Casal de trouxas.

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{Marian narrando}

Eu ainda estava com o Kenedy, encostada na bancada do bar, se eu desencostasse cairia no chão no mesmo instante.

Nós havíamos saído para dançar algumas músicas mas voltamos para o mesmo lugar na bancada.

Eu estava completamente tonta, eu e Kenedy fomos conversando e bebendo como se não houvesse amanhã. Eu queria dizer que foram só uns 10 copos virados, mas eu sei que foi bem mais que isso.

As palavras dele dançavam em minha cabeça, nada estava claro. Eu apenas assentia e coisas sem sentido saiam da minha boca como resposta. 

Kenedy: É ridículo! - ele também parecia estar tonto, mas pelo menos parecia firme em sua cadeira.

Marian: O que? - pergunto rindo, por que eu estava rindo?!

Kenedy: O amor! É ridículo. É tudo enganação, você se apaixona pra depois te apunhalarem pelas costas.

Marian: Pois é. Ridículo. - falo apertando os olhos e tropeçando as palavras.

Nos olhamos por alguns segundos, eu estava com a cabeça deitada no balcão segurando um copo meio cheio. Ele pega esse copo e termina de beber.

Marian: Olha só pra nós... Dois bêbados que tiveram o coração partido. - digo rindo e ele ri também.

Kenedy: Um casal de trouxas. - ele fala rindo ainda mais e eu também.

Marian: Senhor e senhora álcool. - damos outra gargalhada, dessa vez bem alta.

Ficamos nós dois rindo e virando mais copos, rindo sem motivo algum, mas eu estava adorando. O sorriso do Kenedy era lindo, e e gargalhada dele entrava em sintonia com a minha. O que estava acontecendo comigo?

Kenedy: Mas não somos um casal...

Marian: Claro que somos!

Kenedy: Não... 

Nós ainda estávamos rindo.

Marian: Porque não?!

Kenedy: Porque casais fazem isso...

E de repente, Kenedy levanta da cadeira e me beija. E eu me deixei levar e retribuí. Eu ainda estava sentada, ele me agarrou pela cintura e eu coloquei minhas mãos em volta do pescoço dele. Em meio ao beijo nós dávamos gargalhadas. Não era um beijo calmo, era um beijo de perder o fôlego, ele explorava cada canto da minha boca, nós mordíamos o lábio um do outro mas acabamos nos machucando porque não estávamos totalmente sóbrios naquele momento.

Eu não estava nem aí se aquilo foi um impulso, ou se era errado, ou se estávamos tão bêbados a ponto de não lembrar disso amanhã... Eu só não queria que acabasse.

Me levantei e nós saímos do bar, ainda nos beijando, e fomos em direção ao elevador. 

Marian: A gente vai pra onde? - falo em meio ao beijo.

Kenedy: Você decide.

Aperto o botão do elevador, e nós entramos. Sim, estávamos nos agarrando no elevador. Minhas mãos estavam nas costas dele e eu puxava sua camisa, suas mãos estavam no meu cabelo, nos afastamos algumas vezes para recuperar o fôlego, ele mordeu meu lábio inferior e eu apertei o braço dele. Ele segurou meu cabelo e começou a beijar meu pescoço, e me apertava cada vez mais contra si.

Kenedy e Marian: 

Kenedy e Marian: 

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O elevador parou, nos separamos com selinhos e fomos ao lado de fora, pegamos um táxi - nenhum estava em condições de dirigir - e eu dei meu endereço ao taxista

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O elevador parou, nos separamos com selinhos e fomos ao lado de fora, pegamos um táxi - nenhum estava em condições de dirigir - e eu dei meu endereço ao taxista.

Chegamos ao meu condomínio e saímos do táxi, pegamos o elevador e eu apertei o botão do meu andar (detalhe: fiz tudo isso beijando ele).

{Racca narrando}

Estávamos no AP do Luíz assistindo um filme, até que ouço barulhos vindo do corredor.

Racca: Ei, escutaram?

Luíz: O que?

Racca: Um barulho de coisas caindo, vem do corredor.

Luíz: Não ouvi nada.

Racca: Eu vou lá ver.

Levantei do sofá e fui até o corredor, chegando lá vi a última cena que eu esperava essa noite: Kenedy e Marian se agarrando e tropeçando em toda decoração do corredor.

Fiquei boquiaberta e o Luíz, a Tefe e o Nicholas foram em direção á porta e viram a cena boquiabertos também.

O Kenedy e a Marian foram em direção ao AP dela e deixaram a porta aberta, eu fui atrás pra impedir que algo acontecesse. Afinal, eles estavam completamente bêbados.

Quando cheguei, eles estavam indo em direção ao quarto dela.

Racca: Ei, Marian! Acorda pra vida.

Ela se separou dele e me olhou apertando os olhos.

Marian: Ah, oi Marci

Marci? O quê?

Racca: Olha, eu vou pedir um táxi pro Kenedy e amanhã a gente conversa sobre isso.

Marian: Táxi? Pra quê?!

Reviro os olhos e pego meu celular, falo pro taxista o endereço do Kenedy e ele diz que está a caminho.

Ele se despede da Marian com selinhos e sorrisos e vai com o Nicholas para o elevador.

Racca: Você só se mete em confusão hein, menina!

Marian: Fusão? É a passagem de uma substância do estado sólido para o estado líquido. - ela fala se jogando no sofá.

Luíz: Minha irmã é uma nerd bêbada, que lindo. - ele fala rindo.

Racca: Eu vou ajudar ela, Tefe, separa um pijama pra mim.

Ela concorda com a cabeça e o Luíz vai embora, guio Marian até o banheiro e ela toma banho, ajudo ela a vestir o pijama e ela se deita na cama. Ela sente vontade de vomitar algumas vezes, então eu a ajudo novamente. Sabe, se dissessem para aquelas duas crianças brincando de boneca no parque que um dia elas estariam passando por essa situação, elas ririam sem acreditar.

Meus pais me pedem para voltar pra casa, porque amanhã tínhamos um evento. Apago as luzes e saio do AP da Marian, o Nicholas já estava de volta e a Tefe já tinha ido embora. Falo pro Luíz e pro Nicholas ficarem de olho na Marian e vou embora. Já eram quase 4 horas da manhã.

Continua...





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