PART 14 - HE IS HOT

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— Olha, não sei porque você tá fugindo de mim, mas a sua mãe veio aqui e tá preocupada com você, liga pra ela. E obrigado por mentir pra mim.
 
  Essa foi um das milhares mensagens que deixei na caixa postal do Erick. Estava tão triste por ele ter mentido pra mim, mesmo confuso ele sabe que sempre vou estar ao lado dele, prometemos isso um ao outro. —Passei todo tempo pensando em onde ele poderia estar. Peguei meu celular para tentar ligar mais vezes e nada. Quando percebo duas mensagens do Bruno.

  
    "Amor?"
    "Vem pra minha casa hoje? Precisamos resolver algumas coisas"
  
  Que safado, pensa que me engana com esse papo.

  Ultimamente é só o que ele pensava em fazer. Quando se tratava desse assunto o Bruno fofo que conheci desaparecia. Todo assunto que eu puxava ele dava um jeito de colocar sexo no meio. Mas hoje estou mesmo precisando disso. Vai ser bom relaxar, esquecer isso com o Erick. Ele é bem grandinho, logo vai aparecer.
  
    "Claro que vou. Temos que conversar muito. - S"

  Marquei com o Bruno as 15h. Aquele estava tornando-se nosso horário. Era quando os pais dele estavam trabalhando, deixando a casa só pra gente. Era maravilhoso, eu poderia gemer alto sem que ninguém me ouvisse, mas todos os meus planos foram por água abaixo quando toco a campanhia e alguém abre a porta.

 — Oi. Posso ajudar em alguma coisa? — ela era morena, um pouco baixa e pela roupa que vestia deveria ser a empregada.

— Boa tarde. O Erick está?
— Quem? Não mora nenhum Erick aqui. 

    Merda. Eu havia confundindo o nome. Que droga, o que estava acontecendo comigo? A minha sorte é que isso aconteceu com ela, não na hora do sexo com o Bruno.

— Vai ficar aí me olhando? — ironizou.
— Desculpa. Acabei confundindo o nome. O Bruno está?
 
  Antes mesmo dela responder o vejo vindo atrás dela.

— Pode ir, Maria. É meu convidado. — ao sair percebi que ela ainda olhava com cara feia pra mim.
— Enfim, vamos pro quarto?

— Achei que estaríamos sozinho.
— E estamos ué, vem cá — me puxou pra um beijo, me desvinculei dos seus braços.

— É sério, amor. Ela pode ouvir.

— Não sei porque toda essa vergonha. Agora que todos já sabem eu achei que iria parar com isso. Até parece que não quer. 

   Percebi que ele ficou bravo com a situação. Estava cheio de vontade e toda aquela minha vergonha empatando. Parei um pouco pra pensar e ele realmente estava certo. Não tinha porque sentir vergonha. Só era eu e ele ali. O beijei calorosamente e ele pareceu não entender nada.

— É assim que eu gosto — disse ele deitando por cima de mim.

  Após vários beijos quentes nossos corpos já estavam totalmente suados. Bruno estava a mil. Quando os nossos corpos se chocavam um com outro eu sentia o seu membro como pedra.
Ele começou a tirar sua blusa e não demorou muito pra que ficasse só de cueca. Com aquela cara de safado começou a tirar o meu short fazendo com que minha cueca fosse junto. Bruno gemia ao pé do meu ouvido "você é meu" e em meio a tanto tesão as palavras não saiam da minha boca, então eu só confirmava com a cabeça. Não aguentava mais toda aquela excitação, estava louco por Bruno dentro de mim e foi isso o que ele fez.

— Porra. Foi uma delícia. — disse ele ofegante deitando ao meu lado.
— O que você queria conversar mesmo? — sorri maliciosamente.
— Acho que já conversamos demais. Foram duas vezes, amor. Tô cansadão.
— Tenho que concordar, e vai tomar um banho logo. Você vai me levar.

  Bruno levantou-se, entrou no banheiro e começou a cantar. A voz dele era extremamente horrível, me peguei sorrindo com aquela situação. Não demorou muito e ele saiu do banheiro já vestido.

— Demorei? — abaixou-se pra me dar um breve selinho.
— Não. Vamos?

  Saímos do quarto e a tal Maria ainda estava lá. Enquanto Bruno foi pegar a chave do carro ela não parava de me olhar. Quando ele voltou me senti tão bem em não passar mais por aquela situação. —No caminho conversamos pouco. Ele passou a metade do caminho todo reclamando que o ar não estava gelando como deveria. De repente ouvíamos barulho de carros buzinando sem parar. Se formou um pequeno congestionamento. Um homem tentava acalmar a todos, explicando a situação, até que chegou ao nosso carro. Bruno abaixou o vidro.

— O que houve aí, amigão? — pergunta ele.
— Um garoto foi atropelado por um carro. Daí na hora de fugir o motorista chocou o carro com outro. Foi uma confusão.
— Ah, valeu.
— Eu vou lá, Bruno. — disse já abrindo a porta.
— Não vai. Você não é médico, nem conhece.
— Mesmo assim eu sinto que devo ir.

  Não esperei que ele concordasse. Saí em direção a multidão de pessoas e o corpo do garoto estava lá no chão. Ele ainda estava vivo e gritava de tanta dor. Enquanto as pessoas iam liberando mais a passagem percebi que conhecia os traços dele.

   Ai meu Deus, não pode ser.

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora