VERDADES

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Não sei quem diabos é Lucrécia mais  esse nome insiste em aparecer na minha vida como um carma. A mulher estava atônita por ter me visto e eu lembrei que o Arthur me chamou desse nome.

- Dona Lucrécia eu achei que durante esses anos a senhora tivesse morrido. - disse a garota.

- Eu não sei do que você está falando. - me levantei do chão tentando fugir mas ela segurou no meu braço.

- A senhora não está me reconhecendo?

- Eu não recomeço ninguém ultimamente e se me der licença eu preciso ir.

- Dona Lucrécia eu sou a Brittes.

Alguém aí sabe quem é Brittes?... Nem eu... Eu nunca vi essa criatura na vida (eu acho) e se vi não prestei atenção.

- Garota eu me chamo Babi e não me lembro de já ter te visto em algum lugar. - falei.

- A senhora me conheceu a seis anos atrás quando chegou do México. - disse ela.

Se foi a seis anos provavelmente foi antes dos quatro anos em coma, e já faz um ano que sair do coma e moro com o Arthur em Nova Joia, eu ia saindo mas resolvi ver o que a garota tinha pra me falar.

- Eu fui demitida da sua casa por que não contei pra senhora do romance da sua enteada com o copeiro. Mas eu jurava que a senhora estivesse morta, pelo menos foi isso que os jornais da época dizia.

- Eu passei anos em coma e quando acordei eu estava sem memória e reconstruir minha vida ao lado de um marginal.

- E esse bebê lindo de quem é? - questionou Brittes.

- Esse é o Leandrinho o meu filho.

- A senhora teve outro filho e colocou o mesmo nome?

- Eu tenho filhos?

- Tem o Leandro que já tá um homem feito, um dia desse vi ele na praia e ele tem umas pernas ótimas pra morder e super esculpida por ginástica.

Eu não sabia se ficava mais abalada por saber que tenho outro filho ou por ver aquela assanhada flertando as pernas do meu filho.

- Brittes eu não me lembro de nada do meu passado por favor me fala o que sabe.

Eu não sabia se dava pra confiar nela mas era a única opção acreditar naquela garota.

- Olha aqui dona Lucrécia a senhora nem merece , me demitiu e nem pagou meu décimo terceiro mas como eu sou uma pessoa generosa eu te ajudo. Vem comigo.

- Pra onde? - perguntei.

- Me siga e verá. - ela pegou minha mão e pediu pra segui-la.

Brittes me encaminhou por uma rua não asfaltada até uma casa bem aprazível que fica num condomínio de progama social do governo, era pequena e pintada em branco, tinha uma sala, uma cozinha, um quarto e um banheiro.

Ela pegou um copo de vidro de extrato de tomate e me serviu um café, trocou a fralda de Leandrinho e veio me contar o que sabia.

- Olha aqui dona Lucrécia os patrão pensa que nos empregados é besta mas não é não.

- Brittes me conta o que sabe por favor. - implorei.

- A uns seis anos atrás eu trabalhava numa empresa que mandava funcionária pra casa desses granfinos e num desses trabalhos eu fui pra sua mansão.

- Mansão? Então eu sou rica?

- Rica. - ela riu. - A senhora é podre de rica e daquelas bem nojentas.

Consequências do Abandono Onde histórias criam vida. Descubra agora