Barbie?

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{Nicholas narrando}

Eu tinha uma grande paixão pela Racca sim, mas isso simplesmente sumiu! Quem ela pensa que é pra falar que eu não sou capaz de me apaixonar? Eu sou sim. Eu amei a Marian, cometi alguns erros sim, mas e daí? Todo ser humano erra!

E se a Racca quiser que eu desculpe ela, ela que venha se desculpar antes.

O professor passou um texto no quadro, todos copiaram e depois o sinal tocou, tínhamos que ir para a aula de química.

{Marian narrando}

Estava no corredor, prestes a entrar na sala de química, até que a Marci puxa meu braço.

Marci: Marian, preciso da sua ajuda!

Marian: Pode falar.

Marci: Será que você poderia... Éérh... Ai meu deus... - ela fala roendo as unhas e olhando pro chão.

Marian: Anda, Marci!

Marci: Me empresta uma roupa pra amanhã? - ela fala muito rápido.

Eu rio do nervosismo dela.

Marci: Ai, Marian! Para de rir, é sério.

Marian: Do jeito que você tava falando, achei que ia me pedir um rim. - rio mais um pouco - Te empresto sim, passa lá em casa hoje.

Ela concorda com a cabeça sorrindo e nós entramos na sala.

Sento em uma mesa vazia, e adivinha quem sentou do meu lado?

Kenedy: Antonieta. - ele fala se sentando.

Marian: Campbell. - digo sorrindo irônica pra ela.

Kenedy: Está inspirada hoje?

Marian: Como?

Kenedy: O show que você deu no auditório.

Marian: Não foi um "show", apenas respondi uma pergunta.

Kenedy: Sei... Você falou tanta coisa clichê. - ele fala rindo.

Marian: Pelo menos eu não roubei a fala dos outros.

Kenedy: Era você que tinha me falado aquilo? Sabia que tinha ouvido em alguém lugar.

Marian: Pois é. Acho que você não teria capacidade pra pensar naquilo!

Kenedy: Ah, você acha? - ele arqueia uma sobrancelha.

Marian: O professor chegou, cala boca.

Kenedy: Seu ficante, você quer dizer?

Dou um empurrãozinho nele de lado, e ele me dá outro. Eu dou outro e nós ficamos igual duas crianças se empurrando no meio da sala, até que o professor olha em nossa direção e nós paramos.

Gustavo: Kenedy e Marian, vocês já se meteram em uma confusão na aula de artes, querem se meter em outra na minha aula? - ele fala sério.

O que deu no Gustavo? Ele nunca brigou comigo na aula.

Marian: Na verdade, eu me meti. Você conseguiu fugir! - falei baixo pro Kenedy.

Kenedy: Não seja chata, Antonieta!

O Gustavo começa a passar atividades no quadro, e todos copiam e fazem.

O sinal, tocou e a próxima aula era história.

[...]

As aulas já haviam acabado, e eu fui em direção ao meu carro, e percebi que o carro do Kenedy estava estacionado ao lado do meu.

Ele vem na direção que eu estava.

Kenedy: Por que seu carro é rosa? - ele diz rindo. 

[imagem do carro dela na multimídia]

Marian: Gosto de rosa!

Kenedy: Você parece a Barbie perto desse carro.

Marian: Vou considerar um elogio. - digo rindo.

Jorge vem andando rápido perto da gente.

Jorge: Gente, já pegaram os novos horários? Estão na sala de informática.

Marian: Ham... Não. Vou lá!

Kenedy: Aaaah, que saco! - ele fala fechando a porta do carro.

Chegamos na sala de informática e só tinha uma folha com o horário.

Kenedy: Você sabe que essa é minha, né?

Marian: Ué, por que? Primeiro as damas!

Kenedy: O Jorge que foi avisar, e ele é mais meu amigo que seu.

Marian: Mas ele tá saindo com a Serena, que é MINHA amiga!

Kenedy: Como sou um cavalheiro, vou deixar essa com você - ele diz me entregando a folha - Vou na diretoria buscar outra.

Marian: Te espero?

Kenedy: Se sua consciência disser que você deve.

Marian: Minha consciência diz pra eu te chutar e sair correndo.

Kenedy: Então ignore ela e só me espere mesmo.

Nós rimos e ele foi até a diretoria, eu sento num conjunto de cadeiras que tem no corredor para esperá-lo.

Se passaram uns 20 minutos e nada do Kenedy, ouvi alguns gritos no final do corredor, eu ia ver o que era, mas achei melhor deixar quieto.

Depois de mais 3 minutos, o Kenedy aparece marchando de raiva com uma expressão bastante nervosa no rosto, até eu fiquei meio assustada. O rosto dele estava vermelho e as veias estavam saltando, ele mexia no celular quase o quebrando.

Me levanto na hora que ele chega.

Marian: Tá tudo bem?! - falo meio confusa.

Kenedy: Me deixa, Antonieta! - a voz dele estava alterada.

Ele continua andando e nem olha pra mim.

Eu fiquei lá no corredor parada, sozinha. Tentando entender o que fez o garoto implicante que há poucos minutos me chamava de Barbie, se tornar um ignorante grosso.

Continua...

How Deep Is Your Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora