ASSASSINA

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Me escondi atrás de uma ambulância e esperei todos saírem e quando não havia mas ninguém eu comecei a andar, quando eu chegando perto de um táxi ouço:

- Lucrécia aonde pensa que vai?

Me virei para trás e vi a enfermeira com dois homens vestido de branco que por sinal eram enormes, fiquei desnorteada e quando tentei fugir sentir um forte aperto. Eu estava sendo agarrada por um dos homens.

- Me larga. - comecei a espernear. - Eu não quero mais ficar aqui.

- Você vai falar com o médico. - berrou a médica. - Que idéia estúpida de fugir Lucrécia, na verdade uma idéia de jegue.

Meu ódio por aquela enfermeira só aumentava e com certeza eu vou dar um jeito nela antes de sair desse maldito hospital, eu fui arrastada pelo corredor, uma escada, uns dez minutos de elevador e chegamos numa sala onde eu fui arremessada numa cadeira e em seguida o médico grisalho chegou até mim.

- Senhorita Lucrécia que idéia estúpida foi essa de fugir do hospital. - ele sentou-se na mesa de frente pra mim.

- Isso mesmo que eu falei doutor. - disse a enfermeira.

- Esses carniceiros vai ficar aqui doutor? - falei me referindo a enfermeira e os desconhecidos fortões.

O doutor fez um sinal pedindo para os três sair da sala dele. Depois que todos saíram ele veio até mim:

- Lucrécia o que aconteceu pra tu querer fugir guria? Você chegou aqui desacordada depois de um acidente aéreo-marítimo e depois de quatro dias você tem uma melhora razoável tenta fugir do hospital.

Eu não poderia contar a verdade pro médico e ele parece ser do tipo insistente e não vai desistir até arrancar a verdade de mim, terei que inventar uma boa e convicente desculpa, foi nesse momento que eu lembrei o que aconteceu com minha professora de balé e resolvi contar a história dela como se fosse minha.

- Se insiste doutor eu lhe conto tudo. - comecei a maquinar um plano.

- Pode contar senhorita Lucrécia. - apoiou-se numa poltrona.

- Vou começar doutor... Eu sou uma bailarina de muito sucesso e é a minha profissão que me trouxe a este hospital. - nem é tão mentira porque eu sou bailarina de verdade.

- Prossiga Lucrécia. - murmurou o médico.

- Eu estava saindo de uma apresentação no teatro era uma noite de chuva, o meu carro estava na oficina então resolvi esperar um táxi na esquina. Apesar da pouca luz na rua eu vi um homem sendo assassinado. - indaguei.

- Mas o que esta história tem haver com a sua vinda pro México? - perguntou.

- Doutor depois de presenciar um crime eu entrei num programa de proteção a testemunha da polícia e fiquei escondida numa fazenda no Paraná.

- Paraná? Onde fica isso?

- No Brasil onde eu estava morando. - prosseguir contando a mentira. - Fui descoberta pelos assassinos e tive que fugir, e como eu sou mexicana resolvi voltar para casa.

- Lucrécia até agora não entendi o motivo da sua fuga do hospital. - o médico ainda desconfiava.

- Doutor eu sinto que vou ser caçada pelos seus assassinos e que a qualquer momento eu posso ter o mesmo destino daquele pobre miserável que morreu na minha frente.

Com essa desculpa conseguir convencer o médico de que eu fugir pra me proteger, ele estava comovido pela minha triste história de vida.

- Nossa que vida sofrida a sua. - ele estava embasbacado. - E você não tem família? Pai,mãe, irmão, tios, avós?

Consequências do Abandono Onde histórias criam vida. Descubra agora