PART 7 - THE NEW TEACHER

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—  Eu não sei, isso tudo é muito novo pra você. Tem certeza se é isso mesmo que você quer? Encarar todo mundo não vai ser fácil. — falei enquanto ele ainda estava ajoelhado e segurando a minha mão.

— É claro que tenho certeza. Não estaria pedindo se não fosse sério. Não tenho medo de enfrentar a sua família, nem as pessoas do colégio. Você quer?

— Desculpa, Bruno — me soltei da sua mão enquanto ele assustado levantou-se — Mas é que eu não estou preparado. Posso pensar?

 Antes mesmo dele me responder um dos nossos colegas veio chamá-lo pra avisar que estavam chamando ele na direção, Provavelmente pra explicar o porque da briga entre ele e o Erick.
 

— Eu preciso ir lá agora. Podemos nos ver hoje a tarde pra conversar?

— Claro, vai lá — ele me deu um selinho e saiu do banheiro.

  Não sei se estava disposto a tentar alguma coisa com o Bruno. Ele estava subindo ao meu conceito nos últimos dias, me mostrando um lado que eu não conhecia e que pra ser sincero está me agradando muito. Tenho essa mania de desconfiar de tudo e não está sendo diferente com ele, tudo isso acontecendo tão rápido só me faz duvidar cada vez mais. Claro que quero alguém pra namorar, passar o tempo junto, alguém que realmente esteja disposto a fazer as coisas por mim como ele diz estar, mas isso não é só assim, preciso de mais tempo pra perceber se é realmente isso que ele quer. 

 Quando voltei pra aula o novo professor de Geografia estava se apresentando. —  Ele estava no lugar da professora Ana, que tirou licença maternidade. — Ele era um gato, ela com toda certeza pode nunca mais voltar.

— Então pessoal, bom dia. O meu nome é Júlio, vou ensinar Geografia pra vocês enquanto a minha colega Ana descansa. Alguma dúvida?

—  Você é casado? — Ouvi uma voz vinda lá do fundo gritar isso, e advinha só quem era? Ela mesma, Raquel mostrando o quanto é uma vadia.

— Sim, sou casado — que sorriso lindo, meu Deus.

  O resto da aula foi ele conhecendo todos os alunos, perguntando nome, o que queriam cursar. Até ajudou alguns que estavam em dúvida até que infelizmente o sinal tocou. Eu passaria horas ali vendo aquele cara falar, sério. Acordei do meu devaneio com mensagens do Bruno — várias mensagens inclusive. 

    Estou no portão te esperando, não vem?
    Cadê você?
    Sky?

 Arrumei minhas coisas pra ir ao encontro do Bruno, quando acabei percebi que não havia mais ninguém na sala, só eu e o professor. Fui de encontro a mesa dele e dei um breve aperto de mão e sair da sala.

— Você demorou. Porque? — perguntou o Bruno desconfiado.

— Calma aí, ainda nem aceitei namorar e já tá assim? —  ri enquanto ele pegava a minha mochila e colocava em suas costas.

— É que sei que você já é meu.

— Temos que trabalhar mais isso, você é muito convencido — o beijei em seguida.

— Se em cada vez que eu falar essas coisas ganhar beijo vou querer falar mais hein.

— Não se acostuma, mocinho. Agora tenho que ir pro ponto de ônibus, o meu pai não vai poder vir me buscar hoje — dei um breve beijo nele e segui para o ponto de ônibus. 

 Passei pela lanchonete em frente à escola e lembrei que eu e o Erick adoravamos ir ali. Senti saudades daquela época. De onde eu estava dava pra ver o meu ônibus partindo. Tentei correr atrás mas não adiantou.

 Como eu iria embora agora? Minha casa é tão longe da escola. Droga.

— Oi, Sky. — era a mãe do Erick — Entra aí, te dou uma carona.

MINHA SALVAÇÃO.

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora