que sua mãe saísse e ficamos sozinho no quarto. 

— Podemos conversar sobre a gente? — disse ele pegando uma das minhas mãos, sem tirar o olho de mim. 
— Meio que não temos muito o que conversar. Você me traiu, e não se engane que a minha visita queira dizer que te perdoei. 
— Então porque veio aqui? — antes mesmo que eu respondesse ele continua a dizer. — Porque me ama, certo?

— Errado. Vim até aqui porque me importo com seu bem estar, mesmo que você tenha sido um completo idiota. 

— Não acredito. Você veio até aqui porque me ama. Eu não posso ter feito todo esse teatro em vão.

— Como assim esse teatro? Você fez tudo isso só pra me trazer até você? — ele apenas fez que sim com a cabeça. — Não posso acreditar. Você ficou louco? Todo mundo ficou preocupado com você. Envolver sua saúde pra chamar minha atenção. Isso é coisa de psicopata. 

— Eu fiz isso porque te amo.

—  Me ama? Ótima piada. — disse eu entre risos.
— Claro que sim. Aquilo foi um erro. Prometo que não vai mais acontecer. — ele falava como se fosse uma criança pedindo desculpas a mãe por algo que fez de errado. como quebrar um vaso em que ela mais gostasse. Esquecendo ele que estávamos lidando com confiança, que quando quebrada nada fará voltar a ser igual.

— Eu não te amo mais. E só vim aqui pra te ver mesmo, já estou indo embora. — disse eu me levantando da poltrona. 


 Quando virei-me pra pegar o meu celular sinto Bruno me agarrar por trás. Ele passou suas mãos pelas minhas intimidades e balbuciava coisas em meu ouvido que não consegui entender. Bruno estava tentando rasgar a minha blusa. Jogou-me na parede e tentava enfiar a sua língua em minha boca. Ele estava tentando me estuprar.  Comecei a me desesperar por não conseguir tirá-lo de perto de mim. Ninguém ouvia os meus gritos de socorro e achei que ele conseguiria rasgar a minha roupa, até que chutei o seu membro fazendo com que ele caísse. 


— Você ainda será meu. Irá se arrepender por ter me negado. — gritou ele. 

— Só pode ter ficado louco. Nunca mais encosta essas suas mãos nojentas em mim. Eu te odeio e dá próxima vez que quiser chamar minha atenção não tenta só se matar, termina o serviço. Vai fazer um favor pra sociedade. 


 Saí do quarto me batendo em algumas pessoas que estavam passando pelo corredor. Corri pra o elevador e uma senhora estava la dentro. Perguntou-me o que havia acontecido, alegando que eu tinha visto um fantasma já que eu estava extremamente pálido. A respondi que estava bem e me direcionei pra saída. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Erick. 

  "Você estava certo - S"

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora