PART 12 - CARE WITH THE TEACHER

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Acordei 20 min antes das 7h, fiz todas as minhas necessidades, coloquei todo o material na mochila e parei pra pensar em todos os últimos acontecimentos, não imaginava nunca minha vida sem o Erick e nem tendo alguém como o Bruno ao meu lado como namorado. Hoje tenho o Bruno, mas não tenho o Erick ao meu lado, que irônico. Decidi me desvincular dos meus devaneios antes que o meu pai começasse a gritar feito um louco pra que eu descesse. Desci e não demorou muito pra que já estivéssemos em frente da escola.  

  Aquele era o penúltimo dia ali. Amanhã é o dia de saber se fui aprovado nas provas finais e do tão aguardado baile de fim de ano. Avistei o Bruno conversando com o Matheus, um garoto do segundo ano. Eles pareciam muito íntimos, o que achei bastante estranho, ele nunca havia me falado nada dele. Resolvi ir até lá cumprimentá-los.

  — Oi, meu amor. — disse eu assim que cheguei perto dos dois. 
  —  Chegou cedo hoje hein — ele me pareceu um pouco desconcertado ao me ver —  Esse é o Matheus. Matheus esse é o Sky, meu namorado.
  —  Oi, um prazer em te conhecer. — disse ele com cara de poucos amigos. 
 
 Seja lá o que os dois estavam conversando eu acabei atrapalhando, já que ficaram mudos com a minha presença e logo o tal do Matheus disse precisar ir, que não queria se atrasar pra aula. Dito isso, logo eu e o Bruno fomos para a nossa sala também, e como previsto o Erick não tinha ido as últimas aulas. Com certeza vai mandar a mãe dele ligar pra saber o resultado, tudo isso pra me evitar.


 As três primeiras aulas foram um saco. Sem ninguém pra conversar acabei sentando do lado da Clara, uma garota que estuda comigo desde a quinta série. Sempre que os meus amigos faltam eu fico com ela. Uma ótima pessoa.

 
  — Você já soube? Não que eu goste de fofocas, mas tá todo mundo comentando. — ela era totalmente maluquinha.
  — Não. O que houve? Alguém morreu? — perguntei, mesmo não tendo muita curiosidade em saber.
  — A mulher do nosso novo professor traiu ele com o próprio irmão. Você acredita?
  — Sério? O Julio? — agora eu estava interessado em saber. 
  — Sim. Como alguém consegue ser infiel a um homem lindo daqueles?

Ela continuou a falar, mas nem dei muita bola já que aquilo fez com que eu pensasse no Bruno com o Matheus, me fez sentir bastante ciúmes. Eu confio nele, mas de hoje em diante é melhor tomar bastante cuidado. Nunca se sabe.
 
  — Terra chamando Sky. — ela passou as suas mãos em torno dos meus olhos, até que a percebo e paro de viajar.
  — Desculpa. Acabei pensando nessas coisas de traição. — desabafei. 
  —  Relaxa, bobo. O Bruno parece ser tão apaixonado por você, acho que ele nunca faria isso.
  —  Assim espero.

 Faltavam alguns minutos pra a última aula acabar. Era aula do Julio, ele estava abatido. Toda a sala ficou em silêncio, mesmo com um ou outro soltando algumas indiretas sobre o ocorrido. O sinal tocou e enquanto eu arrumava as minhas coisas pra sair a Clara vem de encontro a mim.
 
  — Eu quase esqueci. Sábado eu vou dar uma festa. Adoraria que você fosse — disse ela toda sorridente.
  — Logo no sábado? É um dia depois do baile.
  — Exatamente. Pra curar uma ressaca só com outra né.
  — Você é maluca. Acho que vou. De qualquer forma, obrigado pelo convite.
 
  Ela saiu da sala, peguei minha mochila e fui até o banheiro antes de ir pra o portão esperar o meu pai. Ouvi um choro vindo de uma das cabines. Eu queria perguntar quem era, mas deixei pra lá, não saberia como ajudar mesmo. Lavei as minhas mãos e quando ia de encontro a porta alguém sai de dentro da cabine, era o professor Julio. O rosto dele estava inchado e seus olhos vermelhos de tanto chorar.
 

— Oi. Eu fiquei sabendo o que aconteceu. Sinto muito — não sabia o que dizer.

— Quem é que já não sabe né? Achei que por ser no último dia de aula eu teria menos problemas e não viraria motivo de piada pros meus alunos.

— Eles não entendem. No momento acham engraçado, mas quando entrarem na vida adulta vão entender e até passar pelo mesmo.

—  Eu a amava. Agora estou aqui parecendo um adolescente idiota sofrendo por amor.

— Não tem idade pra sofrer por amor. Isso acontece, tente pensar que foi o melhor pra você.

— Obrigado. Você tem muita maturidade pra alguém da sua idade, Sky. Gostei muito de conversar com você. — ele me abraçou e senti os seus braços altamente definidos por toda as minhas costas, colou seu rosto ao meu e em seguida juntou os nossos lábios, dando-me um selinho.

𝙼𝙴𝙼𝙾𝚁𝙸𝙴𝚂 (𝚁𝙾𝙼𝙰𝙽𝙲𝙴 𝙶𝙰𝚈)Onde histórias criam vida. Descubra agora