PART 5 - I THINK SOMEONE WANTS MORE THAN FRIENDSHIP (EM REVISÃO)

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 Diferente de como pensei foi tudo maravilhoso. Ele não foi egoísta e fez questão de me dar prazer também. Manuseava o meu corpo como se estivesse segurando uma criança com toda delicadeza do mundo. Confesso que quando ele adentrou o seu pau em mim senti umas dores que me incomodaram, mas ao longo dos movimentos de vai e vem a dor foi ficando suportável e prazerosa. Até que ele gozou.

— Gostou? — disse ele me abraçando por trás.

— Que brocha perguntar isso, cara. — ri desesperadamente.

— Eu sei que não é normal perguntar, é que... deixa pra lá, desculpa. — tirou seus braços do meu corpo e sentou-se na cama.

— Mas... — ele se virou pra mim — eu gostei muito.

— Isso quer dizer que...

— Sim, terá próxima — não deixei com que ele terminasse de falar e o beijei. Durante o beijo senti algo vibrar na cama, era o meu celular.

— Onde você está, Sky? — gritou o meu pai.

— Estou no Erick, já estou indo.

— Mentira sua, o Erick acabou de vir aqui atrás de você. Venha agora, te dou meia hora.

Nem deu tempo de que eu tentasse inventar outra mentira, o meu pai já havia desligado.

— Eu preciso ir embora agora, o meu pai vai me matar.
— Calma, eu te levo. Pode ser? —  ofereceu ele. 
— Tá bom, mas tem que ser agora.
— Tá, deixa eu só vestir um short.

Eu vesti minha roupa em um tempo recorde, saí do quarto sem nem pensar que os pais dele poderiam estar na sala. Pegamos o elevador e fomos direto para o estacionamento, entramos no carro e fomos a caminho da minha casa. Só naquele tempo parei pra pensar no Erick e no que ele teria ido fazer na minha casa, não tínhamos marcado nada da escola ou algo do tipo. Chegamos no prédio, eu já ia saindo do carro sem nem dar tchau ao Bruno.

— Obrigado né — ironizou.

  Dei um selinho nele e saí. Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto. O meu pai tinha saído, iria aproveitar o tempo pra inventar alguma coisa. Assim que entro me deparo com o Erick sentado na minha cama.

— Oi. — disse ele.

— Oi. Achei que já estivesse ido embora.

— Decidi esperar. Seu pai saiu pra buscar a sua mãe e me deixou ficar. Onde você estava?

Sempre me abri com o Erick, tudo que acontecia na minha vida eu contava a ele. Mas aquilo não me pareceu certo. Primeiro pelo Bruno não ser assumido, e segundo o Erick o odiava, então fiquei meio receoso de contar, mas ele é meu amigo precisava saber do que tinha acontecido.

— Estava com o Bruno. 
— Como assim com o Bruno? — ele levantou depressa e veio na minha direção.
— Sim, com o Bruno. Algum problema? 
— Não, nenhum. O que aconteceu entre vocês?
— Nós transamos. — fui curto e grosso.
— Tá brincando, né? Você falando isso na maior tranquilidade?
— Não estou brincando, sério.
— E cadê aquele papo de que só iria perder a porra da virgindade com alguém que gostasse?
— Dá pra você se acalmar, eu não estou te entendendo. Só é uma virgindade, já foi.
— Eu preciso ir embora, depois a gente se fala.
— Porque isso? — ele nem me respondeu, saiu do quarto e eu não fiz a menor questão de ir atrás.

Não entendia o porque do Erick estar daquele jeito. Sempre entendi a mania dele de me defender em tudo — até achava muito fofo —  mas aquilo me parecia outra coisa, e se chamava ciúmes. Primeiro que ele não tinha motivos, mas o entendo, ele deve achar que vou trocá-lo pelo Bruno. Depois ligo pra ele, preciso de um banho.

 Assim que voltei do banho, notei que tinha algumas chamadas do Bruno. Retornei.

— Me ligou?
— Sim. O seu pai brigou com você?
— Ainda não conversamos. Mas vou dizer a verdade.
— Que transamos? — disse ele rindo.
— Não né, idiota. Vou dizer que estou conhecendo alguém, que tenho 17 anos e isso uma hora iria acontecer.
— Pois é, chega de viver com medo do seu pai.
— Tenho que desligar agora, vou ligar pro Erick tá?
— Tudo bem. Boa noite, tente não sonhar comigo hein.
— Convencido.

Liguei algumas vezes e nada do Erick atender. Decidi dormir, assim com a chegada do meu pai ele não iria me acordar e conversaríamos só no dia seguinte quando eu chegasse da escola.

                                                                                 🌸🌸🌸

 Como de costume o despertador tocou vinte minutos antes. Me arrumei rápido e comi uma maça enquanto esperava o meu pai descer.

— Vamos logo. Não vá pensando que não iremos conversar quando voltar, tá?
— Tá. — foi a única coisa que consegui dizer.

 Cheguei na aula e a bolsa do Erick estava, mas ele não. Presumi que ele já estivesse ido pra aula de Educação Física, então fui para quadra. Os meninos estavam jogando basquete e notei que o Erick parecia estressado, empurrando os meninos com força, até que empurrou o Bruno.

— Tá nervosinho é, Erick? — perguntou o Bruno.
— Foi mal aí.
— Já até acho o que foi. Deve estar sabendo o que rolou entre mim e o Sky.
— Cala a boca, cara. Alguém pode te ouvir. — pede Erick. 
— E daí? Acho que isso só está incomodando você.

As coisas iriam esquentar.

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora