PART 26 - +18

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     "Não tem nada de errado em ser quem você é."

 A luz da lua iluminava o rosto branco e liso de Erick, o deixando ainda mais lindo do que é. Sua barba por fazer o deixava tão sexy que a minha vontade era ficar ali durante toda a noite. Mas infelizmente já estava ficando tarde e teríamos de ir embora.

— Precisamos ir embora, já faz algumas horas que estamos aqui.  — disse eu olhando pra os olhos lindos de Erick.
— Verdade. O tempo passou rápido demais, nem percebi. – disse Erick ao se levantar do lugar que ocupávamos.
— Realmente esquecemos do mundo. Na verdade acho que tenho esse dom, de te causar isso. — falei convencidamente.

 Erick apenas sorriu e fomos a caminho de um ponto de ônibus que havia ali perto. Estávamos andando lado a lado, tão perto um do outro que senti minha mão tocar a dele. Mesmo após termos contato através de beijos era inevitável não sentir aquele choque ao sentir nossa pele se tocar. A sensação era de reconhecimento. Na noite em que transamos, por exemplo, nós já havíamos ficado pelados um na frente do outro inúmeras vezes, mas ali era como se estivesse nos conhecendo de novo, algo novo. Agora estava acontecendo o mesmo ao sentir cada toque de Erick, é como se ele estivesse me tocando a primeira vez, conhecendo o território, os meus limites e eu os dele. Eu não sei bem o que estava acontecendo, mas era extremamente estranho.
Assim como eu, ele também havia feito um gesto que pareceu sentir-se desconfortável com a situação.

— É estranho, não é? – perguntou eu, acabando com aquele clima.
— Na verdade não. Por mim eu ficaria de mãos dadas com você agora mesmo. Fiz essa cara porque você não iria gostar, sei que nem com o Bruno fazia isso. – ele tinha mesmo que citar o nome daquele lixo?
— Sei lá. Mesmo que meus pais saibam, eu ainda tenho medo do julgamento das pessoas, do mal que elas podem me fazer. Muitas pessoas morrem por conta da homofobia no nosso país. — entravamos no ônibus que havia acabado de chegar — E você não tinha que citar o nome daquele estrume, acabou com clima.
— Não precisa ter medo. O Erickzão aqui te protege de tudo. — Erick sorria feito um bobo, certo de que era um herói.
— Você é um completo idiota. Sabia?
— Sei que você ama esse idiota. Mas falando sério, que graça tem viver com medo? Não tem sentido você se assumir pra que não possa viver da forma que você quer. Não tenha medo, Sky. Vem me dá a mão, rápido. — segurei a mão de Erick enquanto passávamos pela catraca do ônibus. Algumas pessoas nos olhavam torto, outras pareceram não se importar. Mas eu também não estava me importando, segurar a mão de Erick estava me encorajando.

 O ônibus estava um pouco cheio e fomos de encontro ao fundo do mesmo, já que os únicos lugares vagos eram lá. Não demorou muito pra que a paz se esvaísse e Erick já estava fazendo birra.

— Isso é sério? Depois de hoje, você tem a coragem de sentar do lado da janela. Sabe que é meu lado favorito. — ele ficava tão lindo bravo.
— Você sabe que esse é o lado que gosto também. —  falei, dando de ombros. A verdade é que dessa vez eu não estava me importando onde sentar, com tanto que estivesse do lado dele. Me sinto ridículo por isso.

 Erick ficou calado durante uns dez minutos. Ele realmente estava bravo, tínhamos essa mania de querer o mesmo lado em tudo. Desde a cama, a janela do carro. —  Não queria mais ficar naquele clima, ele foi tão maravilhoso hoje.

— Vem, coisa chata. Pode ficar aqui. – disse eu me levantando dando lugar pra Erick.
— Obrigado. Sabia que não iria resistir a esse rostinho.
— Fica quieto antes que eu mude de idéia.

 Deitei minha cabeça em seu ombro enquanto dividíamos um fone e seguimos rumo a minha casa. Tocava "Lust For Life", sem que percebêssemos algumas partes da letra saíam da nossa boca. Não demorou muito para que chegássemos. Os meus pais não estavam em casa. Deixaram um bilhete que dizia que tinham ido jantar fora, e que tinha comida pra mim na geladeira. Que sorte a minha, eu estava mesmo morrendo de fome.

— Você não vai comer? — disse eu de boca cheia.
— Não estou com fome. Minha única vontade agora é tomar um banho. Posso?
— Não sei nem porque você ainda pergunta. Já faz anos que você é de casa.

 Erick veio com todo aquele papo de que era uma pessoa educada e que por isso sempre perguntava o que podia ou não na casa dos outros e seguiu para o banho. Continuei na cozinha devorando uma torta de frango que a minha mãe havia feito. Após finalizar minha refeição, lavei os poucos pratos que ali estavam e por fim subi para o meu quarto, almejando um banho. —Assim que entro me deparo com aquele homem deitado de bruços, apenas de cueca boxer preta. Se aquela não era a visão do paraíso eu não sei qual é. Com toda certeza ele havia feito aquilo pra me provocar, então resolvi entrar em seu jogo de sedação.

— Já vai dormir, Erick? — entrei no banheiro, deixando a porta aberta.
— Estou muito cansado. — a voz dele saiu embargada.
— Tudo bem então né. Fica pra próxima. — falei fechando o box, mas com a porta do banheiro ainda aberta. A minha cama ficava de frente pra porta, o que propositalmente faria com que Erick me observasse tomar banho, e foi o que ele fez.
— O que fica pra próxima? Quer sair?— que ingênuo, tadinho.
— Não. É que queria te agradecer por hoje.
— Mas você já agradeceu. — garoto lerdo. Tenho que ser mais direto.
— Eu quero transar, Erick. Porra lerdo.

 Um silêncio foi tomado por todo cômodo, só se ouvia o barulho da água caindo do chuveiro, mas nenhuma resposta de Erick. Isso durou por três minutos, já havia achado que ele tinha dormido. Eu iria matá-lo. Até que ouço a porta do box se abrir e ele entra completamente nu, já com seu membro duro feito pedra.

— Ai que susto! Você quer me matar?
— Vim te mostrar o lerdo, ue. Vamos começar os agradecimentos. — disse ele puxando minha cabeça para baixo, fazendo com que eu ficasse ajoelhado com meu rosto colado em seu membro. — Chupa. — ordenou ele.

 Eu estava louco por aquilo e abocanhei tudo de uma só vez. Já sentindo seu pau no fundo da minha garganta o peguei com a mão e comecei a "punheta-lo" lentamente. Erick gemia alto, sua respiração estava ofegante. Vê-lo daquele jeito enchia-me de tesão.

— Já virou nosso lugar favorito o banheiro. Percebeu? — disse ele me puxando pra cima, me dando um beijo feroz. E eu até responderia a pergunta dele se a sua língua não estivesse por toda a minha boca. Que beijo maravilhoso. Ficamos nos beijando durante um tempo até que eu não aguentava mais esperar pra sentir aquele homem em mim.

— Me fode! – desabafei pausadamente.
— Não vou conseguir pegar leve hoje. Estou louco pra te fuder. Desculpa.
— Relaxa. Eu aguento. Faz como quiser, mas faz logo, não aguento mais esperar.

 E foi isso o que ele fez. Erick empurrou meu corpo molhado na parede gelada do banheiro e desceu suas mãos por toda as minhas costas, até chegar no meu ânus e adentrar um dedo em mim. Gemi com aquilo. Começou com pequenos chupões ao redor do meu pescoço e ficou assim até que sinto o seu pau me adentrar. Doeu um pouco, mas logo aquela dor foi ficando incrivelmente prazerosa e Erick estocava cada vez mais rápido.

— Rebola pro teu macho, vai. — dizia ele em meio a todos aqueles palavrões que eu amava tanto ouvir na hora do sexo.

 Agradecia mentalmente a saída dos meus pais, mas ao mesmo tempo ficava preocupado pelos meus vizinhos que poderiam estar ouvindo os meus gemidos que saíam mais parecidos com gritos. Já estávamos assim durante um tempo, até que sinto-me vazio, era Erick tirando o seu pau de dentro de mim.

— Vem. Quero gozar na tua cara. — disse ele com aquela cara de safado me deixando extremamente louco.

 Bom, eu sempre achei nojento quando via esse ato nos filmes. Mas ali era Erick, o suposto cara que eu deveria está me apaixonando. Apenas ajoelhei-me a sua frente e senti o teu esperma por todo o meu rosto. Eu gozei sem nem mesmo me tocar. Bruno nunca foi capaz de fazer isso. 

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora